O Egípcio romance Capítulo 15

Raissa sorri e liga para o ramal da cozinha e pede para servirem o café no quarto.

Não demorou muito, o nosso café chegou. Graças a Deus o clima no quarto já tinha melhorado e muito, pois o nosso assuntou mudou, conversamos sobre várias outras coisas e Hassan não estava incluso no assunto.

Que luxo!

Sentada na sacada com uma brisa gostosa batendo, uma paisagem maravilhosa abaixo de nós e a perdição dos doces e salgados árabes dispostos na mesa.

Hum, que delícia.

Agora estou me deliciando com Yat habibty, harisa de maiz, vários tipos de folhados. Uns com ricota e mel, outros com avelã e chocolate…

— Deus! Raissa! Como esses folhados são bons. Se eu tivesse uma mesa dessa, com certeza eu não caberia nos meus vestidos. Toda vez saio daqui com a consciência pesada, achando que exagerei. Mas é impossível comer um só, fora a vontade de experimentar todos.

Raissa sorri do outro lado da mesa.

— E eu não sei? Você pensa que como isso todos os dias? Eu evito, hoje só mandei servir porque você está aqui. Morro de medo de engordar.

Eu me sirvo um pouco mais de café, dizendo para mim que já comi bastante. Sai, tentação! Hoje ela está muito aflorada dentro de mim. No fundo, estou descontando na comida as minhas frustrações.

Então olho o relógio.

— Raissa, eu vou indo. Se não daqui a pouco fico para o jantar. E curta seu irmão. Fique com ele. Espero que cada vez mais vocês se unam a ponto de ele se abrir com você.

Raissa me abraça com um sorriso.

— Obrigada por ter vindo.

Eu retribuo com um abraço apertado.

— Não foi nada.

— A salamo a-leikom. A paz esteja com você — ela diz.

— Aleikom es Salam. A paz esteja com você também.

Saio do quarto de Raissa ainda pensando no que ela me falou do seu meio-irmão, sigo o corredor e desço as escadas devagar. A conversa que eu tive com ela só reforçou a imagem que tenho dele.

Logo que desponto na escada, vejo Hassan na sala. Ele está inquieto, pois anda de um lado para o outro, pensativo. Meu coração dá um salto no peito ao vê-lo, me lembrando também o quanto esse homem mexe com meus sentidos. Vestido com uma roupa típica árabe, uma espécie de camisolão de linho branco e sandálias, viril, lindo. Há algo nele que me atrai, talvez seja seu olhar intenso e profundo, ou a maneira como ele exala força animal, selvagem. E isso me lembra mais o árabe que ele é, e eu sei que lugar eu tenho na vida dele.

Quando ele me vê, para e me olha com uma expressão sombria. Meu coração se agita ainda mais.

— E Raissa? — ele indaga, e espera minha resposta com o rosto sério.

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