Durante os passeios, de bondinho, até a subida no pão de açucar, o tour pelo cristo redentor, eu admirei cada cor, cada local, cada pessoa ali, minha mente estava explodindo em criatividade, agora caminhavamos descendo as escadas do cristo quando vi uma mulher negra, de longas tranças usando um vestido grande branco inteiro rendado e colares coloridos.
-Visitantes?-Ela fala para a gente depois de um tempo eu entendi e concordei com a cabeça.-Vocês são americanos... mas a garota me entende não é?
-Oque ela ta falando?-Sebastian me pergunta.
-Que somos visitantes, americanos e que eu consigo a intender...
-Algo me diz que você menina, se sente em casa aqui...-Ela toca meu rosto e sinto sua mão quente.-Não sabe a sua origem e tenta se encaixar, e esse homem... você carrega um fruto dele dentro de você...
Ela toca minha barriga e sinto meu corpo se arrepiar, minha barriga estava saliente mas nem de longe parecia uma gravidez.
-Mas passou por maus bocados até chegar aqui... fome, frio, medo, doenças...-Ela fecha os olhos-Você foi violada, abusada fisicamente e psicológicamente, fizeram sua doçura e inocencia uma arma, te engaram e te tomaram tudo inclusive sua indentidade...
Dou um passo para trás, aquilo não era videncia de coisas genéricas, era minha história e apenas de tocar em mim ela conseguia ver tudo, ela segura minha mão.
-Oque está acontecendo?-Sebastian me pergunta ele não entendia oque ela falava.
-Cuidado querida, não abaixe sua guarda... Eles a encontraram, esteja pronta para sua luta, para defender aquilo que faz parte de você e que ainda não sabe mas é seu grande amor...-Ela abre os olhos e sorri.-Desculpe... a Mãe fez de novo... bom passeio!
Sebastian acena para a mulher e voltamos a descer pelas escada, Sebastian me observa.
-Porque está assim? parece estar em outro planeta... Oque ela disse?-Disperso meus pensamentos e sorrio.
-Que nosso bebe sera lindo... o fruto do nosso amor...-Aquilo devia ser coisa da minha cabeça mas Sebastian jamais acreditaria em superstições e era melhor guardar aquilo para mim.
-Um menino?-Sebastian sorri.
-Eu não teria tanta certeza!-Sorrio.
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