O Pai Encantado do Meu Bebê romance Capítulo 23

Mesmo após a coletiva de imprensa envolvendo a credibilidade da CIC na obtenção do projeto do LHI Resort, nossa empresa continua entre os assuntos mais falados no país, com a única diferença de que, agora, todas as críticas são positivas. Nossas ações triplicaram — um recorde atribuído a Nicholas e a Ulisses.

“Ellie, a recepcionista ligou e disse que o sr. Ventura está no saguão querendo conversar. Eu disse que você não iria encontrá-lo, mas ele não para de insistir em falar com você. Está fazendo uma cena no saguão", informa Luna.

Não fico surpresa com essa visita repentina. Ouvi dizer que sua empresa está falindo por causa de seu plano. Quando Ulisses anunciou o banimento dos negócios com a RV, era de se esperar o fim da companhia.

Ninguém vai querer — ou até mesmo tentar — trabalhar com eles; isso significa estar contra a família Escarrer. Sem dúvida, será bem difícil para o sr. Ventura escapar dessa.

Tenho certeza de que ele já foi até Ulisses pedir misericórdia, mas, conhecendo o pai dos meus filhos, sei que não houve perdão — não só porque mexeram comigo, mas também com os gêmeos.

"Vou descer e falar com ele, mas chame a polícia caso a gente precise, por favor", instruo.

"Entendido. Vou avisar a recepcionista agora mesmo.”

Vou ao saguão me encontrar com o sr. Ventura, e, ao chegar lá, já escuto sua voz.

"Não vou sair daqui até falar com a srta. Cabello!", ameaça ele.

Apenas balanço a cabeça. Ele parece desesperado, mas quem não estaria, não é mesmo?

"Sr. Ventura,” chamo.

Seus olhos brilham quando me vê. Ele vem até mim, mas os seguranças o impedem, segurando-o para que ele não se mova.

Eu me aproximo.

“Por que você quer falar comigo?”, pergunto.

“Queria me desculpar pelo que fiz com você. Eu me senti traído quando descobri sobre o seu filho com o sr. Escarrer, achei que você o estava usando para conseguir o projeto”, responde.

Sorrio. “Você deveria ter perguntado ao sr. Escarrer ou a mim antes de armar tudo isso. Manchou não só o meu nome, mas também o nome da empresa dos meus pais. Você usou até os meus filhos contra mim!”, digo em tom de ameaça.

Ele se ajoelha. “Eu sei, eu sei que fiz algo imperdoável, mas, por favor, me perdoe e me ajude a convencer o sr. Escarrer a me perdoar."

"Por que eu o ajudaria?", pergunto com frieza.

“Tenha piedade de mim. Eu já estou arruinado, e a senhorita já limpou o seu nome, além de ter o apoio do sr. Hearst e do sr. Escarrer. Essa situação toda acabou favorecendo a senhorita.”

Arqueio a sobrancelha. “Então, eu deveria agradecê-lo por tudo isso?”

Ele balança a cabeça. “Não... não foi isso que eu quis dizer. Estou desesperado agora. Por favor, srta. Cabello... Por favor, me ajude. Você é a minha única esperança", implora.

“Você faria isso se eu estivesse no seu lugar?”, pergunto.

Ele não responde.

“Tenho certeza de que você nem iria se importar com a minha empresa se o seu plano tivesse dado certo. Então, por que eu deveria ajudá-lo agora que deu tudo errado?

“Sinto muito, sr. Ventura, mas não posso fazer isso. Você precisa colher o que plantou: o resultado da sua ganância e do seu egoísmo. Aprenda a lidar com as consequências das suas ações.”

Ele fica derrotado, e vejo a polícia entrar no prédio.

“É melhor ir agora, sr. Ventura, senão a polícia vai dar um jeito nas coisas.”

***

Quando volto para casa, Ulisses me pergunta sobre o episódio com o sr. Ventura, e conto tudo o que aconteceu.

Vejo-o sorrir; ele parece estar muito orgulhoso.

“Estou impressionado, Ellie! Achei que você fosse ficar com dó e perdoar o sr. Ventura."

Sorrio. "Por que eu ficaria com dó? Ele tentou acabar comigo e com a empresa dos meus pais.”

Ele dá de ombros. “Você sabe como as garotas são fracas quando se trata de emoções. São facilmente persuadidas.”

"Ah, é?! É assim que você lida com as garotas? Se aproveita do sentimento delas?”, provoco.

Ele franze o cenho. "Por que a pergunta do nada?"

Apenas dou de ombros.

“Espera, Ellie! Não me diga que você está com ciúmes?” É a sua vez de provocar.

Reviro os olhos. "Até parece!"

Ele ri. “É que eu não consigo pensar em nenhum outro motivo para você me fazer esse tipo de pergunta. Mas, só para constar, nunca faço isso com elas. Não deixo ninguém se apegar a mim, só quero aproveitar a companhia delas.”

"Faz sentido." E não digo mais nada.

“Tudo certo agora? Não precisa ficar com ciúmes”, me assegura.

Apenas dou risada dele. “Pare de ficar assumindo as coisas, ok?! Não estou com ciúmes, só fiquei curiosa. Não tem nenhum motivo oculto.”

"Se você diz... Mas, voltando ao sr. Ventura, ele foi pedir sua ajuda porque achou que poderia facilmente te convencer."

Faço que sim. “Entendo o que você quer dizer. Ele achou que, só porque eu sou mulher, poderia se aproveitar das minhas emoções para ajudá-lo. Mas, infelizmente, não sou como as outras garotas.”

"Concordo. Assim que te conheci, eu soube que você era especial.”

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