Ninfa Sexual romance Capítulo 37

Eu acordei em um sala branca, olhei pro lado e vi a minha mãe deitada no sofá, vi uma enfermeira regulando o meu soro, e então eu me dei conta que eu estava no hospital e me desesperei.

- O que aconteceu? perguntei com muita dificuldade, sentindo a minha garganta seca.

Enfermeira: Calma Jessy, você está segura agora.

Mãe: Jessy? meu amor, Graças a Deus você acordou.

Ela começou a chorar, eu tentei me mexer mas o meu corpo inteiro estava dolorido, eu olhei pros meus pulsos e eles estavam feridos, e então eu comecei a lembrar vagarosamente do que tinha acontecido, eu fechei os olhos sentindo a minha cabeça explodir, e comecei a ficar com falta de ar.

Mãe: Filha, se acalma, eu estou aqui, filha?

Enfermeira: Se afaste senhora, eu preciso medicá-la.

A enfermeira me medicou e eu fui adormecendo, até perder os sentidos.

Eu não sei por quanto tempo eu passei dormindo, mas quando acordei, a minha mãe estava sentada do meu lado segurando a minha mão.

Eu ainda estava sonolenta pela medicação, mas eu já tinha consciência de tudo.

Mãe: Oi filha, como você está se sentindo?

- O meu corpo inteiro dói mãe.

Algumas lágrimas caíram do rosto dela.

- O que aconteceu?

Mãe: Você foi passar o fim de semana com alguns amigos, esses amigos chamaram alguns desconhecidos pra essa festa, alguns homens que conheceram em um jogo, esses homens...

Ela deu uma pausa, deixando mais algumas lágrimas caírem, respirou fundo e continuou...

Mãe: Esses homens levaram você pra um quarto, prenderam você e abusaram de você minha filha.

Ela voltou a chorar, eu sabia como tudo havia começado, eu sabia que a culpa também era minha, mas eu não tive coragem de revelar essa parte da história.

Mãe: A Camile havia saído com o namorado, a Lara também, e quando chegaram na sala, viram suas roupas jogadas no chão e saíram procurando você em todos os compartimientos da casa, e encontraram você no chão, toda ferida e com as partes íntimas sangrando, além de estar toda suja se esperma.

A Camile disse que ligou pra um amigo e foi ele quem foi socorrer vocês.

- Cadê esse amigo mãe? onde ele está?

Eu sabia que o tal amigo era o Pietro, a voz dele era a última coisa que eu me lembrava.

Mãe: Ele deu um depoimento pra polícia e depois foi embora.

- Ele não veio aqui me ver?

Mãe: Não Jessy, você o conhecia? sabe de quem estou falando?

- Sei mãe, era o Pietro, o homem que eu amo.

Mãe: Eu não cheguei a vê-lo, quando eu e o seu pai ficamos sabendo, você já estava no hospital e ele já havia ido embora.

- E prenderam alguém?

Mãe: Não, o dono da casa, o namorado da Camile era maior de idade, ele deu um depoimento, os outros rapazes também, agora estão tentando localizar os culpados.

- Eu ouvi tiros mãe, quem atirou?

Mãe: Tiros? eu não fiquei sabendo de nada relacionado a tiros, você tem certeza que ouviu tiros?

- Não sei, talvez eu só tivesse confusa.

Eu menti, eu sabia o que tinha ouvido, ouve tiros, eu tinha certeza, mas provavelmente era algo que somente a Camile e a Lara poderiam me responder.

Mãe: Por quê você não me disse que tinha um namorado Jessy?

- Eu não tenho mãe.

Mãe: E esse rapaz que você disse que amava?

- Eu o amo, já ele...

Nessa hora uma médica entrou na sala.

"Oi Jessy, eu me chamo Viviane e sou sua médica, como você está se sentindo"?

- Meu corpo inteiro dói, minhas partes íntimas também, eu estou tento dificuldades pra engolir a saliva, e sinto um pouco de falta de ar.

Dr. Viviane: O seu corpo foi muito machucado Jessy, você não está vendo agora, mas você tem marcas roxas por todo o corpo, você foi enforcada e o seu pescoço também está roxo, você chegou aqui com um sangramento intenso na sua genital, causados por um trauma no colo do útero, a sorte foi que conseguimos controlar o sangramento sem a necessidade de uma cirurgia.

Fizemos alguns exames de sangue, e demos a você o medicamento pra prevenir o HIV, e você terá que continuar tomando pelos próximos 28 dias.

Demos também uma injeção de dose única, a ceftriaxona, pra prevenir doenças sexualmente transmissíveis, e o medicamento pra prevenir a gravidez.

Você entende que foi estuprada e que precisa de um acompanhamento psicológico?

- Sim, respondi sentindo o meu rosto molhado pelas lágrimas.

As coisas que passei começaram a aparecer na minha mente de forma mais nítida, era impossível conter as lágrimas.

A minha mãe me abraçou e ficamos juntas por vários minutos assim.

Eu sabia que jamais iria esquecer do que fizeram comigo, e sabia também que isso era o suficiente pra eu querer mudar de vida de uma vez por todas.

Conseguiram pegar os meus estupradores alguns dias depois, eu tive que ir fazer reconhecimento deles, e um deles estava baleado na perna.

A polícia disse que ele não quis dizer quem o baleou, mas eu sabia que o Pietro tinha algo haver com o tiro.

A parte mais difícil foi ter que me olhar no espelho, as marcas no meu corpo me fizeram gemer de tristeza.

O meu corpo levou quinze dias pra se recuperar, embora o meu psicológico estivesse em pedaços.

Eu não conseguia parar de chorar, eu não queria ver ninguém, eu não queria comer nada, eu estava no fundo do poço.

E mesmo estando nitidamente destruída, eu ainda me masturbava na cama todos os dias, e me odiava por não conseguir controlar isso.

Eu mandei a minha mãe entregar o meu celular e a minha agenda pra Camile, e ela cuidou de tudo enquanto eu estava indisponível, ela repassou as casas pros funcionários, e cuidou de toda a minha agenda, apesar de tudo, eu tinha pessoas ao meu lado pra me ajudar, e precisou de tudo isso pra eu reconhecer o valor dessas pessoas.

Embora com o corpo recuperado, eu só fui reagir um mês depois.

Eu entrei no banheiro, tomei um banho, coloquei uma roupa e saí do quarto, a minha mãe havia pedido liberação do trabalho pra cuidar de mim, e quando ela me viu fora do quarto, ela se derramou em lágrimas e foi me abraçar.

O meu pai não estava em casa, mas ele ficou tão abalado com tudo o que aconteceu, que quase morreu com a pressão alta, mas ele já estava melhor.

- Me perdoa mãe, eu prometo que a partir de hoje eu só vou dar orgulho pra vocês.

Falei em meio as lágrimas.

Mãe: Você não precisa se desculpar por nada minha filha, você já é o nosso orgulho.

Eu sabia que ela não entendia sobre o quê eu estava falando, mas eu estava admitindo não só pra ela, mas pra mim mesma que nada poderia ser como era antes, que eu precisava fazer o que eu devia ter feito a muito tempo, eu precisa de ajuda psicológica, e essa foi a decisão que me trouxe até esse momento que eu chamo de hoje.

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