Moradora de rua romance Capítulo 26

-A terapia, também chamada de psicoterapia ou aconselhamento, é o processo de encontro com um terapeuta para resolver comportamentos problemáticos, crenças indesejadas, sentimentos e questões de relacionamento. Começar a terapia pode ser um grande passo para ser a versão mais saudável de si mesmo e viver a melhor vida possível. Por meio da terapia, você pode mudar comportamentos e hábitos autodestrutivos, resolver sentimentos dolorosos, melhorar seus relacionamentos com as pessoas a sua volta e com você mesmo.-Olho para Isobel com as sobrancelhas arqueadas-Isso é um folheto de terapia?

-Eu achei que seria bom para você! sabe desabafar e ter ajuda profissional...

-Não preciso de terapia!-Falo entregando o folheto para Isobel.

-Less, você não sai do quarto tem dois dias mal consegue dormir a noite e acorda gritando com os pesadelos, vomita suas tripas toda noite e mesmo comigo dormindo aqui você continua tendo os pesadelos... não pode fugir disso!

Isobel dormia comigo ja fazia dois dias, a 4 dias atrás quando Sebastian me beijou ele serviu de gatilho para uma memória perturbadora e agora eu não conseguia dormir mais sem ter pesadelos sobre o meu passado, eu estava com medo e isso era verdade mas terapia era algo extremo demais, se eu não conseguia pensar sobre os pesadelos como falar me ajudaria?

-Isso não é só sobre você Leslie.-Sebastian fala por fim.

Ele estava parado na porta e não entrou no quarto ou se aproximou, talvez ele esteja sentindo culpa.

-Isobel não consegue dormir de preocupação com você, todos nós estamos preocupados e você nem mesmo nos conta do que se lembrou! então se alguém pode ajudar é a doutora Martha...

-Como falar dos pesadelos para uma estranha vai me ajudar?

-Porque você precisa de ajuda e não é apenas conversa, ela vai te ajudar a superar e entender... Uma sessão apenas isso!-Isobel fala pegando em minha mão.-Ela tem um horário hoje a tarde... apenas nos de uma chance de ajudar!

Concordo com a cabeça e Isobel sorri, Sebastian apenas sai em silêncio.

Isobel foi para seu quarto tomar um banho e eu resolvi fazer o mesmo, me levantei e fui ao banheiro, me olhei no espelho, o cabelo preso em um rabo de cavalo, olheiras fundas e escuras, eu estava horrível, escovo os dentes e entro no banho quente, minhas costas doiam e latejavam mas aos poucos os músculos foram relaxando, depois de alguns minutos me lavando eu desligo a agua e me seco com a toalha, saio do banheiro e visto uma calça jeans que Isobel havia de dado, um suéter fino cor de palha e o mesmo sapato social preto de antes embora agora ele estava menos brilhante, não estava tão quente para o sueter mas a lã era apenas estética ja que ele era feito de algodão, penteio meus cabelos e o deixo solto, passo um pouco de corretivo para amenizar as olheiras, que ainda sim eram perceptiveis. Então depois de dois dias isolada dentro do quarto eu saio dele, sentindo o cheiro de carvalho e pinho da casa, caminho até a sala onde estava apenas Sebastian sentado, me sento na poltrona e o vejo me observando.

-Sinto muito por ter causado isso...-Ele fala em voz baixa.

-Você não causou, foi um gatilho mas não tem culpa!-Falo o olhando e ele suspira aliviado-O beijo também foi de minha vontade e não é culpa sua se eu tenho um passado confuso...

-Mas do que você se lembrou? Isobel disse que você não contou, que só ficava chorando e falando que não queria vê-lo... é um ex?

-Dificil...-Falo observando minhas mãos-Quando eu voltar eu quero pintar...

-Não precisa se preocupar com isso, Susan pode esperar...

-Eu quero... é o que me faz feliz.-Falo e vejo Isobel descer as escadas.

-Bash eu vou levar a Less, voltamos em duas horas...-Ela me olha e sorri-Vamos?

Concordo com a cabeça e a sigo até a saída.

-Até daqui a pouco ratinha...-Sebastian fala para mim e eu sorrio.

Durante o caminho até a terapeuta Isobel colocou uma musica no som do carro, era calma e suave, eu gostava do gosto de Isobel, era diversificado.

-Porque não escuta musica em quanto pinta?

-Gosto de ouvir o som do pincel sob a tela, ou do lápis no papel... Por isso pinto quando estou sozinha ou em lugares silênciosos.

-Eu gostaria de ver suas pinturas quando estiverem prontas...

-Eu vou gostar de mostra-las...

Isobel estacionou o carro em frente a um prédio espelhado de dois andares, descemos do mesmo e entramos dentro do prédio, subimos um lance de escadas e havia um corredor extenso com cadeiras, uma tv na parede, uma mesa de centro com revistas.

-Vou falar com a secretária, senta e espera aqui...

Me sento em uma cadeira e observo o local, havia uma garotinha sentada em minha frente e ela me olha sorrindo.

-Você é louca?-A olho confusa-Minha mãe disse que precisa se tratar porque ela é lelé da cuca, ela ta la dentro com a doutora Martha... você é louca que nem minha mãe?

-Eu espero que não...-Falo e sorrio.-E você?

-Não, eu sou normal, não preciso disso terapia é coisa de adulto!

-E oque faz quando precisa conversar com alguem?

-É por isso que eu tenho o senhor 4 olhos!-Ela aponta para o ursinho em seu colo.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Moradora de rua