NO MORRO DA ROCINHA 22

Malu narrando
Eu aproveito que vim até a casa de Julia para deixar uma das presilhas aqui, era ordem dos policiais, eles queriam uma presilha na casa de Fernanda, só que ao mesmo tempo eu fico com o que Fernanda me falou na cabeça, que se eu tentasse prejudicar eles, eu iria prejudicar ela também.
- Minha mãe disse que você era uma traidora – Julia fala – mas eu não acredito que seja – eu a encaro.
- Ela tem razão em te proteger – eu falo – ela é sua mãe e tudo que ela quer é o seu bem.
- Aqueles policiais o que fizeram com você? – ela pergunta.
- Nada – eu respondo – eu não lembro direito, eles me deram um boa noite cinderela.
- Rd esteve aqui furioso com você disse que estava ameaçando com um video de vocês dois transando – ela fala – você transou com ele?
- Sim , no dia do baile e depois aquele filho da puta me levou para o perigo – eu falo – você acredita nisso?
- É eu acredito – ela fala.
- Eu te disse todos são iguais – eu suspiro – sabe quem me deixou lá? Ph – ela me encara.
- Ele não me disse isso – ela fala.
- É óbvio que não – eu falo
- Eu sinto muito por tudo que aconteceu – ela fala – eu não queria que você tivesse passado por isso.
- Está tudo bem – eu sorrio.
- O que você acha de sair tomar um açaí? – ela pergunta.
- Eu quero evitar encontrar Ana, estou cheia de problemas já e se a gente se ver, ela vai querer arrumar confusão – eu falo.
- Você está estranha – ela fala – você tem certeza que eles não fizeram nada com você mesmo?
- Não – eu sorrio – ainda estou em extase com tudo que aconteceu, daqui a pouco passa – ela me abraça do nada.
Eu correspondo o seu abraço.
- Você pode contar comigo para o que você precisar – ela fala
- Obrigada – eu sorrio.
Eu me despeço de Julia me sentindo a pessoa mais horrível do mundo em ter colocado aquela presilha com microfone na casa dela, eles estão com acessos com várias escutas.
- O que você faz aqui? – Bn pergunta.
- Preciso falar com Rd- eu falo colocando a mão no bolso.
Eu tinha mais uma presilha em meu bolso que era para colocar na boca.
- Não sei se ele vai querer falr contigo – ele fala.
- Por favor – eu respondo.
- Espera ai – ele entra dentro e de longe vejo Ana passar, ela me encara com um olhar furioso e percebo que ela está usando uma peruca. Rd mandou raspar o cabelo dela. – pode entrar vai.
Eu entro dentro da boca e Rd estava fumando como sempre e ele me encara.
- O que se quer? – ele pergunta.
- VocÊ mandou raspar o cabelo da Ana? – eu pergunto.
- Veio defender sua amiga? – ele questiona.
Não - eu falo me sentando na cadeira na frente dele e jogo a presilha no chão como quem não quer nada. – Eu quero falar com a minha mãe.
- Não – ele fala.
- Por favor – eu olho para ele – Perigo pode sair a qualquer momento da cadeia e me matar, eu só quero me despedir da minha mãe.
- Esquece – ele fala – se é isso que você veio fazer, pode dar a volta e ir embora.
Eu bufo.
- Eu esqueci que você é o homem mais insensível do mundo – eu me levanto e saio da boca, sem deixar que ele me responda.
Eu só precisava espalhar as presilhas e assim eu fiz, agora eu precisava era me manter viva acima de qualquer coisa, eu acho que isso era fácil de conseguir. Na verdade eu não sei.
Eu entro dentro do meu quarto e tinha uma caixinha em cima da cama, eu olho para cima dela e era um celular, eu arregalo os olhos.
Eu me sento na cama e ligo o celular e continha apenas um número ‘’ Kaio ‘’ no mesmo estante que eu ligo, chega a
- Espalhou todas, parabéns - ele fala.
- Obrigada – eu falo – agora segue com seu plano e me deixa sair e ir embora.
– ele fala – o plano é quando eles forem preso, você é
jogo para trás na cama e encaro o teto, depois desligo e escondo o celular, Rd não pode nem sonhar com esse celular
desço e vejo Rd na
Você tem noticias do Perigo? – eu
Está preocupada com ele? –
Não – eu falo – eu só queria saber se você tem noticias dele, apenas
– ele responde – se é isso que quer saber, a gente não sabe se está vivo ou morto e onde ele
significa que ele pode está morto? – eu
Se ele tiver morto, você está morta também – ele fala e eu arregalo o olho para ele – você só está viva por causa que
Eu não tenho culpa se ele tiver morto –
eu não tenho nada haver com isso – ele fala dando
Você não acha a Fernanda estranha? – eu pergunto e ele
você está dizendo isso? – ele
Eu lembro dela conversando com meu pai, Rd – ele me encara – desde que eu era pequena, eu lembro que ele e minha mãe discutiam toda vez que ela