O cara da porta ao lado romance Capítulo 34

Sofia:

- Oque foi meu anjo? Conta para mim. - Minha mãe dizia com sua voz acolhedora.

- Eu sou muito burra mãe. - Desabafo.

- Entre vamos conversar e depois iremos almoçar. - Ela diz me levando para dentro.

Minha mãe nas próximas horas me conforta e me aconselha.

Minhas lagrimas demoraram a cessar.

Jorge para me fazer uma surpresa havia feito a confirmação da minha passagem para Londres, coisa no qual havia esquecido.

Minha mãe me convidou para dormir na casa dela e eu aceitei prontamente.

Não queria ir para casa ver Dylan e muito menos lembrar dele quando olhar para minha varanda.

A noite foi quase impossível não derramar lagrimas, mas pego no sono rapidamente.

Acordo com minha mãe sentando-se na minha cama com uma mala do lado dela.

- Oi querida, tomei a liberdade de preparar uma mala para você, toma um banho que daqui a pouco você tem que ir. - Ela diz me dando um beijo na testa.

A realidade me abate, eu irei para Londres!!

Pulo animada da cama e vou para o banheiro tomando um longo banho.

Assim que acabo passo cremes por todo o meu corpo e penteio meu cabelo.

Vou até a mala que minha mãe me fez e vejo que as roupas que têm ali são bem de acordo com Londres.

Pego uma meia calça, uma saia de couro reta e uma blusa vermelha.

Visto uma jaqueta e pego o coturno que também estava na mala.

Minha mãe arrasou nessa mala.

Eu a pego e começo a descer as escadas com ela.

Quando chego no final vejo ela tomando café com Jorge na mesa.

- Senta e tome café, seu pai vai te levar ao aeroporto. - Minha mãe fala.

Me sento com eles que também parece animados com a minha viagem.

Gosto de estar aqui com eles e ser uma família feliz.

Quando dá a hora de ir para o aeroporto Jorge me leva.

Quando chegamos lá fazemos o chek-in e ele me leva ao portão de embarque.

- Sofia, sabe que se quiser voltar é só me ligar, não sabe? - ele pergunta.

- Eu sei, obrigada Jorge. - Digo e vejo que ele fica ressentido.

- Não tem que me agradecer por nada, em duas semanas é o casamento, você vem e depois volta. - Ele diz e beija minha testa.

Me despeço dele e vou para o meu lugar.

Logo quando o avião decola eu me permito relaxar um pouco. Mas um novo tipo de nervosismo me atinge.

E se meu inglês não for bom o suficiente?

Ai meu deus.

Eu respiro fundo e tento relaxar.

Escrever, preciso escrever.

Pego meu laptop e por toda a viagem eu escrevo.

2 semanas depois:

Londres é incrível, as duas semanas que passei aqui estão me ensinado muitas coisas.

Mas algumas coisas meu corpo tem estranhado, meu professor de literatura nos mostrou um quadro novo pintado por um de seus alunos de arte e a tinta estava fresca e aquele cheiro me deixou tonta.

- Está voltando para a pousada? - ele me pergunta, pois estamos hospedados na mesma pousada.

- Sim, estava em uma consulta. - Digo e começamos a caminhar lado a lado.

- Está bem? Aconteceu algo? - ele pergunta em seu tom preocupado.

- Estou bem, só que parece que estou grávida. - Digo e sendo a primeira vez que digo soou meio estranho.

- Parece? – ele pergunta erguendo uma sobrancelha.

- É.- digo sem saber oque dizer.

- Em dois dias voltaremos para casa Sofia, seu curso avançou as matérias e você acabou antes do tempo. Pode ir para casa se já quiser. Fique com sua família, tenho certeza de que sua mãe vai adorar a notícia. - Ele diz me incentivando.

Pedro já participou de muitas chamadas de vídeo com a minha mãe, essa viagem nos tornou amigos.

- Eu não iria voltar mesmo. - Falo para ele que sorri. - E você? Vai mesmo ao casamento da minha mãe? - pergunto e ele faz uma careta. - Você prometeu.

- Eu sei, acha que sua mãe acharia ruim se eu convidasse marco para ir? - ele me pergunta.

Sorrio para ele, não vejo ele indo ao casamento da minha mãe sem marco para secar suas lágrimas.

- Ela convidou os dois. - Digo para ele que sorri.

Nos aproximamos da entrada da pousada, mas uma tontura me atinge e se não fosse por Pedro eu provavelmente teria caído.

- Calma, eu te acompanho até o quarto. - Ele diz segurando em meus ombros e me puxando para si me deixando firmemente em pé.

Caminhamos para dentro em direção as escadas que leva aos quartos do segundo andar. Mas em um reflexo eu olho para a sala de espera da pousada e vejo um homem saindo da pousada furioso.

Não... Se parece com ele, mas Dylan nunca viria aqui atrás de mim.

Então apenas esqueço isso e contínuo subindo as escadas.

Depois que estou confortável em meu quarto o homem se volta a minha cabeça.

Não poderia ser Dylan, mas desejei por um momento que fosse, que ele viesse atrás de mim. Mas isso nunca vai acontecer.