O Melhor de Mim romance Capítulo 4

No presente:

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Ponto de vista da Tanya:

O homem está sereno enquanto eu grito a plenos pulmões. Ele olha para mim com aqueles olhos perversos e frios que me dão arrepios na espinha, me fazendo gritar mais alto. Embora seja apenas por alguns segundos, parece que estou gritando há uma eternidade, mas o homem não pisca. Ele apenas continua olhando para mim com aqueles olhos frios e gelados.

"Quem é você?" Pergunto, confusa e assustada por estar nua, na cama, com um homem que claramente não conheço. Inconscientemente, toco meu pescoço e, felizmente, pelo menos ele não me marcou.

"Acho que devo ser eu a perguntar: quem é você?" A voz dele também é fria.

Ele arrasta seus olhos azuis gelados em cima de mim e, quando seu olhar descansa no meu rosto, eu estremeço um pouco, pois o quarto parece ficar mais frio. Seu olhar está cheio de uma força fria e bruta que me envolve como uma névoa gelada invisível.

“Não, eu que deveria.” Lamento nervosamente. “Você está no meu quarto, nu e dormindo na minha cama." Torço as minhas mãos, tentando esconder a ansiedade que ameaça me dominar.

Tento me lembrar do que aconteceu e de como cheguei lá. O quarto está uma bagunça. A toalha do homem está pendurada no parapeito da janela e o vestido da Alina está amassado no pé da cama. A minha calcinha e o meu sutiã estão do lado oposto do quarto e a própria cama parece ter sobrevivido à terceira guerra mundial.

“Meu nome é Marco.” Ele sussurra para mim, como se achasse ridículo o que acabei de dizer. "Quem é você?"

Enquanto fala, ele estala os dedos longos e afiados com indiferença. Seus movimentos são lentos, hipnotizantes e muito perigosos.

“Meu nome é Tanya.” Eu respondo, ofegando de medo enquanto olho para as mãos aterrorizantes dele. "Este é o meu quarto. Eu estava no bar ontem à noite, fiquei bêbada e vim dormir no meu quarto.

“É mentira.” Marco de repente retruca, me assustando.

“Não é.” Respondo. “Vou te mostrar o meu cartão-chave para provar que este é o meu quarto.”

Ele pensa por alguns segundos antes de me deixar ir. Fico impressionada e assustada com a aura dominadora dele e corro pelo quarto tentando encontrar o cartão-chave que a Alina me deu no dia anterior. Ele me observa com atenção, provavelmente se perguntando qual jogo estou jogando. Respiro aliviada quando finalmente encontro o cartão-chave. Está amassado e jogado em um canto do cômodo.

Animada, eu o pego no chão, caminho triunfalmente até a cama e entrego o cartão-chave para ele. Seu olhar desvia do meu rosto e vai para o cartão-chave enquanto eu observo o rosto dele. Ele fica ainda mais bonito quando o sol da manhã lança um brilho quente em sua pele. Eu me pego olhando para o corpo dele, imaginando como um homem tão bonito e gostoso pode ter um olhar tão frio e inexpressivo.

"Isso é uma brincadeira?" Marco pergunta, olhando para o cartão-chave como se fosse a maior piada que ele já viu em toda a sua vida.

"O que você quer dizer com isso?" Eu pergunto, assustada com o timbre profundo da voz dele.

“Este é o quarto 410.” Ele anuncia. “E este cartão-chave diz 401.”

"O quê?" Eu suspiro, sem vontade de acreditar que ele está dizendo a verdade. Não tem como eu ser a intrusa. "Você está brincando?"

“Eu não brinco.” Ele diz e joga o cartão-chave para mim. Se eu fosse uma loba com poderes, teria facilmente pego o cartão-chave do ar, mas eu sou eu, então me debato e tropeço antes de alcançá-lo. Estou extremamente envergonhada quando sutilmente olho para ele, que apenas continua olhando para mim sem fazer nenhum comentário. Eu limpo minha garganta e olho para o cartão-chave.

“4…0…1” Lentamente leio o número. “Isso não pode estar certo.” Murmuro, confusa com a situação desconfortável que estou vivendo. “Eu... Como... O que...”

Ando em direção à porta, mas sua voz fria me para: "Aonde você pensa que vai?"

“Vou verificar o número na porta.” Respondo solenemente, enquanto espero sinceramente que a porta diga 401.

“Você está nua, idiota.” Ele zomba e eu olho para baixo, lembrando que estou mesmo nua. A confusão de acordar ao lado de um estranho me fez esquecer que estou completamente sem roupa. Corro para a cama, enrolo o cobertor em volta de mim e volto para a porta.

"Poxa!" Eu suspiro, imediatamente me odiando. Volto para o quarto, desejando que o chão se abra e me engula. Eu sou a intrusa.

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