O estrangeiro romance Capítulo 48

Ter Dylan dentro de mim não me causou estranheza, na verdade, a nossa conexão até chegou a me assustar. Ele parecia tão inexperiente quando eu, suas mãos tremiam a cada toque em meu corpo, aquilo me fazia pensar no quão fofo e respeitoso ele era. Eu consegui não pensar em Hunter durante todo o encontro, isso já era suficiente para me deixar ainda mais louca por Dylan. Após o ato, ficamos em silencio por alguns instantes e eu sai de cima dele.

─ Está com medo? ─ Perguntei.

─ Por que eu estaria? Foi a melhor da minha vida. ─ Ela mira seus olhos nos meus ─ você está?

─ Sim, porque estou com medo de me machucar de novo.

Ele passa sua mão na minha bochecha.

─ Não sou o Hunter.

─ Eu sei, isso é bom.

Eu voltei para casa me sentindo nas nuvens. Ter dito aquelas coisas para ele tirou um peso dos meus ombros, fora que o sexo conseguiu distrair a minha cabeça mais do que deveria. Eu cheguei com um sorriso bobo nos lábios, Emma percebeu assim que veio saltitando até mim.

— E você insistiu em dizer que não era um encontro. — Ela revira os olhos e caminha até mim.

— Eu sei, meus planos eram esses. — Me jogo no sofá. ─ Ah Emma, foi maravilhoso.

Ela me olha com os olhos entreabertos e se senta ao meu lado.

─ Acho que não rolou só um beijo.

Mordo o lábio inferior.

─ Sua danadinha!

─ Não m pergunte muito sobre, mas foi muito bom.

─ Pelo visto não é só o Hunter que te deu um bom chá.

Jogo uma almofada nela.

─ Não me lembre.

— Bem pelo menos agora você está feliz. Adam e eu brigamos.

— Nossa, por quê?

— Somos muito diferentes Charlie, ele não sabe respeitar minha vida antes de conhecê-lo. — Ela revira os olhos.

— Sinto muito. — Passo minha mão em sua costa.

— Não, nem estou triste. Ele quer ir para Harvard ano que vem, e eu nem pretendo fazer faculdade. — Ela finge dar de ombros.

— Como você é impetuosa, senhorita Emma. — Digo com os olhos entreabertos. Ela esfrega suas mãos em sua barriga e faz bico.

— Estou faminta!

— Que tal pedimos uma pizza?

— Sua mãe não irá ficar chateada? — Perguntou.

— Claro que não, ela nem irá saber! — Digo correndo para pegar meu telefone.

Ligamos para a pizzaria e pedimos uma pizza de queijo. Demorou quase uma hora para chegar, nós pagamos e nos sentamos no sofá.

— Que cheiro divino! — Digo abrindo a caixa com a oitava maravilha do mundo dentro. Peguei uma fatia e ela outra.

— Falando em faculdade, você sabe qual quer fazer? — Perguntou.

— Bem, eu não sei.

— Faltam poucos meses para ano letivo acabar, Charlie. — Ela diz.

— Talvez eu faça administração ou qualquer outra coisa. Ainda tenho tempo para pensar. — Dou de ombros.

— Por isso não quero fazer, eu não me imagino tendo uma vida de estudante. — Ela indaga. — Pretendo trabalhar com pessoas, eu não sei, mas sempre me imaginei cuidado de imagem pessoal.

— Emma, você pode fazer o que quiser. Temos muito tempo pela frente, só não fique parada.

Nós duas conversamos mais e deixamos dois pedaços de pizza sobrando.

Já estava tarde, fui para meu quarto me preparar para dormir, tomei banho e vestir meu pijama. Olhei para o céu e estava trovejando, dormir com barulho de chuva era ótimo. Antes de dormir, me certifiquei de trancar as portas e apagar as luzes, Emma provavelmente já estava dormindo. Adormeci vendo um filme qualquer na em meu celular.

— Charlie, Charlie...— ela me balançava em minha cama. Eu acordei assustada. — Acho que tem alguém do lado de fora, ouvi ruídos do meu quarto.

— Deve ter sido apenas um pesadelo, venha, deite comigo. — Digo. Mesmo desconfiada, ela deita ao meu lado. Após alguns minutos tentando dormir, eu ouvir ruídos do lado de fora. Abri meus olhos rapidamente.

— Agora você ouviu, certo? — ela disse com os olhos arregalados.

Levantei de minha cama e olhei pela janela de meu quarto, não tinha ninguém, estava ventando muito.

— Deve ser o vento, Emma.

Emma agarrou minha mão quando vemos a luz do meu abajur desligar. Eu fiquei com medo mas tentei não demonstrar, queda de energia era bem comum quando ventava desse jeito.

— Ótimo, a luz foi embora.

Emma levantou de minha cama e olhou para a janela.

— A casa do outro lado da rua ainda está com energia, Charlie. Estou ficando com medo, eu acho que tem alguém lá embaixo. — Ela diz ofegante.

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