Resumo de Capitulo 6 – Capítulo essencial de Moradora de rua por Lara Rangel
O capítulo Capitulo 6 é um dos momentos mais intensos da obra Moradora de rua, escrita por Lara Rangel. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
-.Leslie.-
Acordo na manhã seguinte antes mesmo do som terminar de nascer, queijolas estava dormindo em sua cama, sorrio com a imagem e pego uma folha para desenha-lo, era dificil desenhar todos os traços de um animal tão pequeno mas mesmo assim o faço, demorei mais do que imaginei, pois quando terminei os pássaros cantavam e o sol brilhava tão forte que os raios que passavam pela janela me aqueciam, coloco meus tênis e prendo meu cabelo em um rabo de cavalo, vou até a minha mesa e abro a sacola do mercado, tiro de lá um pacote de pães e passo um pouco de geleia, que decidi comprar para mudar o meu cardápio, um prato digno de uma artista eu diria, deixo um pedaço para queijolas no canto da mesa, coloco um casaco fino da mesma cor que minha calça, pego minha bolsa e olho para o desenho que fiz de queijolas, talvez fosse meu desenho preferido, saio de casa e respiro fundo, eu estava muito disposta, e sentia minha mente trabalhando a mil por hora.
Cheguei na praça que eu ficava de costume, mas quase ninguém passava por ali, mas do outro lado da cidade, perto do litoral... talvez tivesse algumas pessoas que nunca compraram de mim... seria a minha chance, mas talvez eu vejo aquele mauricinho, mas eu preciso vender se não teria problemas, traço meu caminho e quando estou quase esgotando minhas energias vejo a praça na qual eu estava ontem, sorrio.
Me sento ao lado da fonte e começo a desenhar, então desenhei um pássaro que bebia agua do bebedouro logo a minha frente, tratei de decorar seus traços antes que ele voasse, o desenho estava quase completo, sinto um incomodo, como se eu estivesse sendo observada, olho para o lado e havia um homem me observando, tento disfarçar o olhar mas ao contrário dele que me encarava fixamente, termino meu desenho e junto minhas coisas, até que o vejo caminhando até mim, ele vestia uma calça social roxa e uma blusa social preta, seus sapatos brilhavam de tão limpos e então ele se aproxima e coça a garganta.
-Eu estava te observando...- Ele fala por fim.
Não me diga, eu percebi seu doido, o olho com uma expressão séria.
-hum...-Falo me levantando.
-Eu sou apaixonado pela arte me casaria com ela se fosse uma pessoa! eu a vi olhando para aquele pássaro a quase uma hora e a forma como decorou cada traço...
Ele ficou me observando por uma hora? fechei minhas mãos em punho se ele tentasse algo... eu poderia lhe golpear e sair correndo.
-Você desenha muito bem!- Ele me olha de cima a baixo.
-Obrigada!-Fala dando um sorriso sem mostrar os dentes.
-Você também pinta, ou apenas desenha?
-Pinto paredes, faço arte em algumas lojas-Falo arqueando as sombrancelhas.
-Que tal me pintar um quadro?-O olho meio receosa-Eu lhe dou os materiais e você me faz um quadro, te pago 50 dólares a vista e o restante depois quando o quadro estiver pronto...
100 dólares? por uma pintura em uma tela? isso era sério?
-Está ótimo!!.-Falo rápido mais do que eu deveria.
-Amanhã nos encontramos aqui as 10 ok?.-Ele me olha.- Menina, caso o desenho fique tão bom quanto eu espero, com certeza comprarei mais quadros...
Ele sai andando e acena para mim, sinto meus olhos brilharem e um sorriso largo brota em meu rosto, mais quadros... eu finalmente comeria bem e ele me parece um homem decente, talvez poderia recomendar meus serviços para seus amigos, era uma chance para mim, não consigo conter minha felicidade e dou pulinhos de alegria, algumas pessoas me olham com os olhos arregalados e eu tomo minha postura e me sento novamente voltando a desenhar.
