O cara da porta ao lado romance Capítulo 12

Jorge

Assim que chegamos na cafeteria, Sofia se senta ao lado de Roberta.

Ah Roberta, ela sabe oque eu mais desejo, mas me impede de fazer a todo momento.

Eu a amo e ela é importante na minha vida. Mas sua importância no momento não se compara a de Sofia.

Eu as observo comer e sorrir.

Sofia este cada dia mais mulher, linda e inteligente.

A todo momento as palavras tentam sair de minha boca querendo gritar para Sofia a verdade.

Mas todo momento Roberta me olha me alertando, não gosto disso.

Ela sabe que tenho que fazer isso e não pode me impedir.

Agora que tenho as duas nada vai tirar elas de mim.

-Alo? - Roberta minha noiva atende o celular. - Claro que posso, certo.

Ela desliga o celular e digita mais alguma coisa.

- Aconteceu algo? - pergunto.

- Acho que nada demais. - Ela fala. - A organizadora do nosso casamento quer falar comigo pessoalmente, eu vou encontrá-la agora e vocês vão na frente para casa certo?

Vejo que Sofia se retrai um pouco, desde que fomos apresentados ela não faz nenhum esforço para se aproximar de mim.

Logo mudarei isso.

As duas se despedem e Roberta vem me abraçar.

- Estou de olho você. - Ela diz em meu ouvido e me beija.

No momento eu reviro os olhos.

- Estou indo.

Assim que ela sai eu e Sofia ficamos sozinhos, ela aproveita para ir ao banheiro enquanto eu pago a conta e a espero no carro.

Minutos depois ela entra e eu dirijo de volta para o apartamento.

- Aconteceu que você é um velho nojento e eu não quero você perto de mim. - Ela fala.

- Do que você está falando Sofia? - pergunto tentando entender.

Vejo que ela começa a ficar exasperada.

- Estou falando de você e o modo como me olha. - Ela fala. - No apartamento quando nos conhecemos, como está sempre me elogiando, no elevador ao falar do vizinho.

Ai meu Deus.

Não vou segurar isso por muito tempo.

- Sofia, você me entendeu errado, eu só. - Começo a dizer e ela me interrompe.

- Não vou ouvir desculpas sobre isso Jorge, eu vi como me olha e... - Dessa vez sou eu a interromper.

- Cala a boca Sofia.

- Não pode me mandar calar a boca, você não é meu pai. - Ela grita.

- Sim, eu sou sim. - Grito de volta e ela paralisa. - Eu sou seu pai Sofia.