— Como?… – Gaguejou – ela é a sua mãe. Como faço isso sem ofender?
— Prefere não a ofender do que manter o seu emprego? – Fred fez uma careta ao ouvir isso – diga que foi ordem minha.
Fred fez uma expressão desesperada e começou a considerar que trabalhar para Benjamim não seria tão incrível assim. Pensava sobre tudo isso quando percebeu que já havia passado por aquele lugar outras vezes. Observou Benjamim parar, com uma expressão confusa no rosto. Ele também havia percebido que estava perdido.
— Estou dando voltas no mesmo lugar e não encontro a Antonela em lugar algum.
— Puta merda – a expressão no rosto de Fred ao dizer isso acendeu todos os alerta em Benjamim.
Ele girou o pescoço para onde Fred olhava e viu o que temia. Antonela tomava café com Dante. Ela sorria enquanto o governador fazia graça. Os punhos de Benjamim se fecharam instantaneamente e seu rosto tornou-se vermelho de raiva.
Benjamim disse a si que essa cena não significava merda nenhuma, mas não foi suficiente para convencer a sua consciência. Automaticamente, suas pernas o levaram para perto deles e, quando percebeu, estava no meio dos dois, interrompendo toda aquela m*****a diversão.
— O Adam quer ver você – ele mentiu, mas o que chamou atenção de Antonela foi o tom de voz que ele usou para dizer isso a ela.
Benjamim não estava nada feliz com o que via.
— Que bom vê-lo de pé, Benjamim – disse Dante, alegremente.
Do que esse traidor de merda está sorrindo? Ele se perguntou. E dessa vez não forçou nenhum sorriso, fingindo simpatia como fez da primeira vez. Dessa vez, Dante saberia que ele estava detestando aquela visita.
— Você não tem um estado para cuidar, governador? – A alegria de Dante desapareceu como se Benjamim o tivesse jogado para longe – eu não quero receber suas visitas, então já pode voltar de onde veio.
Benjamim riu. Isso era um bom sinal, pensou Dante, mas não era. Ele apenas estava colocando para fora, de uma forma inusitada, sua revolta com aquele momento.
— Eu não quero mais nenhum centavo do governo nas minhas empresas – se aproximou de forma tão rude que Fred precisou contê-lo – quando precisei da sua amizade, você virou as costas para mim.
— Está sendo inconsequente, Benjamim. Pense melhor.
— Eu não vou discutir negócios com você em um hospital, Dante – ele suspirou, com se já estivesse cansado – só tenho duas coisas para te dizer, a nossa parceria acabou e fique longe da Antonela.
Benjamim suspirou fundo, prendeu o ar e o soltou. Depois, virou as costas e partiu. Aquilo era ridículo, foi o que Dante pensou, mas ali ele entendeu o que Benjamim queria dizer e o porquê dele estar tão furioso.
Os dois gostavam da mesma mulher.

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