Resumo de 28- Deus somos reféns! – Uma virada em O Egípcio de Sandra Rummer
28- Deus somos reféns! mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O Egípcio, escrito por Sandra Rummer. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Todos gemem aterrorizados, as mulheres soltam soluços desesperados. Então o mais nervosinho grita para calarem a boca.
O silêncio aterrador impera por todo o ambiente.
— Se todos colaborarem, não haverá mortes — o chefe de todos diz.
Hassan passa a mão nos meus cabelos.
— Vamos sair daqui, e eu vou te tirar daqui.
Eu encaro Hassan e digo calmamente, mas incapaz de controlar minhas lágrimas:
— Não, eu vou ficar bem. Vou ficar bem quietinha.
Hassan me olha calmo, como uma rocha imóvel em um intenso furacão, e eu pressiono meu rosto em seu peito cheiroso.
Ouço gritos e procuro com os olhos de onde vêm.
Um dos bandidos está pegando o braço de uma mulher linda, com um corpo bem exuberante. Ela está sendo arrastada para trás do palco.
Alguém grita em pânico para ele parar.
É um homem, acho que é o companheiro da moça.
Uma arma é apontada na direção dele, e ele, impotente, fica imóvel.
Nessa hora, ouço sirenes de polícia na rua. Os bandidos ficam como loucos. Agitados, e alguns deles vão para as janelas envidraçadas para observar lá fora.
— Porra! Nico, diminua as luzes do salão — ele grita. — E reúna todos os reféns aqui.
Deus, somos reféns.
Olho para Hassan, procurando nele alguma força ou consolo, mas seus olhos estão fazendo a varredura do local e ele nem olha para mim. Isso me preocupa e me deixa mais agitada.
Hassan finalmente me olha, ofegante.
— É agora — ele diz baixinho.
— Deus! É agora o quê? — eu questiono, baixo.
Ele me levanta e me empurra para frente, tudo muito rápido.
— Aonde você está me levando? — pergunto, tremendo.
Logo estou perto de uma parede, então reparo na maçaneta e na chave pendurada. Hassan abre a porta camuflada, ela é da mesma cor do papel de parede dourado.
— Porra! Eles estão fugindo! — um deles grita para o outro.
Hassan me empurra para dentro quando abre uma porta grossa e com agilidade tenta fechá-la.
Apavorada, vejo um relance dos bandidos muito perto. Ouço tiros, almejando a porta quando ela está quase se fechando. Ele solta um palavrão em árabe e a fecha por completo.
Fica tudo escuro, tento enxergar alguma coisa, mas está tudo um breu. O lugar não tem janelas. Tremendo muito, ouço barulhos e ele virar a chave.
Minutos depois que parecem uma eternidade, o local fica iluminado. Meus olhos procuram Hassan automaticamente. Os bandidos atiram na porta.
Deus! Ofego.
— Fica longe da porta — Hassan me diz, ele parece pálido. Então ele vai ao lado de um grande arquivo. — Vem. Me ajuda a arrastá-lo. Vamos bloquear a porta.
Eu corro para o lado dele e o ajudo a empurrar o armário. Hassan está estranho, parece sem forças, então eu vejo a camisa dele com uma grande mancha de sangue no ombro.
— Oh, meu Deus! Hassan. Você está sangrando.
— Vem, Hassan. Você consegue se levantar?
Hassan assente e, fazendo força com o outro braço, se levanta. Fica tonto, eu coloco meu braço em volta dele e o levo até o único sofá que tem nesse lugar, é de três lugares. Ele se senta.
De onde estamos, dá para ouvir o megafone da polícia. Eles estão pedindo para os bandidos se renderem.
A mancha de sangue está maior agora na camisa de Hassan, eu o encaro, aflita. Ele está muito pálido. Hassan então tira um lenço do bolso e pressiona o ferimento, que ainda sangra muito.
Ele me olha sério e me pergunta com voz fraca:
— A bala não vasou, não, né?
— Não, ela está aí.
— Você vai precisar tirá-la.
Eu assinto.
— O que eu faço?
Hassan passa os olhos pelo local.
— Procure álcool, ou alguma coisa para desinfetar, e algo pontudo para tirar a bala, acho que tem um abridor de cartas na gaveta de uma das escrivaninhas.
Eu assinto para ele. E olho o local. Ele tem vários móveis velhos e novos. Vou até uma das escrivaninhas e abro as gavetas. Não encontro nada.
— Vê se tem naquele armário. Ali guardamos alguns artigos de escritório.
Faço como ele me disse e encontro o abridor de cartas, mas nada para desinfetar. Preocupada, relanceio o olhar para Hassan. Ele está com os olhos fechados, está fraco. Meu coração se aperta em preocupação.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Egípcio
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Muito bom livro,leria de novo com certeza!...
Muito bom, amei....