NO MORRO DA ROCINHA romance Capítulo 22

Malu narrando

Três dias se passaram e eu não tinha colocado as escutas e muito menos saído de casa, eu desço as escadas e o vapor não estava na porta. Julia também não tinha vindo até aqui e achei muito estranho ela ter sumido.

Eu subo correndo para o quarto e pego as presilhas que ainda não tinha espalhado pela casa, eu entro dentro do quarto do Rd e coloco uma ao lado de sua cama, outro dentro do banheiro e desço as escadas, colocando um na sala e entro no escritório dele.

- Onde vou colocar esse – eu pergunto com a ultima presilha na mão, andando de um lado para outro.

Olho para um porta canetas e penduro nela nele;

- O que está fazendo aqui? – A voz de Fernanda soa atrás de mim e eu encaro ela assustada – o que você quer aqui?

- Nada – eu pergunto.

- Como nada? – ela pergunta – você está dentro do escritório do Rd, um lugar onde você não deveria está. O que está fazendo aqui?

- Eu queria falar com Rd mas eu não o encontrei – eu falo.

- Isso você poderia ter visto na porta – ela fala – não precisava ter entrado até aqui.

- Eu sei, só fiquei curiosa para saber como era o escritório dele – eu falo – os livros – eu aponto para partileira – ele não parece uma pessoa intelectual.

- Você pode dobrar ele – ela fala – mas a mim não.

- Eu não estou entendendo – eu falo sorrindo – dobrando quem ? Se estou aqui obrigada, ameaçada de morte e com você o tempo todo apontando uma arma para mim.

- Eu não confio em você e eu não gosto de você – ela fala me encarando – lembra, que se você tentar prejudicar a gente você vai prejudicar a sua amiga.

- Eu não quero prejudicar ninguém – eu falo olhando para ela – eu não estou fazendo nada para prejudicar ninguém, muito menos Julia, que aliás você não deixa vim me ver.

- Eu quero Julia longe desse mundo – ela fala – eu quero a Julia do Ph, de você de todos.

- Um mundo que você vive você quer sua filha longe? – eu pergunto – meio hipócrita não é mesmo? – eu a encaro – se você quisesse sua filha longe, não deveria ter criado ela aqui, deveria ter ido embora para o mais longe possível.

- Eu não fui porque eu fui enganada – ela fala – enganada, você sabe o que é isso?

- Eu fui enganada pelo Perigo e olha onde eu estou – eu falo.

- A sua sorte é que você não tem filho que depende de você – ela fala – o dia que você entender o que eu falo, vai ver a merda toda que está fazendo se colocando ao lado daqueles policiais filho da puta.

- Eu não estou do lado de ninguém e eu não sei do que você está falando – eu falo para ela.

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