O Egípcio romance Capítulo 39

Depois que eu almoço, vou até a sala. Meu pai e Hassan estão conversando sobre assuntos da imobiliária da família, falam sobre aluguel e compra de imóveis. Meu pai parece menos austero com ele agora.

Então ele me olha.

Hum… é só impressão, seu olhar agora diz: “Depois que ele for embora, teremos uma conversa séria”.

— Hassan, vamos até os fundos? Tem uma grande área com piscina e tudo. Quer conhecer?

Hassan sorri para mim como um menino.

— É claro, com sua licença — ele diz ao meu pai. Ele então se levanta, e com certa dificuldade, por causa do braço imobilizado e nosso sofá, que você não senta, você literalmente afunda.

Hassan me segue, no caminho me provocando com seus lábios no meu pescoço, e eu contenho uma risada alta.

Estou feliz, essa é a verdade.

Deus! Estou apaixonada…

Quando chegamos aos fundos, Hassan nem olha para o lugar e me traz para junto de si. É tão bom ser tocada com carinho, suavidade. Sentir o calor de seu corpo cobrindo o meu.

Ele segura meu rosto com uma mão e se aproxima. Eu fecho os olhos para sentir sua boca úmida e quente na minha. Com doçura, suga os meus lábios. Então a escorrega pela minha garganta e volta a subir até a orelha.

Sua boca toma a minha novamente e desce para o meu pescoço, procurando minha nuca. Sua língua é lenta, sensual, erótica. Eu estremeço, e ele sente isso e sorri, me beijando no mesmo lugar em que eu estremeci.

Então me beija com suavidade.

Lambe com doçura.

Suga meus lábios como se fosse a coisa mais gostosa do mundo.

Ficamos tanto tempo apenas nos beijando, que não sei se passaram minutos, horas ou dias. Quando nos afastamos, eu pergunto com o coração descompassado, e já nem sei se é por causa do desejo intenso ou do que irei perguntar a ele:

— Hassan, quando disse lá na sala que iríamos nos casar daqui a um mês, você não falou sério, não é verdade? Foi uma forma de espantar Vitor.

Seu rosto vai perdendo a serenidade e ele fica sério. Isso dispara meu coração.

— Eu falei sério.

Meu coração se agita tanto, que parece que vai sair do peito. Ele passa os olhos pelo meu rosto surpreso, observando minha confusão.

— Hassan, para quem nunca teve um relacionamento sério, você não acha que está indo rápido demais?

— Acha mesmo que dou palavras vazias? — ele me inquire com suavidade. — Eu disse aquilo porque é verdade.

Eu respiro com dificuldade.

— Aqui na Europa, levamos mais tempo para tomarmos uma decisão tão importante.

— Não sabia que era ligada às tradições — ele diz, seco.

Respiro fundo, tentando acalmar o turbilhão dentro de mim.

— Mas eu não sou. Eu apenas acho que um mês é muito rápido.

Ver seu semblante mudar de compenetrado e sério para sedutor me surpreende.

— Eu posso te fazer mudar de ideia durante esse um mês.

Deus! Eu não duvido… Esse homem é…

Engulo em seco ao ver aqueles olhos negros descendo até a minha boca e tento conter o suspiro que teima escapar da minha garganta. Então Hassan me puxa para os seus braços e sua boca soma-se à minha. Sua língua explora o interior dela de forma lenta, envolvente e excitante.

Como se soubesse exatamente onde me tocar, ele escorrega seu braço nas minhas costas, e sua boca corre meu pescoço, meus seios ficam duros quando ele encontra o vão deles. Sua mão vai para o meu quadril em um aperto forte, enquanto sua boca corre pelo meu pescoço e mordisca minha nuca.

Deus! Isso porque ele tem um braço imobilizado, imagine se ele estivesse cem por cento. Eu latejo, pronta para recebê-lo. Eu já estou louca por ele…

— Minha doce Karina… — sua voz é como um afrodisíaco, e o cheiro de sexo exalando de nossos poros está me deixando ainda mais tonta.