Hoje, Jessica finalmente entendeu... Rhea estava armando tudo desde o começo.
Não acredito que fui tão ingênua. Como pude achar que ela simplesmente caiu da escada para me incriminar sem ter um plano?
Mas como ela conseguiu mexer nos resultados do exame de paternidade sem que Charles percebesse?
Naquele instante, Rhea sorriu, um sorriso que parecia carregado de uma satisfação arrogante. Mas não admitiu nada. “De que exame está falando? Não faço ideia do que quer dizer.”
Esse sorriso era irritante, mas Jessica sabia que, se ela não confessasse, não havia o que fazer.
Afinal, como Rhea havia dito, ninguém poderia provar que a criança não era do Hugh.
O clima ficou pesado quando, de repente, uma voz chamou por trás. “Rhea...”
Vários passos acompanharam a voz.
Charles e Hugh tinham chegado juntos, tendo ouvido a notícia e corrido para o hospital. Eles se cruzaram do lado de fora.
Hugh alcançou Rhea primeiro. Parou, congelado ao ver o inchaço no rosto dela e a marca clara de uma mão. Ela tinha levado um tapa. Seu olhar ficou sério na hora, e ele lançou um olhar frio para Jessica. “Você bateu nela?”
Charles, ao lado de Jessica, também percebeu os hematomas.
Jessica não recuou. Encarou Hugh diretamente. “Sim, eu bati.”
“Sua... mulher cruel! Por que bateu nela?” A raiva de Hugh explodiu. Se Charles não estivesse ali, ele teria reagido de outra forma.
“Ela queimou meu filho com água quente! Dar um tapa foi o mínimo que ela merecia!” A voz de Jessica tremia de fúria, a ideia de jogar água fervendo em Rhea quase a consumia.
“Ela queimou o Arthur com água quente?” A voz de Charles ficou fria, toda a sua postura exalando uma energia fria e implacável.
Antes que Jessica pudesse responder, Rhea começou a chorar, jogando-se nos braços de Hugh, soluçando exageradamente. “Eu não fiz isso. Não foi como a Jessica disse. Eu estava com sede e coloquei um copo de água quente na mesa. Não sei por que o Arthur se queimou.”
“Agora pouco você admitiu que queimou ele!” Jessica não conseguia mais conter a raiva.
Como Rhea podia mentir tão facilmente, sem um pingo de vergonha?
“Não foi eu! Juro! Você tem que acreditar em mim. Eu jamais machucaria uma criança. Por favor, acredite!” As lágrimas dela eram dramáticas, o rosto manchado e a voz carregada de uma vulnerabilidade falsa.
Hugh, como sempre, tomou o partido dela sem hesitar. Lançou um olhar venenoso para Jessica, com o tom cortante. “Para de perseguir a Rhea só porque acha que ela é um alvo fácil. Você não pode acusá-la sem provas!” Ele puxou a mulher para mais perto de si.
“Obrigada, doutor”, disse Jessica, apertando ainda mais o braço de Charles, sentindo-se completamente esgotada.
O médico deu mais algumas instruções antes de sair com a enfermeira, deixando-os sozinhos com Arthur.
Jessica sentou ao lado do filho, os olhos cheios de lágrimas enquanto olhava para a mão enfaixada dele. Parecia que o coração dela estava se partindo. “Querido... como você queimou a mão?”
Arthur havia parado de chorar, mas ao ver a mãe, voltou a soluçar. Estendeu as mãos trêmulas, apontando para Rhea. “Foi aquela mulher má. Ela derramou água quente na minha mão...”
Rhea balançou a cabeça rapidamente, o pânico passando pelo rosto. “Não minta! Você não pode dizer o que quiser só porque ninguém viu o que aconteceu.”
“Você me queimou!” A voz de Arthur estava cheia de raiva e dor.
Charles, que estava calado até então, finalmente entendeu o que tinha acontecido. Rhea estava confiante que ninguém tinha presenciado, por isso continuava negando.
Sem provas, não havia nada que pudessem fazer.
“Arthur, meu querido, como você está?”, Dom perguntou, chegando ao hospital, inquieto em casa preocupado com o neto.
A chegada dele mudou imediatamente o clima na sala, especialmente para Rhea. Ela estava tão ousada até poucos momentos atrás, mas agora parecia desconfortável, sua confiança habitual vacilando.

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