— Ele quer evitar que a Alessia o encontre – disse em um sussurro baixo – foi ela que o coagiu a duvidar da paternidade e o senhor Benjamim quer evitar que Alessia o envolva em seus jogos novamente.
Essa notícia foi um choque. A reação de Antonela foi um choque ainda maior. Quando Alessia desistiria de tentar atrapalhar sua vida? Ficou pensando nisso por longos segundos e não gostou de admitir que a paranoia de Alessia em persegui-la estava começando a afetá-la.
Ela engoliu toda a frustração e a dor que latejava em seu peito. Sorriu para ele e depois lhe disse.
— Se ele acordar, não deixe que ele saia. Vá até o quarto de Adam e me comunique.
Fred balançou a cabeça afirmando que entendera o que ela havia dito e que faria tudo o que pedira. Antonela se virou, com as bochechas ainda vermelhas e se preparou para partir, quando Fred lhe disse pela última vez.
— Ele gosta de você – disse, olhando de volta para Benjamim, que dormia – se não fosse assim, não teria pedido para que o governador se mantivesse longe.
As têmporas dela latejaram mais do que nunca. Era informação demais para Antonela assimilar. Era um golpe atrás do outro de modo que ela ia perdendo as forças lentamente e se não saísse dali iria ser a próxima a desmaiar.
Dessa vez, forçou um sorriso ainda mais largo para ele e se retirou apressadamente, sem dar a Fred qualquer chance de prosseguir com aquela conversa.
Fred a observou se afastar, ficando com a sensação de que não havia agido corretamente contando aquelas coisas a Antonela e desejou que Benjamim não demitisse por isso.
O dia se arrastou e ele precisou deixar seu posto por algumas poucas vezes. Quando voltava de uma delas, viu Benjamim despertar. Já era tarde, o sol estava alto no céu e ele parecia mais cansado e confuso dessa vez.
Ela abriu a porta rapidamente antes que Fred pudesse impedi-la e correu na direção de Benjamim. Ele estava deitado lendo um livro e ficou surpreso ao vê-la ao seu lado. Olhou para fora e viu Fred se lamentando profundamente por não a ter impedido e cumprindo assim as ordens de Benjamim.
— Como você ousa dizer ao governador do estado que nós não precisamos dos seus investimentos? – Carlota estava furiosa – o que deu em você, Benjamim, está maluco?
— E não precisamos – ele largou o livro de lado e olhou bem nos olhos dela – o Dante nos virou as costas quando mais precisávamos. Sobreviveremos sem ele.
— Não vamos – ela jogou uma pasta de documentos em cima dele – se você não o aceitar de volta, vamos declarar falência. Ou você aceita a ajuda do Dante, ou caminharemos para perder tudo.

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