O estrangeiro romance Capítulo 49

Resumo de Capítulo 47 parte 2: O estrangeiro

Resumo de Capítulo 47 parte 2 – O estrangeiro por Winnie_welley

Em Capítulo 47 parte 2, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance O estrangeiro, escrito por Winnie_welley, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de O estrangeiro.

Um disparo.

O som ecoou por toda casa, e começou a chover forte. Eu parei de chorar e encarei Emma, ela olhou para mim com os olhos arregalados. Tirei forças e empurrei a estante, abrir a porta e coloquei minhas mãos em frente a boca, Hunter estava caído no chão com a mão no peito, ele estava com o rosto todo machucado, seu olho estava vermelho, do canto de sua boca saía sangue e havia um ferimento em sua sobrancelha.Eu me sentei ao seu lado e segurei suas mãos.

— Hunter, fala comigo... — digo próxima ao seu rosto. Ele ainda estava acordado.

— E-ele, fugiu... — ele disse com dificuldade.

— Emma, pegue um pano para estancar o sangue!

Ela corre e volta com uma camisa branca em mãos. Eu pego o pano e pressiono sobre seu ferimento.

— É-é a camisa que você... pegou do meu quarto. — Ele disse com um sorriso de dor nos lábios.

— Sim, é sim. — Falo com lágrimas nos olhos. Escutamos sirenes do lado de fora, a polícia havia chegado após meia hora de espera. Seus olhos fecharam, ele ficou inconsciente. — Hunter... Hunter, fala comigo, por favor!

Ele não respondia, eu continuei segurando firme o pano e Emma correu para abrir a porta para a polícia, ela ainda não sentia a dor de seus cortes.

Eu aproximei meu rosto do seu.

— Eu te amo, Hunter, por favor não morra. — Digo em meio a lágrimas.

Os policiais entraram na casa com armas nas mãos. Quando eu os vi, gritei por ajuda. Eles subiram a escada e viram Hunter.

— Chamar uma ambulância, há um homem ferido. — Ele se ajoelha próximo ao corpo de Hunter.

— E o homem, Richard, o padrasto de Emma? — Pergunto trêmula.

— Há viaturas atrás dele, provavelmente está machucado, não chegará muito longe. — Ele responde.

Alguns minutos depois, paramédicos chegam com uma maca.

— Senhora, levante. — Uma mulher ordena. Eu faço o que ela pede e eles preparam Hunter para leva-lo. Eu os sigo para fora de casa. Já haviam muitos vizinhos do lado de fora, inclusive Rigs.

Eu caminho para perto de Emma que estava sentada na calçada. Ela não olhava para mim, seus olhos estavam vermelhos e inchados.

— Venham queridas, vamos cuidar de vocês. — Uma mulher nos chama. Emma levanta com dificuldades e a moça nos leva para dentro da ambulância. Eu me sento próxima a maca de Hunter e Emma ao meu lado. A ambulância dar partida para o hospital.

Emma não falou nada o percurso inteiro, ela nem chorava mais. Já estava amanhecendo quando chegamos no hospital, Hunter foi levado para uma sala diferente, eu e Emma para outra. Lá eles pediram para que nós removêssemos nossas roupas e vestisse uma camisola hospitalar, nossas vestes faziam parte da investigação.

Eu fiz diversos exames, mas tudo foi muito rápido pois eu só conseguia pensar no que aconteceu. Nem tinha percebido que quando tombei o meu armário, machuquei minhas mãos.

No final, eles colocaram eu e Emma juntas em um quarto. Nós deitamos na cama e ficamos apenas olhando para o nada.

— Não consigo dormir. — Ela disse estática.

— Eu também não.

— Se Hunter não tivesse chegado, nós estaríamos mortas agora. — Ela disse com os olhos marejados. — Me desculpe por te submeter a isto tudo, eu me sinto tão culpada...

— Não fale bobagem.

