Negada pelo Destino: Presa nas Sombras do Vínculo de Companheirismo romance Capítulo 117

Ponto de vista da Kaia

Eu corri para o campo de batalha e percebi que daquela vez parecia ser a mais perigosa até então. Eu xinguei mentalmente a mim mesma por ter ignorado os sinais de alerta só porque estava preocupada com a cerimônia de boas-vindas da Alora. Era minha loba tentando me avisar sobre um ataque iminente.

O fato de os invasores terem chegado mais fundo em nossas terras do que nunca significava que haviam aumentado seus números daquela vez.

E eu não estava errada. Eles pressionavam mais, e aquilo inevitavelmente significava mais mortes. Por que eles simplesmente não podiam nos deixar em paz? Por que não podiam nos permitir integrar e nos dar uma segunda chance?

Quando cheguei ao campo de batalha, já tínhamos conseguido expulsar eles, mas foi a custo da vida de muitos membros da nossa matilha. Corpos estavam espalhados pela relva, pais e mães que nunca mais voltariam para seus filhos.

Aquilo partia meu coração. Sempre partia.

Não tive tempo para pensar... Não havia tempo para pensar ou planejar estratégias. Apenas deixei minha loba assumir o controle e mergulhei no caos. Me juntei ao mar de pelagens, deixando meu lado selvagem assumir por completo, defender e até matar.

O ataque daquela vez tinha algo diferente. Havia mais crueldade da parte deles. Se quiséssemos vencer, teríamos que jogar conforme as regras deles. Teríamos que ser tão ferozes quanto.

— Ataquem para matar! — Ordenei pela conexão da matilha, e a confirmação coletiva da ordem me atingiu pela conexão.

Logo percebi que só entrava em combate quando me juntava a alguma briga, defendendo outros membros da matilha. Ninguém vinha diretamente contra mim.

Na verdade, ao matar um lobo e levantar o olhar, percebi que um círculo se formara ao meu redor... E ainda assim, nenhum deles atacava. Era como se estivessem tentando me pegar.

Pelo canto do olho, vi o lobo de Samson tentando atravessar a barreira, querendo chegar até mim... E então, de repente, eles se viraram e voltaram a atacar o nosso povo.

Assim que viraram as costas, ataquei o mais próximo por trás... Arranquei sua vida com uma mordida no pescoço.

A luta continuou até que senti a presença dele se juntar ao campo, a presença de um alfa inimigo. No meio do mar de lobos, era impossível não notar ele. Assim como da última vez, ele era enorme. O grande lobo cinza-escuro avançava na minha direção, os dentes à mostra numa tentativa de intimidar minha loba... E a mim.

Mas ele não teve a menor chance.

Rosnei de volta, deixando claro que não nos renderíamos. Se ele queria uma luta, teria que pintar de sangue o pelo branco da minha loba para sair vitorioso.

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