Moradora de rua romance Capítulo 26

Resumo de Capítulo 25: Moradora de rua

Resumo de Capítulo 25 – Uma virada em Moradora de rua de Lara Rangel

Capítulo 25 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Moradora de rua, escrito por Lara Rangel. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

-A terapia, também chamada de psicoterapia ou aconselhamento, é o processo de encontro com um terapeuta para resolver comportamentos problemáticos, crenças indesejadas, sentimentos e questões de relacionamento. Começar a terapia pode ser um grande passo para ser a versão mais saudável de si mesmo e viver a melhor vida possível. Por meio da terapia, você pode mudar comportamentos e hábitos autodestrutivos, resolver sentimentos dolorosos, melhorar seus relacionamentos com as pessoas a sua volta e com você mesmo.-Olho para Isobel com as sobrancelhas arqueadas-Isso é um folheto de terapia?

-Eu achei que seria bom para você! sabe desabafar e ter ajuda profissional...

-Não preciso de terapia!-Falo entregando o folheto para Isobel.

-Less, você não sai do quarto tem dois dias mal consegue dormir a noite e acorda gritando com os pesadelos, vomita suas tripas toda noite e mesmo comigo dormindo aqui você continua tendo os pesadelos... não pode fugir disso!

Isobel dormia comigo ja fazia dois dias, a 4 dias atrás quando Sebastian me beijou ele serviu de gatilho para uma memória perturbadora e agora eu não conseguia dormir mais sem ter pesadelos sobre o meu passado, eu estava com medo e isso era verdade mas terapia era algo extremo demais, se eu não conseguia pensar sobre os pesadelos como falar me ajudaria?

-Isso não é só sobre você Leslie.-Sebastian fala por fim.

Ele estava parado na porta e não entrou no quarto ou se aproximou, talvez ele esteja sentindo culpa.

-Isobel não consegue dormir de preocupação com você, todos nós estamos preocupados e você nem mesmo nos conta do que se lembrou! então se alguém pode ajudar é a doutora Martha...

-Como falar dos pesadelos para uma estranha vai me ajudar?

-Porque você precisa de ajuda e não é apenas conversa, ela vai te ajudar a superar e entender... Uma sessão apenas isso!-Isobel fala pegando em minha mão.-Ela tem um horário hoje a tarde... apenas nos de uma chance de ajudar!

Concordo com a cabeça e Isobel sorri, Sebastian apenas sai em silêncio.

Isobel foi para seu quarto tomar um banho e eu resolvi fazer o mesmo, me levantei e fui ao banheiro, me olhei no espelho, o cabelo preso em um rabo de cavalo, olheiras fundas e escuras, eu estava horrível, escovo os dentes e entro no banho quente, minhas costas doiam e latejavam mas aos poucos os músculos foram relaxando, depois de alguns minutos me lavando eu desligo a agua e me seco com a toalha, saio do banheiro e visto uma calça jeans que Isobel havia de dado, um suéter fino cor de palha e o mesmo sapato social preto de antes embora agora ele estava menos brilhante, não estava tão quente para o sueter mas a lã era apenas estética ja que ele era feito de algodão, penteio meus cabelos e o deixo solto, passo um pouco de corretivo para amenizar as olheiras, que ainda sim eram perceptiveis. Então depois de dois dias isolada dentro do quarto eu saio dele, sentindo o cheiro de carvalho e pinho da casa, caminho até a sala onde estava apenas Sebastian sentado, me sento na poltrona e o vejo me observando.

-Sinto muito por ter causado isso...-Ele fala em voz baixa.

-Você não causou, foi um gatilho mas não tem culpa!-Falo o olhando e ele suspira aliviado-O beijo também foi de minha vontade e não é culpa sua se eu tenho um passado confuso...

-Mas do que você se lembrou? Isobel disse que você não contou, que só ficava chorando e falando que não queria vê-lo... é um ex?

-Dificil...-Falo observando minhas mãos-Quando eu voltar eu quero pintar...

-Não precisa se preocupar com isso, Susan pode esperar...

-Eu quero... é o que me faz feliz.-Falo e vejo Isobel descer as escadas.

-Bash eu vou levar a Less, voltamos em duas horas...-Ela me olha e sorri-Vamos?

Concordo com a cabeça e a sigo até a saída.

-Até daqui a pouco ratinha...-Sebastian fala para mim e eu sorrio.

Durante o caminho até a terapeuta Isobel colocou uma musica no som do carro, era calma e suave, eu gostava do gosto de Isobel, era diversificado.

-Porque não escuta musica em quanto pinta?

-Gosto de ouvir o som do pincel sob a tela, ou do lápis no papel... Por isso pinto quando estou sozinha ou em lugares silênciosos.

-Eu gostaria de ver suas pinturas quando estiverem prontas...

-Eu vou gostar de mostra-las...

