O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 228

“Somos todos bons ou maus. Isso depende de quem está contando

a nossa história!”

─━━━━━━⊱❉⊰━━━━━━─

• ALESSA AMATTO •

Após respira fundo algumas vezes me deu um olhar carregado de lembranças triste.

— Estava de volta a Veneza já tinha alguns meses e ... — parou de falar ao ver Lexie se levantar.

— Vem Noah, vamos ali busca mais torta. — Emilia alisou meu braço e se colocou de pé dizendo que ia com eles — Alguém aqui quer mais?

Senti que elas queiram nos dar privacidade, aproveitei para pedir mais duas fatias de torta e Gaby pediu mais uma. Assim que eles se afastaram ela voltou a me encara.

— Conta. — pedi.

— Estava de volta Veneza fazia menos de três meses... Já tinha saído algumas vezes com o Bernardo não era nada certo, mas ele já tinha meu coração, Alessa, porém essa história começa um pouquinho antes. — ficou de frente para mim e segurou minha mão — há anos atrás eu tinha um namorado e o peguei com a minha irmã e minha cama, não era a primeira vez que ela fazia isso, só que  para mim foi a gota d'água.

— Sinto muito... — lhe ofertei minha sensibilidade com relação a essa situação tão triste.

— Obrigada... — agradeceu e esperei que continuasse —  Essa traição veio em um um momento da minha vida que tudo  toda está um verdadeiro caos. O escritório em que eu trabalhava era uma zona sem fim  e meu estresse era diário. Um dia sai mas cedo e os peguei em minha casa. Meu chão estava se abrindo e surtaria se não fosse Dominic, ele me ofereceu uma oportunidade de trabalhar no grupo de assim associados Bianchini e sem titubear aceitei e fui embora para Portugal, fiquei por lá uns dois anos e quando retornei conheci meu marido...

Ela encarou a torta como se as lembranças do passado desse murros em sua face, fechou os olhos com força e balançou a cabeça algumas vezes. Aguardei até que  continuasse os relatos. Alesei seu braço e ganhei um sorriso triste. Finalmente voltou a falar e me informou que a irmã tinha esse hábito de seduzir os namorados dela somente para dizer que tinha esse poder. —Mas senti que isso não era a pior parte.

— No dia em que conheci Bernardo, meu ex apareceu na mesma balada e tentou me forçar a sair da boate  com ele, mas meu marido me defendeu e acho que meu ex levou isso para o coração. As coisas entre eu e Bernardo foi se desenrolaram devagar, porque  eu não queria relacionamento com medo de que minha irmã tentasse mais uma vez e Ele  por sua vez por já tinha passado por  algum relacionamento fracassado, só que a conexão entre nós era muito maior que isso E quando vi já estava dormindo na cama dele, na  verdade morando em sua casa.

— Sei como é, comigo não foi diferente. — compartilhei lembrando da minha insistência em dormir com Domenico mesmo sem saber que ele era meu verdadeiro noivo — Desculpa, continua.

— Ele teve que fazer uma viagem e decidido ir na minha casa pegar algumas coisas, meu erro foi ir sozinha, visto que não fazia ideia do tamanho período que estava correndo.  Minha irmã, junto com o meu ex bolaram de me sequestrar para arrancar um dinheiro absurdo do Bernardo, pois ele é absurdamente rico.

— Meu Deus! — cobri minha boca de tão pasma que fiquei.

— isso não é a pior parte, já em cativeiro passei por situações terríveis. Foi abusada, espancada e para terminar de foder com o meu psicológico ele matou a minha irmã na minha frente... um tiro bem dado no meio da testa e mesmo insistindo para que levasse o corpo dela, fui forçada a ficar alguns dias com ela já sem vida, do meu lado, até que Bernardo voltou de viagem e junto com Ambrósio que atualmente é o nosso investigador particular do escritório conseguiram me encontrar... — após os relatos repirou fundo — Sei dolorosamente o que é ser sequestrada, estuprada e espancada Alessa.

— Sinto muito, não tenho como imaginar o que passou. — sincera declarei enquanto nós abraçamos — no meu caso foi diferente.

Fiz uma longa pausa enquanto terminava de comer a minha torta e fiquei feliz que ela não me apressou a relatar o que eu passei.

