“Graças a Deus, o Jim ainda está ao lado da mamãe”, disse Arthur, soltando um suspiro.
Charles, que já vinha tolerando esse pequeno traidor há um bom tempo, lançou um olhar afiado para ele. “Por que esse suspiro?”
“Papai, que tal me deixar ficar com a mamãe por uns dias?” Arthur se jogou ao lado dele, segurou o braço do pai e piscou de forma fofa.
Mas Charles não comprou nem por um segundo. Rejeitou de cara: “Não”.
“Você não tem coração!” Arthur empurrou a mão dele em protesto.
“O Jim já não está com ela? Quer ser vela?” Charles disse, sem se abalar com o chilique do filho.
Os olhos escuros de Arthur brilharam enquanto ele analisava o rosto do pai, como se tivesse descoberto algo.
“Ahhh, já sei. Você não gosta de ver outro homem perto da mamãe, né?”
Os olhares se cruzaram pai e filho, olhos grandes contra olhos pequenos.
Charles estreitou os olhos. “Foi você quem pediu pro Jim ir no evento pais e filhos da sua escola no meu lugar, não foi?” Ele ainda nem tinha tocado nesse assunto.
“É-É que eu achei que você ia estar ocupado”, Arthur riu nervoso, tentando parecer atencioso, mas claramente desmascarado.
Charles forçou um sorriso, que não chegou aos olhos. “Então, hoje não tem porco assado pra você.”
O rosto de Arthur desabou na hora. “Por quê?”
O pai era o pior porco assado era o prato preferido dele!
“O preço da carne está nas alturas. Você come todo dia e eu não dou conta.”
Arthur cruzou os braços, inconformado. “Não quero saber! Eu quero! Se você não comprar, vou pedir pro Jim!”
Erro fatal. Assim que o nome de Jim saiu da boca dele, a expressão de Charles escureceu.
Ele encarou o filho comilão. Um fast-food do Jim e o menino já se vendia todo?
“Um mês sem porco assado.”
Arthur ficou horrorizado tinha conseguido piorar a própria situação.
“Se não consegue me sustentar, então me manda de volta pra mamãe!”
Charles fechou os olhos e o ignorou completamente.
“Eu ainda estou crescendo! Você não pode me deixar passar fome assim!”
“Pode comer qualquer outra coisa. Menos porco assado.”
Arthur soltou um lamento dramático. Tudo o que ele queria era porco assado! Esse pai malvado podia esquecer de reconquistar a mamãe!
...
“Pode deixar. Aliás, hoje também chega outro grupo vai ser animado com mais gente por aqui.”
Jessica arqueou a sobrancelha. “As pessoas realmente vêm pra cá de férias nessa época do ano?”
“Ah, eles não são turistas, eles são...” começou Benjamin, mas nesse momento outro ônibus parou.
“Ah, falando neles”, disse ele animado. “Aí estão.”
Jessica olhou para os recém-chegados, curiosa. Se não eram turistas, quem seriam? Outra empresa concorrente?
E então ela o viu Hugh.
O que ele estava fazendo ali? Ele desceu do ônibus com um grupo de sete ou oito pessoas, todos de terno elegante como a equipe dela.
Os crachás entregaram: eram profissionais de alto nível do Grupo Vertex.
Então Hugh estava lá pelo mesmo motivo que ela: uma inspeção no local.
Mas que sorte a dela… quais as chances de cruzar com a concorrência na mesma hora e no mesmo lugar? Jessica suspirou por dentro. Os próximos dias prometiam ser bem constrangedores.
Hugh também a viu, mas tudo o que fez foi lançar um olhar frio antes de liderar sua equipe para dentro do resort, sem dizer uma palavra.
Desde que Jane tinha sido expulsa de casa, Hugh tinha mudado. Estava mais calado, retraído, sem aquele sorriso de antes e, felizmente, sem fazer questão de dificultar a vida dela.

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