— Se eu não tivesse ido para sua casa, Hunter e você estariam bem agora. — Ela concluiu. Nos nós encaramos por segundos e eu a abracei, comecei a chorar exageradamente, e ela também. — Você é a coisa mais preciosa que eu tenho, Charlie. Eu não quero te perder nunca.

— Não vai, e você não teve culpa. Olha para mim. — Eu seguro seu rosto para ela me encarar, seus olhos estavam escuros. — Nunca mais diga isso, está me ouvido? Pare de se culpar pelas coisas que aquele verme fez. Nunca mais faça isso, Emma. Eu não estou brincando.

— Está bem. — Ela disse. Eu a puxei para meus braços e continuei chorando. Nós apaguemos de cansaço.

Acordei com meus pais conversando dentro do quarto, minha mãe estava com os olhos vermelhos e um lenço nas mãos.

— Mamãe? — Eu disse sonolenta. Eles ouviram e me abraçaram, eu comecei a chorar novamente. — Tive muito medo, papai...

— Eu sei, minha querida. — Ele disse em meio ao abraço.

— Eu pensei que nunca mais veria vocês de novo. — Conclui. Minha mãe abraçou Emma também.

— Me desculpem minhas queridas, não devíamos ter deixado vocês sozinhas. — Minha mãe diz chorando. — Desculpe por não atender sua ligação, só vimos de manhã.

— A polícia ligou para nós, contaram tudo. — Meu pai fala. — Falaram sobre a braveza de Hunter.

Meu coração acelerou, eu lembrei dele.

— Como está? — Pergunto.

— Ele está bem? — Emma questiona.

Meu pai respira fundo.

— Sim, ele está. Passou a noite inteira na sala de cirurgia, o médico falou que por centímetros a bala não atingiu seu coração. — Meu pai indaga. Eu fiquei mais calma, mas queria ver ele. — Agora está descansando. O mais triste é que não tem ninguém da família para visitar ele.

— Mas ele tem a nós, ele não está sozinho. — Digo limpando minhas lágrimas.

Uma policial entra no quarto com um bloco de notas nas mãos.

— Muito bem, já acordaram. Precisamos que vocês prestem depoimentos. — Ela disse.

— Isso é mesmo necessário? Nossas filhas passaram por um grande baque essa noite. E eu sei muito bem da demora de vocês. — Minha mãe fala.

— Realmente, isso foi um erro. — A mulher assume.

— Erro? Erro é você pisar no pé de alguém, agora, quando tem um psicopata atrás de duas adolescentes isso se trata de um grande erro. — Ela disse seriamente. — Eu vou procurar meus direitos.

— Mamãe, por favor...— peço.

A mulher parecia incomodada, ela anotou alguma coisa em seu bloco de notas.

— Sim, senhora. Vou esperar vocês amanhã na delegacia. — Ela disse e logo em seguida saiu.

Meus pensamentos estavam em Hunter, estava com medo que alguma coisa desse errado.

— Quero ver Hunter.

— Se sente bem para isso? — Meu pai perguntou.

— Sim.

Eu desci daquela cama gigante cambaleando, meu pai me ajudou.

Enquanto minha mãe ficou no quarto com Emma, nós procuramos por médicos para nos dizer aonde ele estava.

— Ele está fora de perigo, mas ainda não pode receber visitas. — O médico disse.

— Mas eu posso ver ele?

A porta de trás estava sem nenhum vidro, provavelmente ele havia quebrado o que estava lá.

— Não se preocupem com nada, já arrumei tudo depois que a polícia liberou a casa. — Minha mãe diz. — Não querem subir para descansar?

Emma começou a ficar ofegante e seus olhos marejados.

— Está tudo bem? — Perguntei.

— Eu... eu não consigo, Charlie. Estou com medo. — Ela diz aos prantos. Eu a abraço.

— Está bem, está bem. Que tal dormimos juntas durante algum tempo? — Ela olha para mim e balança a cabeça positivamente.

— Vamos mudar o sistema de segurança da casa, vai ficar tudo bem. — Minha mãe diz com um sorriso doce nos lábios.

— Eu consigo. Aquele monstro não vai me tirar isso. — Ela disse. — Bem, estou com fome.

