Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 89

"São os momentos difíceis que elevam nossa coragem e nos transportam para o mais forte que podemos ser!"

MANU

TRÊS MESES DEPOIS

DIA DA FORMATURA DE MANU

Depois que todos os possíveis envolvidos na fraude foram demitidos da empresa, o clima ficou mais leve para trabalhar, não vi ou ouvi falar mais de Billy. Não houve mais comentários sobre mim e Murilo, no fundo sempre soube que aquilo era obra dele, do Billy.

Juliana voltou a trabalhar na semana passada, graças a Deus está tudo bem com sua bebê, acabaram de descobrir na ultima ultrassonografia que é uma menina, ela e Otto estão morando juntos. A tal de Jéssica queria continuar trabalhando aqui, mas nem louca que eu iria deixar, ela pensa que não sei que é louca por meu Murilo.

Ariel está trabalhando comigo, aprendendo coisas básicas antes de assumir uma função em definitivo, ela inicia no próximo ano a faculdade de administração.

Murilo tem conversado comigo sobre trabalhar com Olga na contabilidade, assim que eu me formar, estou ansiosa, vou poder trabalhar na área que escolhi, dentro da empresa que eu tanto amo.

Nesse meio tempo não voltei a ver ou saber da minha mãe, tenho seguido em frente, co0m dias ruins e dias maravilhosos. Elias tem tentado falar sobre ela, pedi a ele que não o fizesse, me machuca demais, meu amigo é muito bom e vê bondade demais nas pessoas, ele cismou que minha mãe se afastou de mim para me proteger do José, o que para mim não faz nenhum sentido.

- Está ansiosa?

Olho Elias pelo espelho que improvisamos em cima da mesa da cozinha, onde ele arruma meus cabelos para o grande dia.

- Não, estou feliz por finalmente ter chegado o grande dia.

Pego as brincos que Murilo me deu, sorrio ao lembrar dos nossos dias em Barcelona e da promessa de voltarmos para ficar quinze dias no próximo mês, quando estarei de férias.

- Esses brincos são lindos. - Elias comenta.

- Também achei.

- Combinam perfeitamente com seu verstido.

Olho para o vestido verde esmeralda pendurado na porta do armário, perfeito, impecável, um Dolce e Gabbana, presente de formatura de Murilo.

- Tenho um presente para você.

Elias me estende a mão com uma caixinha branca pequena, abri e um sorriso enorme se espalhou em meu rosto, havia ali um pingente com o símbolo da contabilidade.

- Eu amei, é lindo, obrigada Elias, te amo!

Levanto para abraçá-lo bem apertado, vivemos tantas coisas nessa nossa vida, Elias é a minha família, aquela que eu escolhi ter por perto, mas que com certeza foi Deus que o colocou ali.

- É para você colocar na sua pandora.

Pegando meu braço ele coloca o pingente na pulseira que já está ficando cheia, beija meu rosto.

- Senta garota!

Limpando uma lágrima, volto a me sentar para terminar de me arrumar. Elias termina de prender meu cabelo em um coque perfeito, me olha pelo espelho sorrido.

- Você está linda Manuzinha.

Sorrio tocando as mãos do meu melhor amigo, que sempre foi muito mais que um irmão para mim.

- Obrigada.

Coloco o vestido, as sandálias, pego minha clutch bege, a mesma cor das sandálias que Ariel me deu.

- Estou pronta!

Elias vem do quarto todo arrumado, pego as chaves do carro e seguimos para o local da colação de grau.

MINUTOS MAIS TARDE

- Você está linda cunhadinha.

Começo abrir os olhos, minhas pálpebras estão pesadas, minha cabeça dói muito, meu estômago está embrulhado, tento me sentar, meu corpo demora a obedecer, levo a mão a minha cabeça tentando contar a dor, preciso organizar meus pensamentos.

Assim que consigo abrir os olhos e focar minha visão embaçada, meu pesadelo começa, minhas mãos tremem ao ver que meus pés estão acorrentados, olho para onde a corrente vai e ela está

presa na parede, olho em volta, estou em um colchão de solteiro jogado no chão.

O quarto é escuro, não tem janela, só uma pequena báscula no alto e mesmo assim parece ter sido fechada, observo mais um pouco com os olhos embaçando outra vez, a porta não tem maçaneta, deve estar trancada por fora, ao meu lado tem um copo descartável e uma garrafa de

água, junto a um bilhete que diz "hidrate-se".

Ainda estou com a roupa que fui para a formatura, procuro por minha bolsa, ela está jogada em um canto, me arrasto até ela sem forças para levantar, abro e vejo meu celular, uma pontada de esperança atravessa meu peito, logo é desfeita quando desbloqueio a tela e está sem sinal.

- Não, não, não. As lágrimas começam a rolar por meu rosto, o desespero me dominando.

A porta se abre lentamente, um homem encapuzado aparece, se agachando a minha frente, segura meu rosto o apertando.

- Achou mesmo que eu seria tão burro Manuela?

Sinto meu sangue gelar com a aproximação do homem, não reconheço a voz ou seus olhos, rosto está coberto por uma máscara de esquiar, sua postura me diz que ele é perigoso, lentamente seu rosto se aproxima do meu.

- O quê .... você ... quer? - Minha voz sai embargada pelo choro.

Posso sentir que ele está sorrindo.

- Muitas coisas princesa. - Ele toca meus cabelos, deslizando o indicador por meu rosto. - A principal delas é dinheiro, claro.

Ele se levanta sai do quarto deixando a porta aberta, volta em menos de um minuto com dois sanduíches embrulhados em plástico filme.

- Coma. - Ele me ordena, jogando os sanduiches em mim. - Não vamos deixar o espanhol preocupado atoa, não é?

Ele retira um telefone do bolso, mirando em mim ouço o flash disparar, provavelmente uma foto, da mesmo forma que entrou sai e a porta se fecha, me deixando ali jogada, sem saber o que fazer.