O estrangeiro romance Capítulo 55

Resumo de Capítulo 53: O estrangeiro

Resumo de Capítulo 53 – Capítulo essencial de O estrangeiro por Winnie_welley

O capítulo Capítulo 53 é um dos momentos mais intensos da obra O estrangeiro, escrita por Winnie_welley. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Eu não conseguia mais prestar atenção nas aulas, as coisas pareciam muito vagas na minha cabeça e a todo momento eu pensava em Hunter e no seu depoimento, ele deveria estar nervoso, queria poder estar com ele e segurar suas mãos. Passei minhas mãos pelo rosto. Esperar estava me deixando maluca.

— Charlie, você está prestando atenção na aula? — A professora pergunta.

Pisco algumas vezes e assenti.

— Sei que as coisas não foram fáceis para você, mas tente se concentrar na aula ou terei que chamar seus pais. — Ela volta a caminhar pela sala e desvia seu olhar do meu.

Seguro firme meu lápis contra a folha de papel ao ouvir as pessoas ao redor rirem, já estava virando hábito fazerem isso. Torci para aquela última aula acabar logo.

No fim da aula, segurei firme nas alças da minha mochila e passei pelo corredor de cabeça baixa, ainda era possível ouvir os outro cochichando. Vejo Emma e Adam vindo na minha direção de mãos dadas, eles finalmente tinham assumido algo após tudo que aconteceu. Nós caminhamos para fora da escola, vejo um carro familiar parado em frente, meu coração quase saiu pela boca quando Dylan saiu de dentro dele e olhou para mim.

— O que o Dylan está fazendo aqui? — Perguntei em um sussurro.

— Acho que ele veio te ver.

Caminho em passos lentos até ele. Sentir o seu perfume lembrava do que aconteceu da última vez que nos vimos, e se eu contasse sobre o Hunter deixaria ainda mais explícito que eu só o usei. Antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele me puxou para um abraço apertado, fiquei sem reação, com as mãos literalmente atadas.

— Senti sua falta. — Ele diz entre meus cabelos.

Retribui o abraço. Meu coração disparou por estar tão perto ao dele.

Der repente ele para o abraço.

— Posso te levar para casa?

Olho para Emma que balança a cabeça.

— Pode ir. Eu e Adam vamos ao shopping antes.

Eles foram embora me deixando com Dylan. Olhei para ele e sorri. Dylan abriu a porta para mim e nós fomos em direção a um ligar qualquer, o silêncio entre nós não estava confortável, eu me afundava cada vez mais no acento do carro, querendo sumir daquela situação e chegar logo em casa.

— Não pude ir no hospital, sua mãe nem deixou te visitar. — Disse ele quebrando o silêncio.

— Ah — exclamo —, a minha mãe consegue ser desconfortável quando quer.

— Deveria dizer para ela.

— O quê?

— Que somos namorados.

Meu peito ardeu. Me perguntei desde quando aquilo era verdade, nós só transamos uma vez, não era motivo para um namoro.

— Você está bem? Ficou pálida der repente. — Ele olha ligeiramente para mim.

— Está tudo bem, minha cabeça ainda anda confusa.

— Para onde quer ir? Podemos ir ao cinema ou à praia...

— Eu quero ir para casa, não estou bem para passear por aí.

Ele olhou para mim aparentemente decepcionado. Apertei meus olhos com força. Eu não queria magoar o Dylan, mas também não queria estragar as coisas entre mim e o Hunter, eu amava Hunter, agora faria de tudo para ficarmos juntos, mesmo com a gravidez da Ashley e os olhos azuis de Dylan me olhando com tristeza.

O carro parecia pequeno demais para nós dois e nossos sentimentos, eu podia ouvir a respiração falhada dele. Quando finalmente chegamos em frente à minha casa, ele desligou o carro e relaxou suas costas no banco. Dylan queria uma explicação.

— É por causa dele, não é? — Sua voz saiu em um quase sussurro.

Eu não respondi. Não tinha voz para dizer qualquer coisa.

— Me diz! — Ele grita. Eu me assustei e as lágrimas começaram a querer aparecer, mas Dylan continuou — por que chamou ele naquele dia? Por que não a mim?

— Eu não sei...

— Você sabe! Eu sei no fundo, você nunca vai esquecer ele, Charlie. Mesmo depois de tudo que aconteceu... — os olhos dele estavam vermelhos — você prefere machucar aos outros e a si própria.

— Você não o conhece! — Rebato.

Dylan solta um sorriso nasal e olha para mim.

— Eu sei o que caras como ele querem com meninas como você. Hunter está te usando, usando você!

— Cale a boca! — Explodo — Você não o conhece, não sabe nada sobre ele. Nós transamos e agora você já quer decidir tudo por mim?

O círculo parecia estar fechando. Olhei para Hunter nervosa, inda não estava preparada para dizer toda a verdade.

— Bem, está na minha hora. Nos vemos outro dia, Hunter. Melhoras. — O advogado informa pegando sua maleta.

— Vou levá-lo até a porta.

Assim que eles somem da sala eu me aproximo de Hunter, ele olhou para mim de forma ameno.

— Está doendo?

— O que estava fazendo com ele?

— Eu não tinha tido tempo para explicar tudo, agora eu acho que já acabou.

— Tem certeza disso? Ele parecia bem insaciável. — Ele passa a costa da mão no sangue que ainda escorria de seus lábios. — Aquele fedelho me acertou em cheio.

— Sinto muito, não fique chateado comigo.

Hunter umedece os lábios e me puxa para mais perto.

— Eu não vou. Só quero saber se está preparada para mais, esse foi apenas o começo.

Passo minhas mãos em seu rosto, eu queria beijá-lo, mas parecia arriscado demais.

— Já é tarde demais para voltar atrás. — Respondo.

Ouço as pisadas da minha mãe e solto Hunter. Ela aparece no cômodo com uma interrogação em seu rosto.

— Ainda não entendi o que aconteceu aqui. Vocês podem me explicar?

— Nada que precise se preocupar. — Hunter respondeu. — Aquele garoto e eu estamos resolvidos.

Permaneço calada.

— Acho que já está na hora de voltar para casa. — Indagou Hunter retoricamente.

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