Vendi mais três desenhos naquele dia, um era um era um retrato de uma mulher, ruiva com longas madeixas, e olhos castanhos mel, eu tinha lucrado bem e sem dúvidas eu tirei a sorte vindo para este lado da cidade, passei no mercado e desta vez pude entrar, comprei um pedaço de queijo para o queijolas e uma trufa para mim, volto para casa e entro chamando meu amigo, ele aparece em poucos segundos cheirando o ar e sobe na mesa.
-Não é ilusão amiguinho!-Falo tirando o pedaço de queijo da bolsa-Hoje você terá um banquete!
lhe entrego o queijo e ele começa a comer, abro minha trufa e me delicio com o chocolate.
-Vou trabalhar para um moço que conheci hoje...-Ele me olha e começo a contar oque aconteceu.
A solidão faz isso com as pessoas, mas eu sabia que o queijolas me entendia ou talvez só queria mais queijo, terminei de comer e fui me deitar, dormi muito bem para quem estava dormindo em um chão mofado, acordei bem cedo, troquei minha camiseta vermelha por uma blusa de mangas azul marinho, calcei meus tênis e fiz uma trança em meu cabelo, olhei no espelho e sorri, caminhei até a praça do outro lado da cidade, cheguei lá com mais energia do que pensei que estaria, me sento no banco e fico fazendo alguns rascunhos, até que vejo o homem de ontem vindo minha direção.
-Olá minha querida!.-Ele fala sorrindo.-Como foi sua noite?.
-Bem obrigado...-Não podia conter minha euforia estava feliz em trabalhar de verdade.
-Lhe trouxe a tela e as tintas-Ele estica a mão segurando uma enorme sacola.
Eu a pego e vejo como estava pesada.
-Oque quer que eu pinte?.-Pergunto.-Observando o conteúdo de dentro da sacola
-Deixe sua imaginação fluir! mas talvez algo com o tema flores.-Ele sorri e me entrega uma nota de 50.-Apropósito não sei o seu nome... Preciso saber o nome de minha pintora!
Pintora... olho para a nota e a pego excitante.
-Vamos logo!.-Falo já saindo de casa.
Quanto mais cedo chegarmos mais cedo iremos ir embora e não irei precisar ouvir as baboseiras de Will. Chegamos a galeria central de Artes onde meu primo babaca estava, duvido que suas obras façam algum sucesso ele é um péssimo artista, olho para o letreiro da entrada, o tema era primavera em Miami.
Mas ao entrar na galeria meu queixo cai , havia lindas obras ali , verdadeiras obras primas, os traços eram diferentes dos quadros das suas outras exposições, ele sempre apostava em formas geométricas mas desta vez ele usou o realismo, avistei um quadro que me chamou a atenção, o nome era furacão de flores.
-Que bom que vieram!.-Fala meu primo aparecendo do nada.
-Olá Pierre!.-Falo com minha cara séria de sempre.
-Ola Pierre!.-falo com meu tom sério de sempre.
-Olá primo!.-Ele aperta minha mão.-Irmã!.
Ele abraça Isobel e olha para Well apertando a mão do mesmo.
-Esses quadros são perfeitos!.-Fala Isobel admirada.
-Não é? -Ele fala de queixo em pé e sorridente.- Resolvi apostar em algo diferente desta vez! Mas fiquem a vontade!.
Ele sai andando em direção a um grupo de pessoas.
Ando pela galeria e havia varias pinturas nas paredes , mas algo não encaixava, aqueles traços... eram diferentes não se pareciam em nada com as obras de Pierre, mas ao mesmo tempo me eram semelhantes.
Sempre amei pinturas, mas as de Pierre eram futuristas, geométricas e pouco agradaveis, ele sempre tentava lançar uma tendência e fracassava e perdia muito dinheiro, mas aquilo, aquelas obras eram incríveis e os investidores pareciam muito interessados.
Isso está muito estranho, talvez ele tenha contratado alguem, mas o dinheiro que ele devia estar gastando para pagar a pessoa que faz aqueles quadros deve ser quase o mesmo valor que ele irá ganhar aqui, a pessoa que fez estes desenhos deve ser muito boa mesmo.
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