" A medida do amor é amar sem medida. "
• 13:00 PM – BARI •
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• ALESSA AMATTO •
Despertei com uma vozinha baixa e por um instante pensei que fosse sonho, até que avistei uma criança extremamente magra abraçada com meu Dom, o que dificultou a identificação devido ser bem pequena. (meu Deus em que situação essa menina vivia)
Em seu pequeno corpo um vestido muito largo e o sapato maior que os pés. Seus cabelos negros e ondulados passam da bunda de tão grandes, suponho que nunca os cortou e o que mais me deixou espantada foi a finura do seu bracinho. — Não é possível uma criança viver nessas condições tão desumanas.
Totalmente desacreditada, cocei meus olhos disposta a acordar de um grande pesadelo, só pode ser! Não quero, ou melhor, me recuso terminantemente acreditar que essa menina tão magra seja a minha amada irmãzinha.
" Meu pai é um maldito! Como fez isso com minha mãe grávida da minha irmã!"
— Dom... — chamei seu nome para ter sua atenção, e assim que às duas bolas grandes azuladas no rosto daquela menina encontraram meus olhos foi impossível não chorar — Essa é minha... — Nem precisei terminar porque a própria confirmou com um lindo sorriso.
" Minha irmãzinha tem o mesmo sorriso do meu Dom, e ambos quando sorriem estreitam os olhos... "
— Sou sim! Caraca! Você é linda! — com sua mãozinha pequena cobriu a boca — Irmã, eu posso ir aí? Digo, subir na cama... — olhei para Dom com os olhos vermelhos — se quiser me lavo antes, eu não ligo, até gosto de banho.
Não entendi essa situação do banho, e abri meus braços para recebê-la.
— Venha, vem depressa! — assim que me abraçou senti sua pele áspera, e de perto chega ser ainda mais magrinha — Meu Deus! Domenico...
Tentou desconversar como se não quisesse estragar o momento com minha indignação pelo estado deplorável da nossa irmã, e me calei porque ele tem razão, devemos agradecer por finalmente estarem a salvo conosco. Iniciou o assunto sobre vinhos, e ao chamá-la de princesa ficou toda boba.
— Princesa! Serei uma princesa? — animada perguntou e meu Dom concordou — Quero subir na cama, eu posso?
— Claro! — Imediatamente Dom auxiliou devido à nossa cama ser bem alta.
Estou muito confusa com toda essa situação, ao que parece ela nunca viu uma cama antes, e assim que repousou o rostinho sobre a mesma seus olhos transbordaram em lágrimas. Saí dos meus devaneios, e estava prestes a sondar quando senti Domenico alisando meu braço como quem implora para não falar nada.
" Como deve ter sido à vida dessa criança que fica feliz com o pouco... uma simples cama lhe deu um enorme sorriso no rostinho pálido que tem... "
— Alessa! — alguém me chamou com uma vozinha baixa, olhei na direção da porta, e vi uma mulher tão magra quanto minha irmã e o rosto bastante machucado com hematomas, e um corte nos lábios — Filha! — Segurei o ar em meus pulmões.
Minha mãe... de perto deu para perceber ser ela, pois em sua face maltratada possui os mesmos traços que recordo da minha infância, e não consegui parar de chorar.
Assim como minha irmã, nossa mãe se encontra ainda pior, seus dedos finos alisaram meu rosto... — Puxei para um abraço e tive medo de machucá-la, já que mais parece uma daquelas crianças que passa em comercias da África de tão magrinha.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ
O livro esta incompleto, para na metade....
Estou amando o livro! História muito engraçada, envolvente, cheia de mistérios e reviravoltas. Parabéns e estou ansiando pelos demais capítulos...