Murilo, o CEO sedutor. romance Capítulo 93

MURILO

MAIS TARDE NO PRIMEIRO DIA DO SEOUESTRO

Já estava anoitecendo e nenhum telefonema ou mensagem do sequestrador, fecho os olhos pedindo a Deus para que esse suplicio tenha fim logo, essa espera, essa falta de comunicação estava me deixando louco, de tudo a falta de notícias é pior, a incerteza, a dúvida de não saber se ela está bem ou não, está me deixando louco! Levo as mãos aos cabelos os puxando levemente, na intenção de manter algum tipo de sanidade.

A polícia continua investigando, ofereci qualquer tipo de ajuda até mesmo financeira, se eles precisarem de qualquer coisa poderiam me ligar, mas o delegado me explicou que ainda é cedo para ajuda financeira, já que os sequestradores ainda não fizeram contato.

Me sinto péssimo por omitir esse fato tão importante, escolhi confiar em Alejandro que já está chegando ao Brasil com Boris, que me instruiu a não falar nada sobre as mensagens por enquanto. O russo quer investigar primeiro, ele é um gênio da informática, sem contar seu treinamento militar incerto, o que se sabe de certeza é que o cara só é encontrado quando quer, só assume um trabalho quando simpatiza com a causa, não que seja um trabalho barato, acredite não é, mas o Russo como é conhecido, tem suas regras loucas, e acima de tudo ele precisa acreditar que está fazendo algum tipo de bem.

Se ele está vindo para encontra minha Manu, é porque simpatizou com ela, teve pena da minha meiga mulher, o que me deixa feliz, porque se há alguém nesse mundo que pode encontra-la é ele, o Russo.

Meu telefone toca me tirando daquela corrente de pensamentos que me consumiu o dia todo, quando olho a tela do telefone, atendo o numero desconhecido sem pensar duas vezes, sei que é o sequestrador, querendo falar sobre Manu.

- Olá espanhol! - Não me passa despercebido seu desdém.

Respiro fundo tentando me concentrar em tudo que estava acontecendo, no que eu precisaria fazer para ele me falar sobre como Manu está, antes que eu possa responder qualquer coisa, o homem volta a falar com a voz distorcido por um aplicativo de voz.

- Você é muito petulante mesmo. - Ele faz uma pausa dramática. - Ouvi a mensagem que me deixou, acha que está em posição de me exigir alguma coisa? - Ele para e fala. - Não está!

O ultima frase foi gritada em meu ouvido, despertado por sua voz distorcido, aperto o botão para gravar nossa conversa.

- Quero falar com a Manu. - Minha voz sai em uma calma, que não condiz em nada com o pânico que sinto nesse momento.

- NÃO!

Respiro fundo tentando pensar em algo para argumentar sobre isso, ele é mais rápido.

- Você não vai falar com ela, quando eu quiser, - Ele frisa bem o "quiser". - te mando uma foto, como essa agora.

Meu telefone vibra, olho para a tela com as mãos tremulas, abro a foto e vejo Manu deitada em um colchão no chão, coberta com uma coberta fina parece estar dormindo, uma corrente ligada ao seu pé era bem aparente, sinto bola ácida revirar em meu estômago.

- Desgraçado, se você a tocar eu ...

O descontrole toma conta de mim, minha vontade era socar esse cara até que ele implorasse por misericórdia.

- Você vai o que? - Diz debochado. - Deixa eu te dizer o que vai fazer, NADA! Você não vai fazer nada! - Minha impotência diante da situação me assusta, eu não posso fazer nada para ajudar a mulher que amo. - Ela está sendo bem cuidada espanhol, mas para que isso continue, depende exclusivamente de você!

Solto uma lufada de ar, tenso diante da nítida ameaça.

- Você acionou a policia?

Deslizo o indicador e o polegar pelo nariz, tentando aplacar minha agonia.

- Não fui eu, mas a universidade.

- Imaginei. Você não envolveu mais ninguém, não é mesmo?

- Não.

- Muito bem, Viu como é fácil. Agora vamos falar de números, que é o seu forte não é mesmo espanhol? Eu quero trinta milhões de euros.

- Tudo bem , eu pago!

A linha fica muda por alguns segundos, olho a tela do telefone, por um instante achei que a ligação tivesse caído, então a pessoa do outro lado da linha volta a falar.

- Ela é importante mesmo pra você, hein espanhol. Acho que o preço acaba de aumentar, quero sessenta milhões de euros.

Passo a mão pelo cabelo, em nenhum momento duvidei que faria qualquer coisa para ter Manu de volta.

- Tudo bem, só preciso de uns dias para conseguir o dinheiro.

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