Isobel estacionou o carro em frente a um prédio espelhado de dois andares, descemos do mesmo e entramos dentro do prédio, subimos um lance de escadas e havia um corredor extenso com cadeiras, uma tv na parede, uma mesa de centro com revistas.

-Vou falar com a secretária, senta e espera aqui...

Me sento em uma cadeira e observo o local, havia uma garotinha sentada em minha frente e ela me olha sorrindo.

-Você é louca?-A olho confusa-Minha mãe disse que precisa se tratar porque ela é lelé da cuca, ela ta la dentro com a doutora Martha... você é louca que nem minha mãe?

-Eu espero que não...-Falo e sorrio.-E você?

-Não, eu sou normal, não preciso disso terapia é coisa de adulto!

-E oque faz quando precisa conversar com alguem?

-É por isso que eu tenho o senhor 4 olhos!-Ela aponta para o ursinho em seu colo.

A observo, ela usava uma calça creme, uma blusa larga com detalhes de folhas, e nos pés saltos formais verdes, o cabelo ruivo estava preso em um coque com palitinhos, ela usava oculos redondos no rosto, olhos verdes e muitas sardas no rosto, ela tinha um caderninho apoiado no colo.

-Sou a Doutora Martha, mas me chame apenas de Martha... Isobel é uma grande amiga e me falou um pouco sobre oque está acontecendo com você... mas gostaria de ouvir diretamente de você, oque se lembra antes dos pesadelos começarem...

Me sento no sofá em sua frente e ajeito minha postura e começo a falar.

-Eu só me lembro de acordar no hospital, sem nada na mente, memória ou pensamento... eu fui acolhida e depois de alguns dias comecei a desconfiar da história que me contaram, que eu era uma amiga proxima que nao tinha familia e vivia uma vida particular, então descobri que eu tinha uma tatuagem que magicamente eu sabia o significado... e então pressionei Isobel que me disse que eu morava nas ruas...

-Mas até então não sabia?

-Na verdade eu sonhei comigo nas ruas...

-interessante... me conte sobre esse sonho porfavor?

-Eu estava deitada em um chão frio e tinha um cheiro horrivel de urina e podridão e estava frio... não era um sonho pois eu conseguia sentir tudo, o cheiro, os sons, o frio e a sensação de cansaço e fome... e mesmo quando acordei aquilo estava fresco em minha cabeça.

-Uma memória... isso Leslie são memórias se nos concentrarmos nelas conseguimos vivencia-las novamente e sentir a mesma sensação que sentimos no momento que elas ocorreram... mas você começou a ter pesadelos a alguns dias não é? do seu passado...

-Oque vai adiantar eu falar disso?

-Não quer falar disso...-Ela me observa e para de escrever no bloco de papel-Está fugindo disso, mas só consegue fazer isso quando está acordada, pois quando dorme e abaixa suas defesas mentais seu subconsciente a leva exatamente para o passado, as memórias que você aceita a se lembrar e isso a esta destruindo mentalmente, não consegue dormir ou manter uma refeição no estomago, acha que vai conseguir fugir para sempre?

-Eu nem sei se são memórias reais... e se forem apenas minha imaginação?

-Você desenha não é? Isobel me contou que é uma artista e que seu talento para pintura é incrível, por isso acha que é sua imaginação e isso é um estágio de negação e só vai piorar a sua situação... Eu poderia te receitar um floral que lhe acalmaria e não deixaria que você vomitasse toda noite e também um sonifero, três gotas e você dormiria igual pedra, acordaria na manhã seguinte descansada e sem nenhum pesadelo...

-Não pode fazer isso para mim?-Era isso que eu precisava.

-Claro que posso... mas eu só estaria te ajudando a fugir do problema e quando os remédios parassem de funcionar porque seu organismo ja se acostumou eu teria que dobrar a dose e o mesmo aconteceria até eu troca-los por um remédio mais forte, e você se tornaria dependente deles pro resto da vida se é que viveria o bastante com tantos remedios, talvez desenvolveria um cancer de fígado... mas eu prefiro uma abordagem mais pratica, quero que me conte seus sonhos...

-Isso não vai acontecer...

-Vai... pois eu tenho uma proposta... lhe darei um floral e um comprimido de ansiedade, isso a fara não passar mal e não sentir fisicamente suas memórias ja que isso ocorre por conta do seu subconsciente mas continuara com os pesadelos que não irão lhe afetar fisicamente, e daqui a 3 dias quando os compridos de ansiedade acabarem você vira me ver... e então decidira se quer minha ajuda para entender e superar seus traumas e quando fizer isso você ainda não se sentir bem você podera decidir se isso foi uma perda de tempo e quer se dopar de remedios para poder dormir bem ou se quer continuar o tratamento para que seu passado não interfira no seu presente e no seu futuro... A decisão é sua Leslie!

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