Resumo de Capítulo 11 – Uma virada em O estrangeiro de Winnie_welley
Capítulo 11 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O estrangeiro, escrito por Winnie_welley. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Mesmo com toda essa distração de viajem, trabalho, faculdade e Charlie tem dias que eu acordo mal. As lembranças dos meus pais sempre veem como um soco na cara, lembro que não tenho mais eles aqui, que eles foram tirados de mim por um maldito pano de prato.
Fico frustrado em lembrar que um dia aprontei todas as coisas que pode imaginar, eu era a definição de adolescente rebelde. Agia assim até meu pai descobrir que estava com problemas no coração, tive que ser forte junto de minha mãe, nesse tempo descobrir o quanto a vida era frágil. Após um ataque cardíaco e ter passado próximo a morte, eu comecei a faculdade e a namorar com Maya por anos, mas nunca pensei em me casar. Minha mãe perguntando sobre quando ela teria netinhos, eu sempre respondia que não estava pronto e ela sorria, aquele sorriso doce, fica em minha mente e eu me culpo por não ter feito eles mais feliz, uma vez que, os mesmos sempre me apoiaram em tudo que fazia. Mesmo eu sendo uma péssima pessoa.
Na manhã de sexta-feira, eu estava deprimido, não queria comer, não queria sair só existir. Já tinha noção de que estando sozinho aqui, não teria quem me tirasse daquele estado. Talvez fosse bom, ficar só, aprender a me virar sozinho.
Levantei atrasado para a primeira aula e tomei um banho gelado para despertar, me vesti e olhei no espelho meu reflexo, estava barbudo e com cara inchada, tirei ela e passei mais gel no cabelo.
— Está bem, Hunter? — Rigs me acorda dos meus devaneios.
— Sim, só estou com dor de cabeça. — Digo.
— Vou pegar um remédio para você. — Ela sai com um sorriso nos lábios.
A amiga de Charlie levanta de sua cadeira dá um beijo na testa da mesma e vai embora logo em seguida. Ela parecia inquieta, podia perceber isso pela maneira que ela batia os dedos repetidamente na alça da caneca.
— Está aqui, Hunter. — Rigs me entrega uma cápsula de remédio para dor.
— Obrigado.
Tomo o remédio e saio para pegar meu metrô, cheguei na faculdade entrei apenas na segunda aula, tentei me distrair com os assuntos mas estava achando aquilo tudo um saco.
[...]
Cheguei no trabalho, e tudo começou outra vez. Arregacei as mangas e carreguei muitas caixas, tudo para o andar de cima, hoje estava lotado de coisas para fazer. A tarde passou rápido, mas infelizmente eu tive que terminar de levar as caixas para o andar de cima até as 21h.
Cheguei e joguei no sofá e suspirei, estava tudo escuro, provavelmente todos estavam dormindo. Parecia que meu corpo estava flutuando, ficar parado assim era uma sensação tão boa, ouvi meu celular vibrar e era uma mensagem de Maya pedindo para eu ligar assim que possível. Passei as mãos no rosto, o que eu menos queria agora era uma dr.
Retornei a ligação, depois de três bipes ela atendeu.
— Hunter... me desculpe por todos esses dias sem mandar mensagem. — A voz dela estava diferente.
— Me desculpa por não lhe dar a atenção devida. Eu estou lhe tratando muito mal esses dias, sinto muito.
— Eu entendo, está tudo bem — ela suspira. —, eu tenho que conversar sobre outra coisa com você.
— Está bem, melhoras para você.
Não sei o que estava sentindo, minhas mãos estavam geladas e meu coração estava para sair pela boca. Eu estava com raiva, raiva de mim por me sentir assim, mas ao mesmo tempo tentava pensar: "acalme-se Hunter, não dar para ter controle de tudo" ou "relacionamentos são como ciclos, eles começam e uma hora tem que acabar".
Eu já pensava em um termino, mas não sabia que seria difícil assim e principalmente em um momento tão delicado. Eu percebi que só me recordava dela nos momentos que precisei, ela tinha razão em romper comigo, eu não era uma boa pessoa. Ouvi um estrondo vindo da escada, Charlie, ela estava caída em frente a escada, quando me viu ficou assustada.
— É feio espiar conversa alheia.
— Você me acordou.
Estendi minha mão para ajudá-la, mas ela ignorou e levantou sozinha. Olhou em meus olhos, de curiosidade e orgulho, seu olhar foi para curiosidade.
— Por que está com os olhos vermelhos? — Perguntou enquanto colocava a mão em meu braço de maneira tênue.
— Não é nada, só estou cansado. — Desvio o olhar. — Tenho que descansar, boa noite.
Charlie passou os seus braços ao redor de minha cintura e grudou nossos corpos para um abraço. Sentir sua cabeça em meu peito e sem nenhuma malicia retribui o abraço sem pensar muito. Eu precisava daquele abraço e só percebi quando ela me deu.
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