O Pai Encantado do Meu Bebê romance Capítulo 24

“Alistair! Amelia! Meus bebês, a titia estava com tanta saudade!”

Kaela vem correndo ver os gêmeos assim que chegamos na mansão da família Escarrer. Os avós deles pediram para passar o fim de semana lá.

Já faz um mês desde o problema com o sr. Ventura. 

Por causa dos dois projetos, a empresa ficou muito ocupada; mal posso esperar para ver o resultado final.

“Ellie, pensa com carinho em morar aqui, por favor. Quero poder ver os gêmeos todos os dias”, diz Kaela pela enésima vez.

Toda a vez que nos vê, seja aqui, seja na minha cobertura, ela me pede para morar com a família dela.

“Você pode visitá-los lá em casa todos os dias se quiser. É sempre bem-vinda." É o que acabo dizendo.

Ela faz beicinho. Fico surpresa que ainda me peça isso, mesmo já sabendo a resposta.

“Kaela, para de incomodar a Ellie”, diz Ulisses.

“Eu não estou incomodando, só quero que ela more aqui.” Kaela se defende.

“Mas ela sempre diz que não quer.”

"Não diz, não. Acabou de falar que eu posso ir ver os gêmeos na casa dela."

Ulisses dá de ombros. “É a mesma coisa.”

"Tanto faz!"

“Pode parar com essa briga boba, o almoço está pronto. Vamos para a sala de jantar”, diz Adelia aos filhos.

Depois do almoço, que não foi tão pacífico assim, porque Kaela e Ulisses continuaram brigando por besteira, todos nós nos reunimos no jardim para tomar chá e conversar como uma família normal.

Fiquei maravilhada com a simplicidade deles, estão longe de ser uma família de elite qualquer: é possível ver o amor genuíno e o cuidado que têm um pelo outro, mesmo com todas as discussões entre Ulisses e Kaela, que até acho fofas. Não tive um irmão, então nunca tive a chance de ter esse tipo de memória. Sempre foi meus pais e eu.

De repente, sinto falta deles. Sempre fazíamos coisas assim aos finais de semana. Amávamos passar o tempo juntos, e era por isso que, mesmo eu não tendo nenhum amigo naquela época, ainda ficava feliz; tinha meus pais comigo.

Volto à realidade quando ouço a voz de Ulisses.

"Posso saber no que você está pensando?"

Sorrio para ele. “Fiquei com saudade dos meus pais de repente. A gente costumava se reunir assim antes.”

"Sinto muito pela sua perda. Sei como é difícil para você.”

"É mesmo, sinto falta deles todos os dias. Queria que tudo não passe de um sonho. Eu os amo tanto." Lágrimas começam a cair enquanto compartilho meus sentimentos com Ulisses.

Ele vem até mim e me dá um abraço caloroso. “Vai ficar tudo bem, Ellie. O Alistair e a Amelia estão com você agora; e eu também.”

"Eu sei, mas ainda sinto falta deles.

“Me dediquei muito na escola para deixá-los orgulhosos, mas eles não puderam ouvir meu discurso de formatura porque me deixaram bem naquele dia. Deveria ter sido o dia mais feliz da minha vida, mas acabou sendo o pior.”

Desmorono no ombro de Ulisses.

“Calma, Ellie, tenho certeza de que seus pais estavam muito orgulhosos de você e que queriam ter ouvido o seu discurso e passado mais tempo com você. Eles não querem te ver sozinha; querem que você siga em frente e seja feliz”, diz.

“Ellie, mesmo você não se casando com o Ulie, ainda faz parte da família Escarrer. Te vemos como uma filha.”

Olho para Adelia, que diz isso com os olhos marejados.

Minhas lágrimas não param de escorrer.

“Obrigada, Adelia”, respondo com sinceridade.

“Ah, querida, você pode me chamar de mãe. Por favor, me chame de mãe.”

"Mã-mãe." Quase sussurro.

"Minha filha." Então ela vem até mim e me abraça.

Choro de novo, porque o afeto que sinto é o mesmo que sentia com a minha mãe.

Em seguida, o pai de Ulisses, ou melhor, meu pai, vem até mim e me oferece um abraço.

Sinto falta de vocês, mãe e pai. Queria que estivessem aqui.

***

O fim de semana que passei com a família Escarrer foi o melhor desde que perdi meus pais.

Sou grata por não me odiarem por ter arruinado o plano que tinham para o filho. São sempre acolhedores e amorosos. Ulisses tem muita sorte de tê-los como pais.

Hoje vou a Tagaytay conferir o projeto. 

Não esperava ver Nick por lá.

“Ellie, que bom que você está aqui!” Nick me recebe.

“Não sabia que você estava aqui", digo.

“Sempre visito o local quando trabalho nesse tipo de projeto”, explica.

Apenas balanço a cabeça.

Depois de dar uma conferida nas coisas, Nick me convida para tomar um café.

“O Ulisses me contou que você teve um ótimo final de semana na mansão da família dele.” Nick começa a puxar assunto.

"É verdade, foi o melhor fim de semana que a gente teve até agora”, digo.

“Dá para ver que vocês estão se dando bem. Por que você só não casa com o meu amigo?”, pergunta ele, curioso.

Dou risada. “Como se você não soubesse a verdade.”

Ele concorda. "Sim, eu sei, mas o que está acontecendo agora não estava no seu plano original. Ainda quer continuar com ele? ”

Sorrio para ele. “Não tem por que a gente se casar. Como você mesmo disse, a gente está se dando muito bem assim.”

“Sim, mas você não tem medo de alguém roubá-lo de você um dia?”

Franzo o cenho. “Ele nunca foi meu para começo de conversa.”

Ele aproxima o rosto do meu. "Tem certeza disso?"

"Do que você está falando?"

Ele dá de ombros. "De nada. Nunca passou pela sua cabeça Ulisses ter uma noiva?

"Eu sei que ele tinha. A srta. Adelson."

Vejo-o arregalar os olhos, o que me faz rir. Ele não sabia que Ulisses tinha me contado dela?

"Você sabia?!"

Faço que sim.

“E se ela pedir o Ulisses de volta? Você vai dar o que ela quer?”

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O Pai Encantado do Meu Bebê