Somos tão inflamáveis juntos, e eu adoro essa combustão. Esse homem tem uma língua mágica, penso enquanto ele me beija.
— Você está louca para ter um orgasmo explosivo, mas eu sou um homem de palavra, e eu dei ao seu pai que te respeitaria.
Ele então me afasta.
O quê?
Onde?
Quando?
Ele pega a minha mão esquerda e encara nossas mãos encaixadas, o contraste da sua tez bronzeada com a minha branca, e dá um sorriso lindo.
— Elas se encaixam, perfeitamente — ele então me encara. — Parece loucura dizer isso, mas é a mais pura verdade. Eu não pensaria em me casar com você se eu não soubesse que você é o melhor para mim, e quero fazer você acreditar nisso, habibi. Karina, eu sou o melhor para você.
Eu fico a olhar para ele sem falas. Ele então se aproxima e me beija na testa.
— Habibi, estou com dor. Na pressa de sair, deixei meus remédios. Eu vou para casa. Amanhã, umas nove horas, passo aqui para te pegar e conversarmos com Raissa.
— Está certo — falo, ainda dentro daquela redoma que ele nos colocou.
— Ah, e a propósito, eu não gosto de você com calça comprida. É uma vestimenta muito masculina.
Então ele se afasta, deixando-me ali com as mãos trêmulas, o coração descompassado e com a sensação de que ele é o melhor para mim, que ele me disse uma grande verdade.
Depois de um tempo, caminho pensativa até a sala com aquela insatisfação que ele criou pela plenitude de sentimentos, sensações…
Mamãe, que está olhando a janela, se vira para mim:
— O Mohamed foi embora?
— Hassan, mamãe.
— Ah, não importa. Karina, esse homem realmente é o certo para você?
— Não sei. Por isso existe o namoro. Estamos nos conhecendo ainda, e nos ajustando.
Meu pai surge.
— Cadê o homem bomba?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Egípcio
Muito bom, amei....