Nossa Vida a "Três": Muito Apertado! romance Capítulo 434

Suas palavras de questionamento eram tão autoritárias, mas ao mesmo tempo revelavam uma fragilidade surpreendente.

Ele enfatizava as palavras "ter cantado para você" com uma intensidade marcante, "dizendo que nunca pensou em envelhecer comigo, enquanto observava os novos casais, nostálgico pelo nosso passado."

Ele sorria baixinho, mas a dor em seus olhos transbordava como uma maré, umedecendo seu rosto atraente, "Elvira, me diz, você não está sendo sincera comigo?"

Meu coração apertou, a injustiça se espalhando por ele, sem ter para onde fugir, olhando para o rosto dele, marcado pelo tempo, sentindo um turbilhão de emoções.

Nós não éramos mais jovens, e mesmo nos olhando agora, depois de hoje, nos tornaríamos apenas memórias na vida um do outro.

Eu respirei fundo, falando com mais calma do que esperava, e minhas palavras não eram diretamente para ele, "Ligue para a segurança e chame o gerente para cá. Hoje fechamos o local só para nós, e vocês deixaram alguém entrar sem permissão. Eu quero uma explicação."

Meus irmãos, ao ouvirem que eu exigiria explicações, ficaram pálidos de medo, pois não só perderiam todas as gorjetas da noite, como também teriam seus salários descontados.

A raiva cresceu entre eles, e alguns homens usaram toda a sua força tentando controlar Otávio, que resistia desesperadamente, tornando difícil determinar um vencedor.

Mas a luta não durou muito, a maioria sempre vence a minoria.

Na minha vida, foi a primeira vez que vi Otávio ser dominado de forma tão humilhante, com lágrimas e sujeira cobrindo seu rosto, como um anjo que perde suas asas transformando-se em demônio, uma violência grandiosa e inevitável.

Ele não conseguia resistir, estava sendo consumido.

Meus irmãos tentavam se justificar, "Não fica brava, irmã, isso é bobagem, não precisa chamar o gerente, nós temos tudo sob controle."

Otávio, ainda no chão, dava uma risada baixa, segurando firme o microfone, mesmo com várias mãos tentando controlá-lo, sua dignidade inabalável, "Elvira! Você disse que eu não sou sincero!"

"Caralho! A irmã ainda não disse que não vai chamar o gerente, e você ainda tem a audácia de falar, vou te fazer ficar quieto!"