Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 39

MANU

Desde que cheguei na empreso hoje senti algumas pessoas me olhando diferente, provavelmente deve ser coisa da minha cabeça, mania de perseguição como diz Elias, mas fiquei com a sensação me rondando o dia todo.

Já passava um pouco do meu horário de almoço quando desci para almoçar com Juliana, assim

que chegamos no restaurante e nos sentamos para comer, ela contou como foi o fim de semana.

- Disse a ele, que estava grávida.

- E como foi? - Perguntei tomando um gole do meu suco de laranja.

- Acho que ele ficou chocado, primeiro ele ficou calado e com os olhos arregalados, eu achei que ele estava prestes a gritar, surtar ao algo do tipo, mas então ele sorriu e me abraçou, eu fiquei estática e ele ficou rindo feito bobo.

Juliana contava rindo as reações de Otto enquanto comíamos tranquilamente.

- Apesar de estar rindo, quero que saiba que estou muito feliz por vocês Ju, de verdade.

Minha amiga segura minha mão sorrindo.

- Eu sei Manu, você é sempre tão gentil.

Ainda sorrindo Juliana continua contando.

- Sabe de uma coisa, ele disse que só estava comigo também, e que tinha medo de eu não estar tão envolvida como ele, até parece, eu sou louca por aquele homem.

- Então vocês só tinha medo de assumir. - Falei rindo.

Paro o garfo a caminho da boca, observo Juliana que dá de ombros. Fico pensando em minhas palavras e na hipocrisia delas.

- Pois é, tem muita gente que tem medo de assumir um relacionamento, não é Manu?

Ela me olha docemente e sorri de lado, mas me parece que seu tom tem um leve deboche, prefiro não aprofundar esse assunto. Acho que eu e Murilo disfarçamos bastante na empresa.

- Mas e o bebê, quando vamos saber o que é? - Pergunto mudando o rumo da conversa.

- Ainda não sei, estou tão ansiosa, não vejo a hora. Otto está todo bobo, disse que se for menino vai ensinar a jogar bola e se for menina não vai deixar namorar nunca.

Nós duas rimos, todo pai de menina tem esse pensamento, provavelmente por pensar em como eles próprios faziam com a meninas que passaram por suas vidas, temendo que suas filhas passem o mesmo.

- Ele quer me levar para conhecer os pais dele no fim de semana. - Diz baixando o olhar e remexendo a comida.

- Isso é ótimo Ju, porque essa carinha triste?

- Estou com medo Manu, se eles me odiarem?

- É normal ter medo Ju, mas duvido que alguém possa te odiar.

- Tenho medo de que eles pensem que acabei com a vida do filho deles.

- O relacionamento de vocês é novo, você está grávida, é normal sentir medo, mas fica tranquila, o pai do seu filho está te apoiando.

- O que está me apavorando é outra coisa, ainda não contei aos meus pais, e tem meus dois irmãos mais velhos.

- Eles podem ficar chateados de inicio Ju, mas depois vão ver que Otto está te apoiando e vai ficar tudo bem, ainda mais depois que bebê nascer.

- Você acha?

- Claro que sim amiga, confia que dar tudo certo.

- Meus pais vão ficar louco com um netinho ou netinha.

- E seus irmãos vão amar serem chamados de titios.

Terminamos nosso almoça falando sobre as coisas que pretendemos compra para o bebê, se faremos um chá revelação ou chá de bebê, eu estava tão empolgada, como se fosse meu próprio sobrinho.

- Quero um milk-shake.

Juliana falou assim que passamos em frente a um quiosque do Bob's, eu a olhei rindo, sabia que não tinha nada haver com desejo de gravida, mas com a gulodice que ela tem por doces.

- Já vai começar Ju. - Falei rindo.

- Que foi, é desejo de gravida.

Já passavam das quatro da tarde, Murilo estava a horas em uma reunião com Olga, provavelmente resolvendo questões do setor financeiro e as desconfianças dele contra Billy. Todas as vezes que fui a outro setor hoje, incluindo quando fui falar com Olga, ouvi risadinhas e muitos olharem para mim.

O som das portas do elevador se abrindo me tiram a concentração na digitação de um documento importante, olho para ver quem poderia ser, já que Murilo não tinha reuniões agendadas para hoje a tarde.

- Manu!

Ariel fala alto chamando atenção de quem passava.

- Posso te ajudar? - Juliana pergunta.

- Não, não pode.

Ariel diz sorrindo ao mesmo tempo que anda em minha direção.

- Ei ... ei ... - Juliana fala vindo atrás da espevitada.

Levanto da minha mesa no mesmo instante indo de encontro as duas.

- Pode deixar Ju, essa é a Ariel Hernandez, irmã do senhor Hernandez.

Ariel dá uma gargalhada alta.

- Não acredito que você realmente chama ele assim Manu, pelo amor de Deus.

Sinto meu rosto corar no mesmo instante, Ariel sabe que mantemos tudo discreto aqui na empresa, mas com esses comentários dela, vai ficar difícil.

- Achei que Murilo estava brincando. - Diz revirando os olhos.

- Quer um café Ariel? - Pergunto tentando mudar de assunto.

- Pode ser um suco? Rosa me entupiu de café hoje, você sabe como ela é.

- Sei. - Digo rindo. - Rosa é muito fofa ela tem aquele jeitinho de mãe.

Pronto! Eu e minha boca grande. Olho para o lado, Juliana estava ouvindo atentamente nossa conversa, sinto meu rosto corar no mesmo instante, se ela tinha duvidas de alguma coisa, agora tem certeza.

- Vem Ariel vamos conversar na minha mesa.

Seguimos juntas, nos sentamos longe de Juliana que ainda nos observa curiosa.

- Então, ficou entediada?

- Claro. - Responde revirando os olhos. - Não tenho ninguém para sair, queria ir ao shopping, passear, sei lá, fazer alguma coisa.

- O apartamento do seu irmão é perto da praia, podia ter aproveitado o dia de sol.

- É podia, mas sozinha não tem graça Manu. Até liguei para o Elias mas está de plantão e a Clara está trabalhando também. Então pensei em vir aqui ver vocês.

Sorrio para Ariel, imaginando como deve ser entediante ficar em casa o dia todo sem fazer nada, resolvo perguntar.

- O quê você fazia lá na Espanha?

A copeira trás nosso suco, agradeço com um sorriso enquanto entrego um a Ariel.

- É de quê? - Pergunta olhando o copo.

- Graviola, o meu preferido.

Com uma cara estranha, continua analisando o liquido branco me fazendo rir quando o cheira, antes de tomar.

- Até que é bom.

- Eu adora.

- Bom voltando ao assunto, lá em Barcelona eu não fazia nada, só saia com minhas amigas e as

vezes com o Sebastian.

- Seu namorado?

- Não exatamente. Minha família não aprova nosso relacionamento.

Fico séria no mesmo instante, se eles não aprovam o relacionamento de Ariel, pelo que entendi também não aprovam o do irmão mais velho, o que vão pensar de mim? A secretária aproveitadora, meu Deus, estou fodida! Ariel parece ouvir meus pensamentos.

- Não se preocupe Manu, não é como você e meu irmão.

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