O misterioso toque do amor romance Capítulo 472

O silêncio seguiu-se.

Cristina franziu as sobrancelhas, frustrada; não estava mais interessada em jogar conversa fora.

Derek agarrou seu pulso e pronunciou com a voz grave: “Se ainda está com raiva de mim pelo que aconteceu, posso devolver o dinheiro. Se eu fizer isso, vai me odiar menos?”

Cristina puxou a mão para longe e olhou feio para ele. “Pode até me devolver o dinheiro, mas e a vida que você me deve?”

Seu tom era tão assustador que Derek podia sentir calafrios na espinha.

“Do que você está falando? A única coisa que te devo é o dinheiro, só isso. Quer que eu te dê a minha vida?” Derek estava incrédulo.

Ele não sabia do que Cristina estava falando.

Cristina disse com sarcasmo: “Ora, ora, não demorou muito para você esquecer do que fez.”

Derek ainda estava olhando-a sem entender.

Diante do olhar inocente em seu rosto, Cristina acrescentou: “Não olhe para mim assim, e não pense que isso acabou só porque eu não tenho provas de que você incendiou minha casa.”

“Incendiar sua casa? Do que você está falando?” Derek franziu as sobrancelhas. Por que está ela dizendo isso?

Cristina não conseguiu reprimir sua raiva. “Você vai pagar por isso!” É claro que ele é o culpado, mas está se fazendo de desentendido e inocente.

Ela queria ir embora, mas Derek não a deixou ir. Puxou a mão dela e disse: “Diga algo que eu possa entender! Não posso deixar que me acuse de algo que não fiz.”

“Você me investigou há quatro anos. Temia que eu voltasse para os Gibson para arrancar seu direito à herança, por isso incendiou a minha casa. Sabia que a minha avó morreu naquele incêndio? Ela podia não ser minha avó biológica, mas ela me criou. Eu a amava ainda mais do que a minha própria família.” Cristina tentou manter a voz baixa, mas não conseguiu evitar que as lágrimas escorressem pelo rosto.

Derek pensou e disse: “Admito que estava te seguindo e descobri seu endereço, mas não incendiei nada! Estava apenas recolhendo suas informações! Nunca quis te machucar, Cristina. Precisa acreditar em mim!”

“Acreditar em você? Você se juntou a Aline naquela noite para me ferrar. Também vai negar?”

Cristina nunca contou, mas lembrava-se de tudo. Estava apenas esperando o momento certo para se vingar.

Derek levantou a mão para massagear as têmporas. “Bem, eu não estava tão envolvido. Contratei aquela pessoa, mas falei para não te machucar. Até voltei para te procurar, mas você já tinha saído. Se não acredita em mim, pode verificar as imagens das câmeras de vigilância.”

Cristina ficou em silêncio, sem saber se podia confiar no rapaz ou não.

Afinal, nunca teve uma boa impressão dele.

Derek suspirou quando percebeu sua hesitação. “Cristina, a Corporação Hadley sempre foi meu único alvo.”

De repente, parou de chuviscar e o lugar ficou enevoado.

Cristina manteve-se quieta por mais um tempo antes de se virar e sair.

Ela entrou no carro e o motorista foi embora.

No caminho de volta, Cristina olhou pela janela, sonhando acordada. De repente perguntou: “Pai, o que você acha de Derek?”

Com um olhar terno nos olhos, Timóteo disse: “Eu o criei, então sei que é uma boa pessoa. Ele nunca me pediu ações da empresa.”

Então ele queria usar isto para me induzir a casar com ele. Ainda bem que eu não estava interessada em herança naquela época. Caso contrário, teria caído na armadilha dele.

“Você tem razão. O jantar é por minha conta!” Cristina sabia que ele estava fazendo hora extra por causa dela. Sentiu que era justo pagar o jantar.

“Desde que possamos ter uma refeição agradável juntos, não importa quem paga o jantar. Vou te buscar depois do trabalho.”

“Tudo bem. Te vejo depois.” Cristina desligou o celular e baixou a cabeça para pensar em algo.

Nesse momento, Lina veio buscar alguns documentos. “Sra. Steele, aconteceu alguma coisa? Parece feliz.”

“Feliz? Eu?” Cristina voltou a si e fechou o documento que tinha assinado há pouco.

“Eu te peguei sorrindo!”

Só então Cristina percebeu que estava sorrindo. Eu acho que é porque Samuel é uma pessoa fácil de se conviver. Foi por isso que sorri quando ouvi o que ele disse.

Ao completar suas tarefas, Cristina guardou seus pertences e deixou seu escritório.

Ela viu o carro de Samuel estacionado no cruzamento assim que saiu do prédio. Ele vestia um elegante terno de três peças e parecia maduro e elegante. As mulheres que passavam achavam difícil tirar os olhos dele.

“Você está esperando há muito tempo?” Cristina aproximou-se.

“É justo que um cavalheiro espere. Entre.” Samuel abriu a porta do carro para ela e se sentou no banco do motorista.

Aline estava por perto e os viu entrando no carro juntos. Quando foi que Cristina e Samuel se aproximaram tanto?