O Pai Bilionário do Meu Filho romance Capítulo 37

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Jessica virou a cabeça ao ouvir a voz dele. Ele realmente estava a defendendo?

O rosto de Jane congelou. Pedir desculpas para Jessica, e para esse pirralho?

Não, era impossível. O orgulho não permitiria. Se fizesse isso, jamais conseguiria aparecer em público de novo. Não, isso estava fora de questão.

Charles, no entanto, parecia impassível. Não parecia notar a tempestade que se formava nos olhos dela. Seu olhar se voltou para o menino, calmo e indiferente. “Ela pede desculpas, e você deixa pra lá. Combinado?”

Arthur franziu a testa. Encostou-se para trás, fingindo pensar. Finalmente, com um suspiro exagerado, concordou de má vontade: “Tá bom.”

Jessica percebeu o pai e o filho trocando olhares, compartilhando um entendimento silencioso. Estariam fazendo aquilo de propósito? Estariam acuando Jane intencionalmente? Quando foi que se tornaram tão sincronizados?

A voz de Jane cortou o ar, tremendo com uma raiva contida. “O que faz vocês acharem que eu devo pedir desculpas?”

Arthur não se intimidou. Sem hesitar, puxou o celular, tom sério e firme. “Alô? Polícia? Quero denunciar um sequestro...”

O coração de Jane parou, os olhos se arregalaram conforme as palavras afundaram. Ela avançou, arrancando o celular das mãos pequenas dele num susto. O rosto era uma máscara de fúria fria, os olhos duros de frustração. “Eu peço desculpas! Peço desculpas, está bom? Pare com isso!”

Ela encarou Arthur, com um olhar cheio de ira. Esse pirralho é esperto e implacável. Se não estiver aprendendo isso com Jessica, deve ter herdado de Charles.

Arthur nem parecia abalar-se. Sentou-se ao lado da mãe, cruzando os braços, com expressão fria e serena. “E agora?”

Jane sentiu o peito apertar, sua respiração era curta pela raiva. Sentia o sangue ferver, um calor que ameaçava explodir. Era demais. Aquele pirralho a estava levando ao limite.

Jessica ficou em silêncio, deixando o filho tomar a frente. Da última vez que a mulher tinha lhe dado um tapa, foi um golpe injusto. Um pedido de desculpas hoje não parecia tão ruim assim, não é?

Os olhos de Jane se alternaram entre Dom e Charles. Ambos estavam calados, com seus olhares indecifráveis. Agora estava claro, eles estavam permitindo que aquela criança pisasse nela. Ninguém fazia nada.

Ela cerrou os punhos. O pirralho mal tinha posto os pés na casa da família e já agia assim. O que ainda poderia piorar?

Depois do que pareceu uma eternidade, rangeu os dentes e murmurou as palavras que nunca pensou que diria. “Desculpa.”

A voz de Dom foi fria como gelo, cortando a tensão. “Certo, está resolvido.”

Charles se virou para Arthur com um sorriso cúmplice. “Arthur, de agora em diante, você vai chamar ela de tia Jane.”

Jane rebateu imediatamente, voz afiada e frágil. “Não. Acho que não mereço isso.”

Ela tinha feito de tudo para manter Jessica fora da família, e agora? Agora ela ia virar sua cunhada?

A percepção bateu nela como um tapa. Pensar nisso fez o sangue ferver ainda mais.

Jessica não lembrava da última vez que viu Jane assim. A mulher que sempre se portava com tanta arrogância agora parecia completamente desfeita abalada, vulnerável e furiosa.