Enquanto minha mãe vai para a cozinha preparar algo, eu subo para meu quarto. Observo o carpete, havia uma mancha enorme no mesmo, aposto que minha mãe tentou de tudo para tirar o sangue de Hunter de lá, mas permanecia lá. Respirei fundo e abrir a porta de meu quarto. Tudo estava em seu devido lugar, perfeitamente arrumado. Olhei em volta, todos aqueles ursos de pelúcia e a parede cor de rosa, estava na hora de mudar aquela aparência de criança.

Liguei o chuveiro e entrei. A água estava morna, ideal para tirar todo aquele sangue seco que tinha em meu corpo. Der repente eu já não lembrava de nada que aconteceu. Eu estava seguindo o fluxo da água e deixando ela me relaxar.

Voltei para meu quarto de roupão, peguei uma caixa de papelão e comecei a guardar tudo que eu não queria mais. Precisei de mais duas para colocar tudo. Subi as escadas e puxei a escada para o sótão, deixei tudo lá.

Minhas prateleiras estavam vazias, apenas quadros com fotos. Vestir uma roupa qualquer e me joguei em minha cama, era muita coisa para minha cabeça. Tirei meu celular do carregador e mandei mensagem para Adam, Dylan e outras pessoas que eu conhecia. Olhei minhas redes sociais e haviam muitas mensagens de apoio, todos estavam sabendo, saiu até mesmo no jornal.

Todos da vizinhança sabiam do ocorrido, na tarde do domingo mais de cinco famílias nos visitaram e trouxeram algum prato de comida, parecia final de ano. Eu estava me sentindo um ponto turístico.

Rigs quase chorou quando minha mãe contou os ocorridos, ela foi muito gentil e trouxe várias coisas para comer. Mas a maior surpresa foi quando Dylan apareceu, minha mãe não o deixou subir, eu não queria encará-lo agora.

Na segunda-feira tivemos que acordar cedo para prestar depoimento. Eu já me sentia melhor para falar sobre o ocorrido. Vestir uma roupa simples e amarrei meus cabelos para trás.

Meus pais nos levaram para a delegacia, assim que chegamos lá ficamos sentadas esperando, após longos minutos a mesma mulher que falou conosco no hospital nos chamou para uma sala. Eu fui primeiro. A sala era escura e fechada, apenas uma lâmpada iluminava nossos rostos. Ela sentou de frente para mim e apoiou seus braços na mesa encima de alguns papéis.

— Você precisa de algo, querida? — Perguntou ela olhando para mim.

— Não, obrigada. — Respondo.

— Ok, eu sou a investigadora Clark. Cuido de casos sobre violência infantil e adolescente. — Ela comenta. — Para colaborar conosco, preciso que me conte tudo o que aconteceu e apenas os fatos. Não omita nem diminua, certo?

— Sim, eu vou contar.

Ela me entregou um dunnets de chocolate, eu estava sem fome então nem o toquei. Clark colocou um gravador sobre a mesa e eu comecei a falar. Ela me fez muitas perguntas e eu respondi tudo. Contei a história com riqueza de detalhes.

— E o tal Hunter Lins, o alemão que levou um tiro do invasor, você o conhecia? — Perguntou ela.

— Sim, ele era hóspede dos meus pais há alguns meses atrás. — Indago.

— Certo. — Ela escreveu algo em um papel. — Obrigada pelo esclarecimento dos fatos, você já está liberada.

Ela caminhou ao meu lado para fora da sala, me sentei em uma cadeira do lado de fora e dessa vez Emma foi. Eu não tinha percebido o quanto demorei. Após horas, Emma saiu da sala com os olhos vermelhos. Clark chamou meus pais para conversarem a sós.Nós saímos da delegacia em silêncio, ninguém tinha forças para dizer qualquer coisa.

— Ela indicou terapia. — Minha mãe falou.

— É uma boa ideia. — Meu pai concluiu.

— Podemos passar no hospital? Gostaria de ver Hunter.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O estrangeiro