— Sempre fui enclausurada e desde quando minha mãe foi levada à força por um homem que a vendeu em um leilão. Minha existência nessa terra piorou muito depois disso, meu pai me odeia... — o gosto amargo das lembranças subiu a minha boca e puxei o ar com exagero — Um dia ele me deu dinheiro para comprar tintas e pediu que Eleonora fosse comigo em uma tinturaria das boas.

Sorrir por recorda da minha alegria naquele dia. 

— Acordei bem e tomamos café em armonia coisa que era difícil, pois sempre gostou de deixar bem claro como me odeim. Nesse dia meu pai estava radianta, foi me acorda com tranquilidade e pediu que tomasse café com ele. Eleonora tinha preparado um banquete e quando me sentir a mesa ela me disse que meu pai estava feliz.  — sorrir, mas as lágrimas rolaram de decepção — O mesmo estava muito carismático e até me deu aquele famoso tapinha nas costas como se sentisse orgulho de mim por passar em uma prova muito importante.

Puxei o ar com exagero e ao libera-lo, meus lábios tremeram com o choro alto que se rompeu segundo depois. A lembrança de como fui tolo de acreditar que mesmo depois de anos sendo espancado e humilhado,  simplesmente sumisse todas as lembranças dolorosas como em um passe de mágica — por Deus —, eu realmente acreditei que ele simplesmente abriu seu coração para mim e isso foi a coisa mais dolorosa que já viveu na vida, porque realmente acreditei que todo aquele inferno tinha acabado.

Sair da minha mente quando me apertou em  um abraço forte e sincero. as lágrimas dela molharam o meu ombro. — e retribuí o gesto  na mesma intensidade, pois julgo que também sofre com suas lembranças.

— Continua. — pediu em um sussurro.

— Após a refeição, me arrumei para ir às ruas antes que meu professor chegasse em casa, porque meu pai tinha um medo crescente de que eu perdesse para o mundo... Ele dizia que Domenico era um homem muito exigente e que tinha me proibido de ir a escolha e ter uma vida de qualquer ser humano normal, por temer  que tivesse contato com outras pessoas  e consequentemente isso me desviaria do propósito de ser a mulher perfeita para um Macertta.

Sequei minhas lágrimas. Deu um soco na minha perna por ter sido manipulada dessa forma.

— Vittorio é um homem sem escrúpulos. — murmurei — Fui vendida com apenas 10 anos  e isso não foi tudo — bebi um pouco de água para acalmar meus nervos — Bom, mesmo louca para conhecer o mundo era sempre muito apavorante sair de casa, mesmo apanhando e sendo humilhado por meu pai quando ele não estava bem, o mesmo envenena minha mente me contando histórias terríveis sobre o mundo e deixando uma mulher com uma mente infantil e totalmente leiga.

— Meu Deus! Amiga, que pai filho da puta é esse. — furiosa desabafou.

— Você não faz ideia do que ele fez. — sincera informei e para não mexer no vespeiro que é minhas lembranças decidi segui adiante — Então, mesmo com medo, queria muito comprar as tintas, porque as minhas estavam acabando. Sai com Eleonora e há poucos metros de casa tomei um susto quando um carro parou, abriu a porta bruscamente e quando dei por mim já estava dentro dele. — minhas lágrimas voltaram a ciar — Não tive tempo nem de sentir medo, porque não consegui entender a real situação que estava a minha volta, procurei por Eleonora, só que estava sozinho em um carro em movimento e não demorou para pano com um cheiro forte ser precionado contra meu rosto e não roubando meus sentidos.

— Meu Deus, seu pai é um monstro, Alessa, sinto muito amiga. — me apertou em seu abraço mais uma vez sorri pelo jeito.

— Foram dias terríveis. Quando acordei já estava em Paris, uma mulher chamada madame com sotaque francês bem rebuscado me batia dia após dia até que Domenico foi me salvar, não fazia ideia de que era ele o meu amor de infância, pq a última vez que tinha visto ele  foi em nosso noivado, eu tinha apenas 10 anos

— O que? — alterada questionou — Alessa ele é um pedofelo?

Me dando conta que não contei a história toda pedi que me deixasse explicar.

• Continua...

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