O Melhor de Mim romance Capítulo 85

Ponto de vista da Tanya:

Algo desconfortável se contorce no meu estômago depois que ouço a notícia da fuga da Lily. Percebo que me sinto incerta com a situação, como se soubesse que ela de alguma forma encontraria uma maneira de escapar da sua cela de prisão. Não importa a vitória que eu tenha conquistado, a Lily sempre encontra uma maneira de sair por cima. Mesmo agora, embora seja vista como uma criminosa em fuga, ela escapou do seu destino mais uma vez.

Pensando nisso, minha mão segura o colar de rubis que está guardado no meu bolso, estudando as brilhantes pedras carmesim com intensa concentração. Quando a Freya e eu quebramos o colar de diamantes da Lily, vi pedaços de matéria escura flutuando dentro dos cristais. Agora, não posso deixar de me perguntar se o que eu vi foi magia negra.

Viro o colar de um lado para o outro, deixando-o captar a luz, observando se ele também tem o mesmo redemoinho preto. Como não vejo nada, deixo escapar um bufo enquanto guardo a joia. Mesmo que eu não consiga ver nenhuma magia negra neste colar, algo me diz que ambos os colares podem estar direta ou indiretamente relacionados ao Dorian.

Além do Sr. Barlow, que a sua alma descanse em paz, o Dorian é o único lobisomem que eu vi usando uma magia assim, e ele mesmo disse que a Lily o havia enviado para me matar. Deve haver uma conexão entre os dois, só não consigo decifrar o quê, o porquê, nem provar como.

Mas, agora, descobrir a verdade não importa. Os instintos lupinos me dizem que algo ruim e terrível está no horizonte. Devo me apressar e criar o perfume que salvará o Rei Joseph, pois com certeza ele saberá quem o envenenou ou pelo menos responderá às perguntas que eu não posso responder. Precisamos dele acordado novamente.

Deixo a Claire aos cuidados da Vivian e uso a sala de perfumaria dela para fazer a minha mistura. Felizmente, na estação de trabalho da Vivian, todos os ingredientes necessários estão disponíveis para mim e trabalho rapidamente para fazer o perfume. Entretanto, o tempo todo, alguma coisa me incomoda no fundo da minha mente, me dizendo que algo ruim está para acontecer se eu não me apressar.

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Ponto de vista do Marco:

Estou com muita saudade de tudo, sinto falta da minha casa, sinto falta da Tanya e da minha filhinha, Claire. Quero voltar para elas, voltar à nossa rotina, mas não posso, não com o mistério da morte da minha mãe pesando sobre os meus ombros. Eu mereço saber a verdade, minha mãe merece uma conclusão, e não que a sua morte seja considerada um suicídio.

Não consigo explicar o alívio que corre pelo meu corpo quando a empregada finalmente decide nos contar a verdade. Percebo que ela está trêmula e obviamente perturbada, pois as suas mãos tremem e o cabelo parece desgrenhado enquanto ela passa as mãos por ele. "Sente-se, Susan. Por favor, sente-se. Oliver, pegue água para ela." Oliver enche um copo e coloca na frente dela antes de se sentar ao meu lado.

As respirações dela são curtas e hesitantes quando ela finalmente reúne coragem para falar: "Eu envenenei a sua mãe." Ela funga, enxugando manchas de suas bochechas. "Mas não intencionalmente! Eu juro, Marco, eu amei a sua mãe com todo o meu coração. Ela não era apenas a minha patroa, mas também uma amiga para mim. Ela me tratou com respeito e cuidou da minha família, e especialmente amou minha filha… A rainha... foi a rainha quem mandou envenená-la."

Minhas emoções se contorcem incontrolavelmente sob a superfície, mas tento manter o meu rosto neutro, mesmo quando a empregada coloca a mão em cima da minha. Se para tentar me confortar ou se consolar eu não sei, mas de qualquer forma ela continua com a história:

"Nas semanas que antecederam a morte dela, sua mãe ficou muito triste depois que o Joseph rejeitou o vínculo deles. Então, um dia em particular, eu queria fazer para ela uma tigela da sua sopa favorita, esperando que isso fizesse a Marie se sentir melhor."

Ela suspira, e posso ver através de seus olhos que, enquanto ela nos conta a história, sua mente volta para o momento: "Mas, quando fui para a cozinha começar a cozinhar, percebi que não tinha todos os ingredientes. Eu ia descartar totalmente a ideia e cozinhar outra coisa, mas de repente a criada da rainha entrou, carregando uma bandeja de comida. Ela trouxe a sopa que eu queria fazer e também ficou muito entusiasmada com a coincidência, dizendo que a rainha havia preparado especialmente para a Marie como um presente depois de ouvir o quanto ela adorava sopa."

Susan balança a cabeça, agora começando a franzir a testa: "Eu deveria saber que algo estava errado." Lágrimas brotam dos seus olhos novamente enquanto ela balança a cabeça com mais fúria. "Eu deveria saber. Mas eu era tão ingênua e fiquei tão animada que a sopa deixaria a sua mãe feliz que corri para servir à ela."