Se fosse esse o caso, as coisas poderiam se complicar.
Antes que o medo tomasse conta, a voz do homem ao telefone a interrompeu com uma sequência de xingamentos:
“Desgraç*da! Tá tentando pular fora do acordo? Não tem medo de a gente contar tudo e deixar aquela mulher saber que foi você quem nos contratou pra matar ela?”
Rhea não se abalou com a ameaça contra Jessica. Sua única preocupação era Charles, mas ela havia tomado todas as precauções para não deixar rastros que levassem até ela.
Com uma risada fria, rebateu: “Ótimo, vai lá e conta. Vocês não vão ver um centavo meu!” E desligou o telefone sem piedade.
Um bando de inúteis, achando que podiam ameaçá-la!
Jessica estava internada há três dias e já se sentia bem melhor. Pediu alta do hospital; queria voltar para casa e ficar com Arthur.
Durante esses três dias, Charles a visitava depois do trabalho, mas não passava a noite no hospital, já que ela insistia que ele fosse para casa cuidar do filho.
Ela havia falado com Arthur por telefone, dizendo que estava numa viagem a trabalho. Ele acreditou e ficava pedindo para ela voltar logo, dizendo que sentia saudades.
Ela também estava morrendo de saudade. Um dia longe do pequeno já parecia uma eternidade.
Mesmo sem estar completamente recuperada, estava decidida a sair do hospital.
Charles estava mais atarefado nesses últimos dias e não pôde buscá-la pessoalmente. Em vez disso, mandou alguém para levá-la até em casa.
Quando Jessica voltou à Mansão Hensley, Arthur correu para recebê-la com um abraço apertado.
“Mamãe, você voltou! Que saudade de você!” Ele deu um beijo em sua bochecha.
Jessica o segurou com força, retribuindo o beijo.
“Eu também estava com saudade”, disse ela, embora sua voz estivesse fraca por ainda não estar completamente recuperada.
Arthur percebeu algo estranho. Seus olhos, tão parecidos com os de Charles, a encararam com atenção.
“Mamãe, você tá muito cansada? Por que sua voz tá tão fraquinha?”
Jessica desviou o olhar, surpresa com a sensibilidade de Arthur. Fingiu estar exausta e se apoiou em seu ombro pequeno.
“Tô sim, muito cansada. A viagem de trabalho me deixou acabada.”
“Então vou fazer massagem!”, Arthur se ofereceu, colocando logo as mãozinhas nos ombros dela.
Jessica, que era muito sensível a cócegas, segurou suas mãos rapidamente.
“A mamãe só precisa descansar um pouco.”
Eles foram juntos para o quarto dela. Dom descansava no próprio quarto, e como ainda não era horário de fim de expediente, Charles e Marianna não estavam em casa.
Arthur havia faltado à escola naquele dia só para recebê-la.
Justo quando estava prestes a desligar, a ligação foi atendida.
Antes que Jessica dissesse qualquer coisa, uma voz feminina suave respondeu: “Alô?”
Jessica ficou paralisada... Por que havia outra mulher atendendo o telefone dele?
Ela olhou de novo para a tela, confusa. Não era aquele o número de Charles?
Verificou... Sim, era o número dele. Então quem era aquela mulher?
Flint tinha dito que Charles nunca deixava ninguém tocar no celular dele, especialmente mulher. Tinha deixado claro que Jessica era a primeira a ter esse privilégio.
E ela acreditou, vindo de seu assistente. Por isso ficou tão desconcertada ao ouvir uma mulher atender agora.
Talvez percebendo o silêncio dela, a mulher repetiu: “Alô, quem fala?”
Dessa vez, Jessica reconheceu a voz... Era Mavis.
Dom havia designado ela como uma das secretárias de Charles recentemente.
Se ele estivesse mesmo trabalhando até tarde na empresa, fazia sentido que Mavis atendesse o telefone.
Jessica nem percebeu que estava tentando justificar a situação para si mesma, irritada por Flint ter dado a entender que o telefone de Charles era intocável, principalmente por outra mulher.

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