— Não me faça lembrar que fui sua cúmplice em muitos crimes e nenhum deles foi proferido pelos meus lábios – Dominique franziu o nariz, extremamente chateada. Precisou de alguns segundos para se recompor e pensar melhor em suas palavras antes de continuar – vai confiar em mim dessa vez e me contar toda a verdade?
A expressão no rosto de Dominique era meio exasperada. Antonela ficou olhando para ela em silêncio, não porque não tinha certeza se deveria contar aquilo a ela, mas porque não sabia como contar.
— Ele quer que eu me case com ele para ficar perto do Adam – disse enfim – um acordo de casamento, onde ficarei ao lado dele até conseguir a guarda do Adam de volta.
— Um casamento falso, igual acontece naqueles filmes? – Dominique se exaltou como se considerasse a ideia maravilhosa – e o que você disse a ele?
— Eu não disse nada – Antonela se levantou nervosa e virou as costas para ela – eu não consigo nem me imaginar casando-se com ele e sendo abandonada no altar novamente.
Dominique levantou-se também e, dando a volta, parou em frente a ela, forçando Antonela a olhar em seus olhos.
— Duvido que ele te abandone no altar dessa vez. Ele se declarou para você e você deveria fazer o mesmo.
— O mesmo o quê? – o rosto de Antonela ganhou tons avermelhados – eu não faço ideia sobre o que você está falando.
— Você também ama o Benjamim – a verdade foi jogada bruscamente em seu rosto e Antonela pareceu não gostar – e deve se casar com ele, mesmo que o casamento seja de mentira, embora eu considere que essa teoria não se sustente por muito tempo.
Ela considerou que Dominique zombava dela com aquele comentário. Antonela franziu o cenho, fazendo uma careta. Logo Dominique foi obrigada a encerrar a conversa quando a voz de Carmélia ressoou, chamando-a. Ela correu para dentro, deixando Antonela sozinha mais uma vez, afundada em suas palavras.

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