Resumo de Capítulo 52 – O estrangeiro por Winnie_welley
Em Capítulo 52, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance O estrangeiro, escrito por Winnie_welley, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de O estrangeiro.
No dia seguinte, Charlie foi para escola mesmo após ter passado a noite inteira acordada comigo. Eu detestava ver minha menina com os olhos cansados por minha causa.
Eu já me sentia bem o suficiente para caminhar pelo quarto, mesmo sem mover um lado dos braços. Sentei na cadeira em frente à minha antiga mesa de estudos e observei a janela a minha frente, o dia estava bonito.
Não sabia como me sentia em relação a noite anterior, eu nunca havia sido tão sincero com alguém, sentia meu peito até mais leve. Talvez fosse mais fácil agora contar tudo o que vi naquela noite, as lembranças ainda estavam vividas na minha cabeça.
Soltei um suspiro que não sabia estar guardando.
As coisas seriam diferentes agora, já fazia quase um ano que me mudei para cá. Eu já estava estabelecido o suficiente para não pensar em voltar para a Alemanha, por breves momentos eu realmente pensei em um futuro com Charlie na noite anterior. Sorrio. Parecia algo tão bobo.
─ Senhor Lins? ─ Donna aparece na porta segurando um prato em suas mãos ─ atrapalho?
─ Não ─ saio de meus devaneios ─, pode entrar.
Ela adentra o quarto e coloca o prato com algumas frutas encima da mesa.
─ Está sendo mais gentil do que eu preciso.
─ Acho que é o mínimo para demonstrar toda a minha gratidão. ─ ela sorrir.
Eu sabia que ela queria falar mais alguma coisa, conseguia ver as palavras quase se formando em sua boca.
─ Bem, eu ─ ela senta na borda da minha cama e olha ligeiramente para sua aliança ─, não tive tempo de agradecer por tudo que fez pela minha Charlie.
— Ora, não precisa...
─ Não, o que você fez foi de uma coragem. ─ ela olha para mim com os olhos marejados ─ sei que não demonstro às vezes, julgando pelas minhas ações, mas Charlie é o meu único tesouro nessa vida.
Ela também estava passando a ser o meu, pensei.
─ Ela foi um verdadeiro milagre após três abortos espontâneos. Por isso cuido tanto dela, acho que não saberia viver sem ela. ─ Donna enxuga suas lágrimas e sorrir novamente.
─ Ela é uma garota especial.
─ Sim, definitivamente. No começo eu cheguei a pensar que ela estivesse apaixonada por você. ─ Donna solta uma risada estranha. ─ Bobagem minha!
Ela olhou para mim, acho que buscando que eu concordasse.
─ Claro, por que ela sentiria isso, não é?
─ Fiquei preocupada pois desde criança ela sempre consegue o que quer. ─ Sinto minha garganta apertar.
─ Eu não sou tão fácil de manipular assim.
O silêncio se estabelece entre nós, eu quase não respiro.
─ Muito bem, tome seus remédios e descanse, nada de trabalhos agora!
Assenti e ela finalmente foi embora.
Passei as mãos no rosto e suspirei, aquela maldita estava desconfiando de algo.
[...]
Na manhã de quinta-feira, recebi um e-mail do advogado anunciando sua chegada em Manhattan. Eu estava mais nervoso do que quando dei o interrogatório pela primeira vez, agora pelo menos eu me sentia mais preparado. Antes de ir para a escola, Charlie passou em meu quarto e me deu beijos, aquela era sua forma de me desejar boa sorte.
Me arrumei, na verdade, vesti apenas uma camisa mais apresentável, por sorte o ferimento já quase não era mais visível, continuava apenas dolorido. Meu estômago revirava ao imaginar o quão perto ele estava, até que chegou um momento que ouvi um carro estacionar na frente de casa.
— Lins, chegou visita para você. — Donna avisa.
Eu estava nervoso, mas ouvir aquilo me deixou mais tranquilo, seria um grande elogio para mim ser comparado ao meu pai, por mais que eu nem chegasse aos seus pés.
— Vamos começar, me diga tudo o que fez naquele dia.
Relembrar aquele dia fatídico era doloroso, eu precisava visitar meu passado mais uma vez talvez fosse uma maneira de eu conseguir seguir em frente sem cometer os mesmos erros. Passo as mãos no rosto com força, tentando me recobrar de tudo.
— Naquela manhã, algo na faculdade me deixou irritado. — Passo as mãos em meus braços — a faculdade tinha sido escolha dos meus pais, não minha, na época eu ainda tinha meus traços de rebeldia.
— Eu lembro.
— Passei o dia fora de casa, bebendo ou usando drogas, eu não lembro. À noite, eu acabei tendo uma discussão com os meus pais — umedeço os lábios —, meu pai disse que eu estava fedendo igual à um mendigo, após isso ele me xingou mais e eu acabei dando um soco nele.
Ele não parecia surpreso, eu já havia dito isso antes, para mim parecia uma tortura.
— Ele disse que eu era o seu maior fracasso. — Olho para minhas mãos, eu parecia uma criança. — Então eu fui para a cara da Maya, quando voltei, tudo já estava em chamas. Não lembro dos detalhes, já fazem quase três anos.
— Entendo, mas preciso que você se lembre do máximo de coisas que conseguir. Lembra de algum inimigo do seu pai, alguém que não gostasse dele ao ponto de matá-lo?
Respiro fundo, sentia meus olhos secos.
— Eu não lembro, não tinha quem não gostasse dele.
Ele anota algumas coisas no papel.
— Não éramos amigos, eu não sabia de quase nada sobre a vida de negócios dele. Tudo o que ele tinha foi queimado naquele incêndio.
— Hunter, o seu pai não tinha só aquilo, ele possuía milhões em uma conta no exterior. — Ele se inclina para frente com um olhar fixo — o dinheiro dessa conta foi estornado misteriosamente, por isso a polícia começou a investigar de novo. Preciso que me fale, diga-me tudo o que sabe.
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