“Alistair! Amelia! Meus bebês, a titia estava com tanta saudade!”
Kaela vem correndo ver os gêmeos assim que chegamos na mansão da família Escarrer. Os avós deles pediram para passar o fim de semana lá.
Já faz um mês desde o problema com o sr. Ventura.
Por causa dos dois projetos, a empresa ficou muito ocupada; mal posso esperar para ver o resultado final.
“Ellie, pensa com carinho em morar aqui, por favor. Quero poder ver os gêmeos todos os dias”, diz Kaela pela enésima vez.
Toda a vez que nos vê, seja aqui, seja na minha cobertura, ela me pede para morar com a família dela.
“Você pode visitá-los lá em casa todos os dias se quiser. É sempre bem-vinda." É o que acabo dizendo.
Ela faz beicinho. Fico surpresa que ainda me peça isso, mesmo já sabendo a resposta.
“Kaela, para de incomodar a Ellie”, diz Ulisses.
“Eu não estou incomodando, só quero que ela more aqui.” Kaela se defende.
“Mas ela sempre diz que não quer.”
"Não diz, não. Acabou de falar que eu posso ir ver os gêmeos na casa dela."
Ulisses dá de ombros. “É a mesma coisa.”
"Tanto faz!"
“Pode parar com essa briga boba, o almoço está pronto. Vamos para a sala de jantar”, diz Adelia aos filhos.
Depois do almoço, que não foi tão pacífico assim, porque Kaela e Ulisses continuaram brigando por besteira, todos nós nos reunimos no jardim para tomar chá e conversar como uma família normal.
Fiquei maravilhada com a simplicidade deles, estão longe de ser uma família de elite qualquer: é possível ver o amor genuíno e o cuidado que têm um pelo outro, mesmo com todas as discussões entre Ulisses e Kaela, que até acho fofas. Não tive um irmão, então nunca tive a chance de ter esse tipo de memória. Sempre foi meus pais e eu.
De repente, sinto falta deles. Sempre fazíamos coisas assim aos finais de semana. Amávamos passar o tempo juntos, e era por isso que, mesmo eu não tendo nenhum amigo naquela época, ainda ficava feliz; tinha meus pais comigo.
Volto à realidade quando ouço a voz de Ulisses.
"Posso saber no que você está pensando?"
Sorrio para ele. “Fiquei com saudade dos meus pais de repente. A gente costumava se reunir assim antes.”
"Sinto muito pela sua perda. Sei como é difícil para você.”
"É mesmo, sinto falta deles todos os dias. Queria que tudo não passe de um sonho. Eu os amo tanto." Lágrimas começam a cair enquanto compartilho meus sentimentos com Ulisses.
Ele vem até mim e me dá um abraço caloroso. “Vai ficar tudo bem, Ellie. O Alistair e a Amelia estão com você agora; e eu também.”
"Eu sei, mas ainda sinto falta deles.
“Me dediquei muito na escola para deixá-los orgulhosos, mas eles não puderam ouvir meu discurso de formatura porque me deixaram bem naquele dia. Deveria ter sido o dia mais feliz da minha vida, mas acabou sendo o pior.”
Desmorono no ombro de Ulisses.
“Calma, Ellie, tenho certeza de que seus pais estavam muito orgulhosos de você e que queriam ter ouvido o seu discurso e passado mais tempo com você. Eles não querem te ver sozinha; querem que você siga em frente e seja feliz”, diz.
“Ellie, mesmo você não se casando com o Ulie, ainda faz parte da família Escarrer. Te vemos como uma filha.”
Olho para Adelia, que diz isso com os olhos marejados.
Minhas lágrimas não param de escorrer.
“Obrigada, Adelia”, respondo com sinceridade.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Pai Encantado do Meu Bebê
Boa noite. Quando termos os capítulos finais deste romance? Obrigada....