Sofia:
Pensar que aquele grosso mora bem aqui do lado é estranho.
Ele é um homem bem bonito e acabou de se mudar, espero não o ver muito.
É tentação de mais para uma jovem como eu.
Assim que chego em meu quarto vou para o chuveiro tomar um banho para relaxar o corpo.
Visto um robe e vou para a cozinha fazer uma caneca de chocolate quente para mim.
Assim que acabo, pego a caneca e vou para o meu quarto em direção a minha pequena varanda.
Me encosto a beira do parapeito e observo o parque e as luzes que o ilumina.
- Oi. - Ao ouvir a voz me cumprimentando da sacada ao lado levo um susto.
- Ai meu deus, você quase me matou de susto. - Digo com uma mão no peito.
- Desculpe. - Ele diz com um sorriso. - Aí é seu quarto? - ele pergunta apontando para a porta.
- É o que parece. - Respondo.
-As nossas sacadas são bem próximas. - Ele afirma.
- Sim? - pergunto ironicamente tentando entender onde ele quer chegar.
- Só quero dizer que é bem fácil pular de uma sacada para a outra. - Ele fala sua observação como se eu já não tivesse percebido isso.
- Como o senhor se chama? - pergunto me virando totalmente de frente para ele e me aproximando do parapeito.
Estávamos agora poucos centímetros um do outro.
- Dylan e já disse para não me chamar de senhor. - Ele diz.
- Ótimo sr. Dylan, não sei oque o "senhor" quer fazendo essa observação. - Digo para ele frisando bem a palavra senhor.
- Não desejo nada de mais, apenas foi uma observação, além do mais, dá para ver muito do seu quarto daqui. - Ele fala sorrindo.
- Espero que esteja gostando da vista.
- Preferia estar aproveitando. - Ele diz baixo, mas eu entendo.
- Eu ouvi isso. - Digo para ele.
Esse homem pode ser mais velho que eu, mas o sorriso que o maldito abre agora me arrepia dos pés a cabeça.
- Vou me deitar, boa noite vizinha. - Ele fala se afastando do parapeito.
O vejo entrando em seu quarto e fechando a porta de vidro.
Dá para ver parte do quarto dele de onde eu estou, e quando eu digo parte, isso inclui a enorme cama.
Saio da varanda e vou me deitar.
Pronto, meus hormônios adolescentes estão borbulhando por causa de um velho babão.
Depois de meia hora eu consigo dormir.
Acordo com o telefone da casa tocando.
Me levanto com dificuldade da cama e vou atender o maldito.
- Alô? - atendo.
- Srta. Sofia? - um homem pergunta do outro lado da linha.
- Sim, sou eu. - Digo.
- Olá, bom dia srta. Sofia, aqui é Celso, sou o porteiro, o senhor Jorge avisou que viajaria e se chegasse qualquer coisa era para entregar a senhorita. Poderia vir pegar?
- Claro, me dê 10 minutos e já chego. - Digo e encerro a chamada.
Merda, podia ter dormido até tarde.
Como eu estava só de robe, pego um short e uma blusa larga e coloco.
Como a blusa é grande acaba tampando o short e faz parecer que só estou usando-a.
Nem LIGO.
Faço um coque meio bagunçado em meus cabelos que deixa alguns fios soltos e saio do apartamento.
Ao mesmo tempo em que saio a porta do vizinho abre e ele sai todo trabalhado num homem gostoso vestido um terno em que ele fica lindo, mas que me faz pensar que ficaria melhor sem ele.
Se controla garota.
Hormônios do inferno.
- Bom dia. - Digo.
- Bom dia. - Ele diz sem nem me olhar porque está trancando a porta do apartamento.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O cara da porta ao lado
Amei. Eu só queria que Davina tivesse sobrevivido....