O estrangeiro romance Capítulo 57

Hunter me fazia sentir completa, ele era o homem perfeito para mim em todos os quesitos. Tudo nele me fazia sentir borboletas no estômago, como se fosse a primeira vez. Os seus beijos era o que eu mais desejava todos os dias, meu peito ardia só de me imaginar em seus braços.

Após uma desculpa de que iria para a casa de Adam, minha mãe finalmente deixou que eu passasse a tarde fora de casa.

— Por que demorou tanto? — Perguntou ele me puxando para dentro de seu apartamento.

— Minha mãe fez um interrogatório antes de eu vir. — Reviro os olhos.

Hunter passa suas mãos ao redor da minha cintura e me beija com ternura.

Uma onda de calor atravessa minhas costas. Aprofundo mais o beijo e cravo meus dedos em seu pescoço, mas ele me interrompe.

— Acalme-se, inda temos a tarde inteira. Não acha que te chamei para somente com esse intuito, não é?

Joguei minha cabeça para trás e sorri.

Hunter une nossas testas e me fita com aqueles olhos castanhos.

— Não vamos perder nenhum pedacinho desse precioso tempo que temos a sós. Não disse que quer conhecer mais a mim? Fará isso hoje.

Meu cenho franziu, mas foi relaxado assim que vi a TV do quarto ligada numa sessão de filmes, a lista era variada, tinha muitas opções.

Deixei minha mochila para um canto qualquer e me sentei na borda da cama.

— Gosto muito de filmes cult.

— Filmes cult? — Apoio minhas mãos para trás — não saberia nem se você desse as maiores dicas.

Ele pega o controle e passa por uma diversidade deles, dentre estavam O iluminado, A hora do pesadelo e Laranja mecânica, todos os filmes que minha mãe me impedia de assistir.

Antes do filme começar, Hunter trouxe uma tigela cheia de pipoca, chocolates e refrigerantes. Eu não conseguia parar de sorrir, parecia mágico.

Deitei minha cabeça em seu ombro enquanto ele segurava a tigela com pipoca e o filme começou. Eu não me senti tão interessada nos 15 primeiros minutos, mas depois fiquei fissurada.

Ver os olhinhos dele brilhando com aquele banho de sangue na tela, me fez pensar que eu sempre me imaginei aqui e nem sabia.

[...]

— Eu não consigo entender, ele morreu congelado? — Pergunto indignada enquanto os créditos do filme subiam na tela.

— É o filme, Charlie.

— Sim, mas é ridículo! Não entendo como as pessoas podem achar que isso é incrível.

— Demonstra que ele foi totalmente engolido pelo hotel, não prestou atenção? — Ele olha para mim como se fosse óbvio. — Esse era o motivo pelo Jack estar tão fora de si.

Após mais diálogos sobre o filme O iluminado eu finalmente consegui entender, apesar dos gritos de Jane ainda darem voltas na minha cabeça.

— Certo — sento em seu colo, de frente para ele —, o que faremos agora?

Hunter sorriu.

Não esperava que ele fosse cozinhar para mim, estava mais ansiosa para estar em seus braços novamente. Hunter insistiu em fazer macarrão à bolonhesa para nós dois, enquanto eu o esperava sentada em sua bancada. Ele era tão abílio com as mãos, mexia as panelas com um guardanapo em seu ombro e os olhos fixos na carne moída, para não queimar.

— Como se fala fome em alemão? — Pergunto.

Ele olha ligeiramente para mim e procura algo na gaveta de baixo.

— Lebensmittel.

Minha cabeça dá um nó, eu quase não conseguia pronunciar as palavras.

Olho para ele que ainda procurava algo nas gavetas, seu bumbum parecia tão perfeito dentro daquele jeans.

— Como falo belas nádegas?

Hunter solta um sorriso nasal e olha para mim.

— Schönes Gesäß. — Ele se aproxima se colocando ao meu lado.

— E quero transar com você agora? — Puxo ele para mais perto pela gola de sua camisa branca.

Ele leva as até as minhas coxas e olha em meus olhos.

— Não pode usar meu idioma apenas para isso, querida. — Ele diz. — Para matar sua curiosidade, se diz Ich will Sex.

Saiu de meus braços antes que eu pudesse beijá-lo.

Durante o jantar, ele ficou esperando que eu desse a primeira bocada, parecia tão ansioso. Coloquei o garfo na boca, seu tempero era diferente do que eu estava acostumada, o molho de tomate parecia mais forte que o habitual que minha usava, mas estava bom.

Assenti e levei a mão até em frente aos lábios.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O estrangeiro