" O amor não mora nas palavras... ele mora nas atitudes! "
• 16:00 PM •
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À tarde estava caindo quando Alessa apontou para o céu.
— Essas são as cores que eu mais amo... olha! — com um sorriso lindo segurou meu rosto para contemplar o céu — O azul, amarelo, olha esse coral e esse tom rosado, perfeito.
— Realmente é lindo filha — meu tio concordou e pude perceber que todos também estão admirando essa maravilha — já tem anos que não paro para olhar o céu.
— Tenho evitado... — com um olhar triste meu pai compartilhou — vejo que você possui mais coisas em comum com à sua mãe do que imaginei.
— Como assim? — essas palavras ganharam a atenção de Alessa que imediatamente sentou no meu colo — Conta mais!
— Alessandra tem uma paixão imensurável pelo céu, porém ama o azul sobre as luzes estreladas. Pelo que você falou o seu gosto é o cair da tarde, já sua mãe é apaixonada pelo laranja bem no fim do horizonte e as camadas de azul-escuro se desdobrando sobre o preto em uma imensidão repleto de estrelas. — notei lágrimas nos olhos do meu pai — Sinto muito a falta dela.
— Eu também. — beijei os cabelos de Alessa que me abraçou — Como foi essa criação do vinho para ela e minha sogra? Se puder me contar é claro.
— Evidente que contarei! Vamos do início? — Perguntou ele.
Todos concordamos animados, Antônia veio com um bolo ainda saindo fumaça e Emilia o chá e juntos paramos para escutar as histórias dos amores do meu pai.
— Com o Bianca foi de um jeito e com L'ssa totalmente distinto. — declarou sorridente — O vinho Bianca é robusto, de aroma forte tipo a mãe do Domenico, uma mulher intensa assim como meu filho, que quando coloca algo na cabeça fica cegamente fiel a isso e sua mãe não era diferente, na verdade, a fruta nunca cai longe do pé.
— Está dizendo na minha cara que sou cabeça dura? — Admitiu com um sorriso no rosto.
— Concordo com seu pai Nico, Blanca era intensa e assim como a própria você também é, lembro-me do desengace na Toscana, éramos jovens e seu pai estava noivo dela à sua mãe era rígida com as tradições e garantia aos quatro cantos da vinícola que a melhor coisa do vinho era ver as senhoras nesse processo. — Olhei-lhe com um sorriso bobo nos lábios por pensar da mesma forma.
— Verdade, papai falava que modernizaria com as prensas e nem éramos casados nessa época, porém faltava pouco para isso e ela peitou o velho Maceratta — ambos caíram na gargalhada e foi meu pai a dar mais detalhes — disse: meu sogro, entenda de uma vez por todas será uma fortuna gasta em vão, pois assim que parti dessa vida tacarei fogo em todas as prensas que comprar.
— Nico, você é a cópia da sua mãe, até no tamanho. — sei que meu tio zombou de mim — Papai sorriu da atitude dela e não tocou mais no assunto e a parti daí virou tradição em todas as vitivinícolas Maceratta espalhas pela Itália.
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