Me sentia ainda mais boba implorando pelo toque de suas mãos aveludadas. Hunter tentava ser racional enquanto eu ativava seu mofo mais primitivo.
─ Por que está fazendo isso? ─ pergunto.
─ Isso não importa mais, Charlie.
─ Sim, importa. Eu não entendo por que ficou tão chocado. Você sempre deixou bem claro que nós não tínhamos nada além de sexo.
─ Pare de bater na mesma tecla, por favor. O que tinha entre nos era algo que nunca deveria ter acontecido! Você sabe muito bem disso. ─ ele segurou meus braços com delicadeza ─ não me faça sentir mais culpado, esqueça tudo, por favor.
Ele sobe as escadas logo em seguida, pisava tão firme no assoalho que eu ouvi quando entrou em seu quarto. Me sentei no chão e senti meus olhos se encherem de lágrimas, encostei minha cabeça na porta e encarei o chão. Não pensei que a minha primeira desilusão amorosa fosse doer tanto, parecia que ele tinha levado um pedaço do meu coração. Limpei as lágrimas quentes que despencavam de meus olhos e respirei fundo. Como ele mesmo disse, talvez isso tudo tenha sido apenas um erro grande nosso. Nos envolver e saber que não daria certo por muito tempo, me sentia uma boba em estar tão apaixonada por ele.
Acordei no dia seguinte me sentindo melhor, esses últimos dias tinham sido os piores. Minha amigas e Dylan ajudavam muito nisso, e ontem tinha sido tão bom que não seria uma rejeição que arruinaria tudo.
Levantei e me arrumei para mais um dia, passei uma leve camada de maquiagem e soltei meus cabelos. Desci para tomar café e meus pais conversavam sobre algo, mas assim que cheguei eles se calaram.
─ Bom dia, sobre o que estavam conversando? ─ pergunto me sentando.
─ Nada importante, querida. ─ meu pai responde.
Me servi e meus pais continuaram com o clima pesado. Eu tentei distrair os dois, porém nada adiantou. Caminhei até a escola lentamente, chutando pedrinhas no percurso. Esse era o momento de eu me importar com outras coisas além de Hunter, eu iria tirar ele de mim e esquecer essa história toda.
Cheguei na escola e fiquei esperando o horário de entrar, Emma apareceu e caminhou para perto de mim.
─ Olá. ─ disse sorrindo.
─ Oi. ─ surge um sorriso fraco em meus lábios.
─ O que aconteceu? ─ ela pergunta sentando-se ao meu lado.
─ Nada, como você esta?
Ela faz uma cara de pensativa e logo se entusiasma.
─ O aniversário do Adam é esse fim de semana.
─ Emma, podemos falar sobre o que aconteceu na semana que dormimos na sua casa?
─ Do que você está falando?
Ela fez uma cara de sínica tão convincente.
─ Você sabe sobre o que eu estou falando. ─ olho para ela com os olhos apertados.
─ Só foi uns beijos. Não foi nada demais, amiga. Eu estava bêbada e carente e ele também, relaxe.
─ Foi estranho pois eu nunca pensei que vocês tivessem toda essa tensão sexual.
Ela rir e balança a cabeça.
─ O álcool nos deixa assim.
Eu a empurro pelo ombro.
─ Foi bom?
Ela sorrir e abaixa a cabeça.
─ Foi só uma vez, não vai mais acontecer.
Adam aparece depois de alguns minutos de conversa e o sinal para entrar toca. A professor de física entra na sala e damos início a mais um dia cheio.
Após o final da aula, fomos caminhando para casa. Passamos em frente a um estúdio de tatuagem, Emma parou der repente.
─ Vamos entrar? ─ Emma diz entusiasmada.
─ Você quer fazer uma tatuagem agora? ─ eu pergunto.
─ Claro que não! Estava pensando em fazermos um piercing.
Eu apenas rir da ideia. Se eu chegasse com alguma parte do corpo furada, minha mãe me mataria.
─ Eu tenho medo de agulhas. ─ Adam declarou.
Emma passa seu braço ao redor do pescoço dele, eu percebo a respiração dele ressoar.
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