O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 124

" A sede de vingança pela pessoa que amamos, nos dá outra personalidade. "

• PROVÍNCIA DE BARI •

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Após o almoço maravilhoso que tive em família, me encontrei com meu pai, meu tio e o Gae no escritório.

— Não minto para vocês... bati no Vittorio! Penso que deveria ter batido muito mais. — Comuniquei-lhes o que fiz lá em Turim, pois sei que Andrea não comentou.

— ... É compreensível, no seu lugar teria matado o desgraçado. — Foi meu pai a declarar, e notei a impaciência do Gaetano.

— O que foi Gae? — Indaguei curioso

— O telefone do Ivan está tocando... — fiquei de pé e fui até ele — Ivo nunca liga!

Penso que devo deixar claro algumas verdades para esse filho da puta, e prontamente o atendi, não dando brecha para meu pai me impedir.

— Ivan! É para mandar a casa dele pelos ares! Exploda com todos dentro, esses filhos da puta mataram o Rurik! — furioso relatou — Com o pau na boca, caralho! Tira meu passarinho daí hoje, está me ouvindo? Mataram nosso irmão! — Mordi meu lábio, contendo minha fúria!

— Sinto muito, mas seu irmão Ivan foi o primeiro a ir para o inferno! Só falta você... — a ligação caiu me deixando com muitas palavras entaladas na garganta — DESGRAÇADO!

A minha raiva foi tanta que consegui quebrar o telefone nas minhas mãos...

— Conta logo o que foi que ele te disse. — Meu pai perguntou alterado.

— Pediu para que o defunto do Ivan explodisse minha casa com todos dentro, e o resto você já sabe. Julgando pela forma que desligou, deve ter tacado o telefone longe. — relatei enquanto alisava meu rosto para conter minha impaciência pensando na melhor forma de separar ele do Vittorio — Pai, temos que separá-los, digo, Vittorio e Ivo!

— Sim, deixa a Eleonora entrar em contato que procuro saber de tudo. — Aprovei pensando que a hora do Vittorio chegou.

— Vou pegar Antônia e partir para Cuneo, pois deixei alguns trabalhos por lá... se cuidem por favor! — Gaetano declarou e todos ficamos de acordo — Pai, vamos comigo!

— Filho, preciso ficar! Tenho que participar da colheita, sigo logo depois. — Gae acatou e saiu nos deixando a sós — Está na hora de matar o Vittorio.

— Concordo! — eu e meu pai falamos em sincronia — Ivo sozinho não poderá fazer muita coisa visto que não tem conhecimento de nada a nosso respeito, e pai, julgo que a raiva de Vittorio por ti, tenha um grande fundamento, porém meu palpite é que nada tem a ver com Alessandra.

— Está equivocado Nico, não o conheço como nada, e só vim ter noção de quem era o carcamano quando... espera! Pensando bem, estou recordando do dia que conheci Alessandra, ela confessou que Vittorio tinha planos para arrancar dinheiro de mim, por isso a enviou para me seduzir — olhou para o meu tio como quem pedisse ajuda nas lembranças — Lembra irmão?

— De fato, estou relembrando... esperem aqui um minuto. — vejo meu tio se levantar rapidamente, e ficamos à sua espera quando regressou estava com Emilia — Diga-nos o que sabe a respeito da fúria do Vittorio contra Enrico!

— Lamento, não tenho conhecimento de nada disso, só sei o mesmo que vocês, de sua paixão pela senhora Blanca e da raiva pelo senhor Enrico quando eles ficaram noivos. — Senti um aperto no peito com isso.

— ... Em uma das discussões que tive com Vittorio, ele chamou minha mãe de filha da puta, obviamente foi um dos motivos pelo qual dei uma bofetada em sua cara. — comecei a caminhar pelo escritório — Tadeu! Chame-o agora mesmo.

— Sim, meu filho, vou chamá-lo. — Saiu apressada para atender meu pedido, pois sei que o próprio pode nos dar mais uma peça desse quebra-cabeça.

— O que foi filho! — sem entender minha inquietação meu pai se juntou a mim — Nico, conta logo, porque ficou assim?

— Pai, o motivo do Vittorio te odiar é por causa de minha mãe, tenho certeza que todos os problemas que tivemos ao longo desses anos tem ligação com ele. — compartilhei meu palpite porque muito antes de liderar os negócios em Turim, sempre tivemos roubos de cargas e pequenos incêndios no vinhedo dos Alpes — Quero saber mais sobre essa paixão dele por minha mãe.

— Quer que eu chame a Alessandra? Talvez ela saiba algo mais sobre esse assunto, meu filho. — Discordei dele, pelo menos por enquanto, não precisamos envolvê-la devido ter acabado de retornar para casa, e talvez seja um grande gatilho falar do ex, mas deixei claro que na hora certa conversaríamos algumas coisas com ela.

— Chefe! — Tadeu entrou no escritório com um olhar apreensivo — Mandou me chamar?

— Quando foi que o Vittorio te ofereceu dinheiro para sabotar o meu pai? — me olhou com uma cara de que não entendeu o porquê da pergunta — Por favor, você lembra do ano ou data, e se Alessandra já estava com meu pai?

— Não! Ele ofereceu uma grande fortuna para mim e a Conceição. Lembra patrão, a arrumadeira que ajudava a Cassandra? — meu pai negou com a cabeça — Como não, aquela que abandonou o trabalho logo após a morte da patroa Blanca.

— Como assim abandonou? Não entendi. — meu peito até deu um aperto forte — Tadeu me fala com riquezas de detalhes, o que ele queria?

— Falei imediatamente com o Durval. Ele queria que matasse a dona Blanca, em resposta quebrei o braço dele. — bateu um desespero tremendo apenas por imaginar... não é possível! Ele não seria capaz — Chefe? ... Chefe!

— Não, não, ele não teria essa coragem. EU VOU MATAR ESSE FILHO DA PUTA! — Bradei cheio de ódio, e segui atrás da Sandra.

Corri para à cozinha tenho que encontrar essa Conceição!

— Meu filho, o que foi? — a encontrei com Emilia e Andrea na cozinha — Está com fome?

— Me diz! Como localizo a Conceição? Como Sandra, diga como acho a mulher que trabalhava na nossa casa? — Questionei.

— Nico! O que aconteceu? Filho, fala comigo. — meu pai me segurou, e sei que sabe a resposta — O que está pensando filho? Diga ao seu velho pai.

— Esse filho da puta pode ter... — cobriu minha boca.

— Não Nico, por favor, ele não teria como fazer isso, filho... — abracei meu pai tentando não pensar que esse desgraçado possa ser o responsável pela morte da minha mãe.

" Eu vou matar esse filho da puta! Minha mãe... "

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