Resumo de Capitulo 13 – Moradora de rua por Lara Rangel
Em Capitulo 13, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Moradora de rua, escrito por Lara Rangel, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Moradora de rua.
Uma semana havia se passado, eu comia em meu quarto, Sebastian parecia não se importar e sempre que eu o via saindo pela manhã eu corria até a biblioteca, lia alguns capítulos de Dante e depois desenhava até o anoitecer, quando ele chegava eu voltava para o quarto, me levanto cedo com o barulho do carro de Sebastian saindo da propriedade, me levanto da cama e vou até o banheiro, apenas uma semana se passou, eu já estava melhor, meu rosto estava preenchido e havia cor nele, um rosado natural, sem nenhum blush, as olheiras ainda estavam ali, mas desta vez bem mais suaves, eu estava tomando vitaminas que o médico recomendou, para ganho de peso ja que a magreza poderia interferir nos ossos quebrados da perna, e pela minha alimentação pobre, os ossos da costela ainda eram aparentes mas poucas curvas eram vísiveis.
escovo os dentes e penteio meus cabelos, eles estavam mais macios do que antes, mais brilhantes e saudaveis, assim como minha pele, coloco um short de malha e uma camiseta branca, calço chinelos e vou até a cozinha onde Tamira arrumava um prato com paes e bolo para mim.
-Não precisava...
-Você fala isso toda vez, e mesmo assim eu ainda faço seu prato acha que adianta algo falar ?-Sorrio e me sento no balcão.
Tamira cuidava de mim como se eu fosse sua filha, e eu me sentia assim.
-Coma, e beba todo o suco, precisava de vitamina c!
Olho para o copo de suco de laranja e ponho a mão na cabeça.
-Sim capitã!
Vejo Tamira sair da cozinha rindo e eu ataco o pedaço de bolo, eu ja estava quase terminando quando tamira entra de novo na cozinha carregando uma caixa de madeira.
-Oque é?
-Pra você...
pego a caixa e olho desconfiada para Tamira, a apoio no balcão e a abro, havia folhas de papel, lapis de cor e desenho, e um caderno de folhas sem pauta, sinto meus olhos marejarem.
-Não precisava...
-Passa o dia todo no quarto e na biblioteca, eu vi seus desenhos, você tem talento e quem sabe não pode vende-los na internet? quando sair daqui teremos que lhe ajeitar uma profissão, mas até lá pode vender seus desenhos, só precisa do material...
-Obrigada Tam!-A abraço-Isso significa muito!
Mal terminei o suco e já corri para a biblioteca, me sentei no tapete e olhei os materiais, pego uma folha e faço um traço, sorrio com a sutileza do lápis na folha, a familiaridade com aquele gesto me fez sorrir, então eu fechei meus olhos e vaguei por minha mente, a fim de encontrar algo, que fizesse sentido que me desse uma luz , não do meu passado no qual eu ja imaginava ser o pior, mas sim do futuro, abro os olhos e faço pequenos traços, aqueles rabiscos não faziam sentido no começo mas logo foram tomando forma, o dia lá fora brilhava, os raios de sol que atravessavam a janela me aqueciam, não de uma forma desconfortável e quente mas acolhedora e morna, não sei quanto tempo passou, mas o sol estava bem ao alto e brilhava mais forte do que nunca, olho para o desenho em minha frente, um carro, na verdade apenas o vidro fumê de um, e no reflexo lá estava eu, cabelos um pouco maiores do que estavam agora, roupas desgastadas e rasgadas, o braço ralado, as mãos em volta da barriga e o olhar triste, perdido e solitário, não era fruto de minha imaginação, eu havia me visto daquela maneira alguma vez, algum dia... perdida no próprio olhar, esse era o nome para aquele desenho, sinto meus olhos marejarem mas me proíbo de chorar, respiro fundo e antes que eu percebesse ou ouvisse algo a porta de frente a mim se abre revelando Sebastian.
Ele me olha com as sobrancelhas arqueadas, eu ainda estava imóvel no chão mesmo com ele me olhando, não era por conta do peso daquele olhar esverdeado, era pelo desenho em minha mão e a sensação angustiante que crescia dentro de mim, ele coça a garganta me tirando do meu transe, pisco algumas vezes e olho para os materiais em minha frente, os guardo um por um e enfio o desenho dentro do caderno, me levanto com dificuldade e acabo derrubando o caderno de cima de minha caixa, Sebastian se abaixa para pega-lo e estende o desenho que eu havia acabado de fazer.
-Essa é você...-Ele fala olhando o desenho-Parece mais nova aqui.
-Eu nem sei porque desenhei isto!-Ele me entrega o desenho e eu o guardo dentro da caixa.
-Quem te deu estas coisas?
-Que bom que se juntou a nós hoje!
Como se Tamira me deixasse recusar a oferta, me sirvo com um pedaço de lasanha e a todo momento sinto os olhos de Sebastian sob mim, respiro fundo e encaro Sebastian que ajeita sua postura.
-A partir de hoje suas refeições serão a mesa no mesmo horário que as de Isobel e eu, não quero que coma na cozinha com os funcionários.
-Porque se importa não sou uma hospede e muito menos uma convidada!
-Porque a casa é minha e quem dita as regras sou eu! sim, não é minha convidada, e se fosse para que eu te tratasse como merece estaria comendo do lado de fora junto com os cachorros, mas em quanto estiver em minha casa terá que abaixar o seu tom de voz, melhorar o seu vocabulário e obedecer as minhas regras! E eu exijo respeito.
Abro a boca para falar mas sou cortada pela voz ríspida de Isobel.
-Você quer respeito Sebastian? Primeiro respeite o próximo, está comparando Leslie com os cachorros, exige um respeito que você próprio não merece, ela é minha convidada, minha hospede e eu a vejo como uma igual!
-Então a leve para morar com você e Will!-Ele fala olhando para Isobel com raiva.
-Caso não se lembre meus tios, seus pais inclusive, são os donos dessa casa e me cederam que eu morasse e cuidasse dela como minha, e se você mora aqui a mais tempo isso é um problema todo seu, eu aceitei você me proibir de falar com os funcionários, aceitei você proibir Will de ficar aqui mas Leslie eu não vou admitir, e ela ficara aqui até que eu diga para ela ir, e meu querido primo, não espere isso de mim tão cedo!
Comi um pedaço de minha lasanha sorrindo.
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