Antonela ficou sentada à beira da cama com o abaju à meia-luz enquanto o dia se esvaziava lá fora. A notícia do seu casamento com o bilionário da cidade havia se espalhado e sua reputação se esvaziou como água sendo segurada pelas próprias mãos. Todos a viam com maus olhos.
Antonela odiava a sensação de se tornar a vilã da própria história. Odiava também ter que estar naquela casa debaixo do mesmo teto que a mulher que muito tentou arruinar sua vida com falsas acusações. Ela precisava ter cuidado com Carlota, sabia que ela não havia desistido de tomar Adam, como se ele fosse um objeto que a pertencia.
Ouviu batidas na porta, o que alargou sua preocupação e em seguida observou Adam e Dominique entrarem no quarto sorrindo como se tivessem se divertido bastante.
Ao menos eles não tinham motivos para lamentar. Adam correu para abraçá-la e envolveu Antonela nos seus relatos de como a casa do papai era bonita e grande.
— Por que não foi jantar conosco? – Dominique indagou, embora desconfiasse da resposta.
— Após saber que a Carlota vai morar conosco? – ela bufou – não tenho estômago para seguir em frente como se nada estivesse acontecendo.
— O Benjamim aceitou essa condição?
— Não há muito o que ele possa fazer – resolveu diminuir ainda mais o tom de voz ao perceber que Adam as escutava – pelo menos agora estou perto do meu filho para protegê-lo.
— Precisa tomar cuidado com essa mulher, Antonela – alertou Dominique – ela não está aqui por acaso.
Era claro que não e Antonela sabia disso.

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