O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 17

"Seja bom, mas não perca seu tempo mostrando isso."

• 12:00 PM – CASA DO SR. LAZZO •

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• ALESSA AMATTO•

Sentados em um grande sofá respirei calmante admirando todos os detalhes da bela mansão. Distraída, comecei idealizar uma vida aqui com um filho ou dois, sei lá. Nesta varanda, colocaria um cavalete e com meu macacão surrado cheio de tintas coloridas pintaria um lindo vinhedo com um pequeno farol ao fundo, visto que estamos ligados, as margens do rio Tanaro. — Sorri com a hipótese.

— Chefe esperarei no carro, posso? — Andrea com sua voz grave tirou-me das nuvens.

Dom concordou e notei estar olhando na direção do motorista que falou comigo há poucos minutos, toquei na mão dele para ganhar sua atenção e seu olhar caiu sobre mim de um jeito que me aquece a face.

— Esse lugar é lindo... — comentei de modo a distraí-lo porque me encarava como se estivesse hipnotizado — olha esse lustre! — Apontei o teto só para sair do seu foco.

Sabe aquele momento em que está tudo perfeito e do nada algo ruim acontece? Estou passando por isso neste exato momento. O nome Domenico me assombrando mais uma vez.

— Ei, o que houve? — Encarei pensando em não contar o que me atormenta.

— Nada! — Rapidamente respondi.

— Conte-me... agora! — Exigiu e a contragosto desabafei.

— Nós não podemos ficar juntos Dom, meu pai já gastou todo o dinheiro que ganhou comigo — confesso pensando que meus atos podem prejudicá-lo já que Domenico é muito poderoso. Papai me confidenciou isso há alguns anos —, mas quero aproveitar ao máximo esse tempo com você. — Digo a mais pura verdade.

Mesmo sendo esse homem de personalidade forte e muito longe de ser o príncipe encantado que sempre sonhei, estou interessada em viver esses dias com ele.

— Fica comigo, La mora! É só dizer que aceita permanecer ao meu lado do jeito que sou e moverei o mundo inteiro se possível for para fazer dar certo. — sua mão repousou em meu pescoço me puxando até ficarmos cara a cara, sua respiração fez cócegas em meus lábios — Tudo depende de você Mia bella! — Propõe seguido de um dos meus apelidos que soam tão sedutor quando ele pronuncia.

— Não posso! E se matarem meu pai? Não conseguirei viver com essa culpa. — digo pensando no fato — Mesmo sendo vendida por ele me deu os melhores professores de arte que tem na Itália e não tenho como pagar todo esse investimento entende Dom, lhe devo muito! — Contei a verdade.

Ficando de pé se afasta com os punhos serrados, rente ao corpo, embora o conhecendo pouco sei que ficou com raiva. Levantei-me e próxima dele penso se devo ou não tomar a iniciativa de abraçá-lo.

— Seja bem-vindo senhor Maceratta — A voz do homem de mais idade me assusta, porém, não foi isso que chamou minha atenção e sim, o sobrenome mencionado.

Já escutei o mesmo, só não lembro quando ou onde, mas sei que ouvi. — Senhora!

— Olá, lindo lugar! — Elogiei com uma cara de boba.

— Gostou? — Dom me questiona e balanço a cabeça que sim. — Que bom! — sorriu fazendo aquelas borboletas voltarem a voar em meu estômago — Desculpa o atraso, tive um pequeno contratempo.

— Tudo bem, o almoço será servido em breve. — sorrindo informou e só de ouvir a palavra me deu fome — Por favor, venham comigo.

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