O misterioso toque do amor romance Capítulo 461

Os comentários sarcásticos não a incomodaram. Afinal, brigar com Aline era melhor do que estar cercada por um grupo de homens.

No entanto, o que a surpreendeu foi que acharam sua identidade ainda mais intrigante.

“De onde seu marido é? Ele também é de Hallsbay?”, perguntou um deles.

“Se ele é daqui, não há razão para não nos conhecermos, certo?”, outro entrou na conversa.

A expressão de Cristina vacilou um pouco, e ela, com relutância, explicou com um sorriso irônico: “Na verdade, vamos nos divorciar, então não há necessidade de saber quem ele é.”

Ela não queria transformar seu casamento no assunto da noite.

“Divorciar? Melhor ainda; devíamos trocar nossos contatos”, disse alguém enquanto pegava o celular para pedir o número de Cristina. Outros seguiram o exemplo, ansiosos.

Aline se perguntou se tinha ouvido errado.

Estes caras estão mesmo brigando pelo número da Cristina? Ela é mesmo tão atraente?

Cristina não teve escolha a não ser mentir, alegando que não tinha o celular com ela. “Sinto muito, preciso ir ao banheiro.”

Com isso, afastou-se depressa.

Assim que Cristina entrou no banheiro, massageou as têmporas para aliviar o estresse. Esses compromissos sociais estavam testando sua paciência.

Alguns minutos depois, caminhou até o salão e descobriu que os preparativos para o leilão de caridade haviam começado.

Os itens do leilão eram exibidos em plataformas individuais dentro de caixas de vidro, tornando-os visíveis para os convidados e esteticamente agradáveis.

Cristina se aproximou em busca de um item com preço razoável que pudesse arrematar de uma só vez. Quanto mais cedo completasse sua tarefa, mais cedo poderia ir para casa e reportar à avó.

Logo, ela viu um colar de diamantes que chamou sua atenção. Dado que havia cerca de vinte quilates, Cristina acreditava que um lance no valor de cinco milhões seria suficiente.

Dentro da seção exclusiva, um item de porcelana azul e branco chamou sua atenção. Era tradicionalmente utilizado para queimar incenso de sândalo, usado por famílias aristocráticas nos tempos antigos por suas propriedades calmantes.

Mesmo hoje há pessoas que aderem à tradição, então era provável que o item fosse muito disputado.

A julgar pelo artesanato, o valor estimado da porcelana devia ser muito alto. O preço inicial estaria na casa dos milhões, só se podia imaginar quão alto seria o preço final.

De repente, alguém empurrou a mulher, fazendo-a perder o equilíbrio e cair em direção à porcelana à sua frente.

Antes que ela soubesse o que havia acontecido, uma braço forte envolveu sua cintura.

A multidão ao redor recuou assustada e deu um passo para trás. Eles testemunharam algo cair ao lado dela, seguido pelo som da porcelana quebrando.

Os curiosos ficaram estáticos sem acreditar enquanto testemunhavam a antiguidade caindo e se despedaçando.

Um item tão caro devia ser ressarcido com base no preço original ou no preço de mercado?

A curiosidade varreu os espectadores que tentavam descobrir quem tinha sido o responsável por quebrar a inestimável porcelana azul.

Apesar de sua desorientação, Cristina estava ciente de que alguém a estava segurando. Quando sentiu o cheiro familiar de sândalo, levantou a cabeça e encontrou o olhar penetrante e inflexível de Nathan.

Vimos Cristina prestes a cair, mas ela está bem. Então, quem caiu?

A multidão voltou os olhos para a figura no chão; a mulher tremeu um pouco ao levantar-se.

O olhar de Cristina manteve-se fixo na silhueta familiar, pois estava bem ciente de que a mulher no chão foi quem a empurrou.

Se não fosse pela intervenção oportuna de Nathan, ela teria se ferido com a queda.

Aline estremeceu. Ah, m*rda! O dobro significa mais de dez milhões!

Cristina olhou para o organizador do evento e apontou para o colar de diamantes que a havia interessado. “Aline vai querer este item e também vai cobrir o custo do incensário, como você sugeriu. Pode ser?”

Um sorriso surgiu nos lábios do organizador. “Claro que sim.”

Cristina assentiu, desconsiderando a opinião da prima. “Então está resolvido. Por favor, peça a alguém para limpar isto, o espetáculo acabou.”

“Todos, por favor, para os seus lugares. O leilão começará em três minutos”, anunciou o organizador. Com isso, os convidados começaram a sair de cena.

Mesmo que Aline estivesse ressentida, teve que permanecer em silêncio e engolir sua frustração. Todos tinham visto que ela havia quebrado a porcelana, então não havia como negar.

Cristina sentiu profunda satisfação ao observar Aline seguir o organizador do evento a contragosto para liquidar a indenização. Ela estava prestes a sair, mas Nathan se aproximou e segurou seu pulso com firmeza.

Sentindo desconforto por causa de seu aperto firme, ela franziu as sobrancelhas e o encarou. “O que significa isso? Vai fazer escândalo aqui?”

Os olhos de Nathan eram sombrios; ele exigiu: “Me dá seu celular!”

Por que é que ele quer meu celular?

Cristina desviou o olhar e respondeu: “É meu, não vou te dar.”

“Então eu mesmo vou pegar”, disse o homem pegando a bolsa dela.

A disputa do casal chamou a atenção das pessoas ao redor.

O rosto de Cristina ficou vermelho de vergonha. “Para com isso! Aqui, pega!”

Relutante, ela entregou o aparelho, argumentando que não tinha nada a esconder dele.