Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 88

MURILO

Mal dormi essa noite, o peso de tudo que vem acontecendo cobrou seu preço, minha cabeça não cedeu fácil ao cansaço, lembrei de tudo que ocorreu tanto na Espanha quanto no Brasil, minha cabeça não parou um minuto sequer, até pesadelo com Andrezza e eu nos casando eu tive.

Talvez Manu precise de um tempo para organizar seus pensamentos, mas como um fodido controlador que sou, não posso dar esse espaço a ela, tenho medo do que ela vai ver quando estiver longe.

Nunca fez parte dos meus planos me apaixonar, porém agora não faz parte dele me afastar de Manuela, deixar que ela vá embora poderia me matar. Não sou cara perfeito, nunca fui, mas se tem uma coisa em minha vida que não vou aceitar é que Manu me deixe por medo, se um dia

ela me disser que não me quer mais, que seja porque o sentimento acabou e não por se sentir

diminuída ou insuficiente, que não é merecedora do meu amor.

O dia mal clareou, já estou tomando banho para ir até seu apartamento, preciso vê-la. Termino de me arrumar, mando uma mensagem para Alejandro avisando que estou saindo, que ele e Ariel devem ir para a empresa de taxi.

Sigo caminho até o apartamento dela, quando bato na porta um Elias com cara de sono me atende.

- Bom dia Murilo.

- Bom dia Elias.

Ele abre a porta para que eu entre, sei que o acordei mas não podia esperar mais.

- Ela está dormindo?

- Está sim.

A passos largos sigo para seu quarto, empurro a porta devagar ela está de lado encolhida, me aproximo sentando do seu lado na beirada da cama, toco seus cabelos em uma leve carícia, Manu se remexe como se soubesse que sou ali, pois seu rosto se aninha em minha mão.

- Oi mi amor.

Ela se vira lentamente abrindo os olhos castanhos, piscando algumas vezes, tentando acordar.

- Murilo?

- Oi cariño.

Manu pisca algumas vezes, passando os dedos pelos olhos.

- Aconteceu alguma coisa?

Porra, se aconteceu alguma coisa? Muitas coisas em menos de uma semana, mas não quero falar sobre isso agora.

- Eu só estava com saudades, mal podia esperar para te ver.

Ela sorri, mas seu sorriso não chega aos olhos. Me mata ver que sente que precisa fingir para mim.

- Manu? Você está bem?

Ela se senta na cama, mal posso me conter quando meus olhos passeiam por seu corpo lindo naquela camisola branca sexy pra caralho. Foco Murilo, foco!

- Encontrei minha mãe ontem. -Continuo olhando para ela, que desvia o olhar para as mãos que estão apoiadas nas pernas. - Não é nada demais, mas ... hum ... isso ainda mexe comigo.

- Eu sei amor.

- Você confia em mim Murilo?

Manu me olha nos olhos muito séria, não entendo o porque da pergunta, ela não fez nada pra isso, fez?

- Claro que sim. - Respondo rápido.

- Confiaria em mim em qualquer situação?

Todos os pontos se ligam em minha cabeça, toco seu rosto com carinho, meu polegar passeia em seu rosto em uma leve carícia.

- Não sou sua mãe Manu, amo você, não vou me afastar ou trair sua confiança, tenho certeza que Elias também não.

Ela fecha os olhos e chora, abraço minha pequena alisando seus cabelos. Seu choro baixinho deixa meu coração aflito.

- Me desculpa.

- Pelo quê mi cariño? Por ter sofrido e ter sido magoada por quem deveria te amar e proteger, ao ponto de se sentir sempre insuficiente.

A afasto para que me olhe nos olhos e aquele olhar me matou por dentro.

- Exatamente Murilo. Não sou a mulher certa para você, tenho medo que um dia você olhe para mim e veja exatamente quem eu sou, uma mulher que não tem nada para te oferecer.

Suas palavras saem como espinhos, elas queriam me ferir para que fosse eu a querer ir embora, mas isso não vai acontecer. Sei que ela está sofrendo, seu olhar magoado sob os cílios molhados era de uma menina que pede proteção. Eu quero ser sua fortaleza, ser suficiente para ela, ser o bastante, ser seu mundo.

- Isso não é verdade Manuela, você é meu sol, o que aquece meus dias e meu coração, eu era um cara frio e sem sentimentos, você me mudou!

Ela monta minhas pernas e me abraça apertado.

- Eu te amo!

- Também te amo meu raio de sol.

Seus lábios cobrem o meu com carinho, seus braços pequenos enlaçados no meu pescoço, suas mãos delicadas acariciam meus cabelos, seu corpo junto ao meu buscando proteção, sua cabeça se apoia em meu ombro, porra, ela está com uma micro camisola, testando meu auto controle.

Suas pernas travam ao meu redor, seu bumbum durinho se movimento sobre meu pau a meio mastro, cheirando meu pescoço ela pergunta.

- Estamos atrasados?

- Sou seu chefe senhorita Fontes, acho que pode chegar atrasada se for para atender seu chefe!