O Pai Encantado do Meu Bebê romance Capítulo 28

O tempo voa, e muitas coisas inesperadas aconteceram. Quem iria imaginar que o meu plano de ter alguém terminaria assim?

Eu só queria um filho, mas Deus me deu muito mais: me deu um parceiro excelente — não alguém com quem me relaciono romanticamente, mas alguém em quem eu posso contar, alguém da família. Ulisses é um ótimo pai para os meus filhos, que, em breve, completarão cinco anos. Além disso, Deus me deu a família dele — o pacote completo. Não poderia pedir mais nada, estou muito feliz.

Isso sem mencionar o crescimento da empresa nesses últimos anos. Agora, somos uma das companhias de arquitetura e engenharia mais requisitadas, com clientes mundo afora.

O que os meus pais imaginaram está começando a se concretizar. Tenho certeza de que eles estão muito felizes com todas essas conquistas.

E, por falar em clientes internacionais, estamos aguardando o sr. Schulz, da Schulz Technologies, que pretende construir um edifício comercial aqui no país.

A maioria dos clientes, principalmente empresas de TI, só aluga andares para seus escritórios, uma vez que suas sedes se encontram em outros países. 

Era menos custoso para eles.

A Schulz Tech também tem outros escritórios mundo afora, contudo, não sei bem ainda se planejam construir um prédio próprio para todos os seus escritórios ou só aqui em Manila.

"Srta. Cabello?”

Olho para o cara que me chamou. Sorrio e aceno para ele.

“Oi, sou a Penelope Quinn Cabello, CEO da Cabello International Corporation.”

“Sou Harold Ortaleza, secretário do CEO da Schulz Tech aqui nas Filipinas. E este é o nosso CEO, sr. Enrique Schulz.”

Ele oferece um aperto de mão, que eu aceito com prazer. Em seguida, me dirijo ao sr. Schulz, que é obrigado a retribuir o cumprimento.

"Esta é minha secretária, srta. Luna Bianca Nielis, e estes são nosso gerente de engenharia, sr. Dominic Rosales, e nossa gerente de arquitetura, srta. Lorie Belle Garcia.”

Após a apresentação, vamos à sala de conferência e damos início à reunião.

É outro grande projeto, tão grande quanto o do resort da LHI, no qual trabalhamos cinco anos atrás. Fiquei surpresa quando o sr. Ortaleza entrou em contato comigo. Só prova como nossa empresa está sendo reconhecida não só aqui mas também em outros países.

Eles nos mostram o terreno que adquiriram recentemente. Ficava em Taguig e era grande. Tenho certeza de que, se esse projeto vazar na mídia, vai ser o assunto mais falado; muitas pessoas vão aguardar sua finalização ansiosamente.

"Queremos que este prédio seja tão grandioso quanto nossa sede nos Estados Unidos", diz o sr. Schulz.

Faço que sim. Isso me deixa mais animada para começar o esboço; era um dos meus sonhos projetar um prédio único e com alta tecnologia. A maioria de nossos projetos anteriores foram hotéis, resorts, restaurantes e mansões. Era a primeira vez que faríamos algo assim, e eu mal podia esperar para começar.

"Acho que fomos todos muito claros sobre os requisitos desse projeto. Vi o que a senhorita fez com a LHI e a Hearst e fiquei impressionado. É por isso que estou com as expectativas altas em relação ao seu time", diz o sr. Schulz num tom formal.

Sorrio para ele. "Não vou desapontá-lo. E obrigada por confiar na nossa empresa."

"Fico feliz de ouvir isso. Mas não fique muito confiante, porque deixei claro que esta reunião não é para fechar o negócio ainda. Arrumar outra empresa ainda é uma opção se não ficarmos felizes com o seu design."

"Entendo, sr. Schulz. Vamos dar o nosso melhor para fechar esse negócio."

"Que bom."

Após alguns debates, a reunião termina bem. O contrato será assinado assim que aprovarem o design. Eles deixaram bem claro que essa oportunidade não significa que vamos conseguir o projeto, que contratar outra empresa ainda era uma opção. O que temos que fazer agora é dar o nosso melhor para fechar o negócio.

***

"A coisa esquentou!", exclama Lorie.

Depois da reunião, voltamos ao escritório para começar a discutir o projeto.

"Só se for porque o sr. Schulz estava lá!"

Luna e Lorie começam a dar risadinhas, e eu apenas balanço a cabeça. Elas ficam assim sempre que nos encontramos com algum cliente bonito.

No entanto, não dá para negar: o sr. Schulz é mesmo lindo. É o tipo de chefe distante e sério, o que o deixa ainda mais gostoso. Sorrio quando penso em Ulisses — tenho certeza de que ele ficaria muito emburrado se me ouvisse dizer isso.

"A gente precisa conseguir esse projeto, srta. Cabello! Não vejo a hora de vê-lo de novo!", diz Lorie, cheia de determinação.

"Sim, claro! Eu não perderia isso por nada."

Em seguida, Luna vem até mim com um olhar malicioso. "O que você acha do sr. Schulz, Ellie?"

Só dou de ombros. "É, não dá para negar que ele é bonito, mas..."

Não consigo terminar a frase, porque ela me interrompe.

"Mas o Ulie é muito mais! A gente sabe o que você vai falar, Ellie!" Então, ela revira os olhos.

Fico boquiaberta. "Claro que não. O que eu ia dizer é, sim, ele é bonito, mas não estou pensando nisso agora. Estou feliz com os meus filhos."

"Sim, você está feliz com os seus filhos e com o Ulie. Eu sei, Ellie", diz Luna, enfatizando o nome de Ulisses.

"Que seja, Luna! Você e essa sua ilusão!"

***

O final de semana chegou, e estamos aqui na mansão da família Escarrer. Além de eles pedirem para visitá-los toda semana, os gêmeos também queriam ver os avós, que os mimam muito.

"Eles vão fazer cinco anos daqui a dois meses. Você tem alguma ideia do que vai fazer?", pergunta Kaela.

"Não quero fazer nada grande, só algo para a família e amigos próximos", conto meus planos.

Ulisses e eu andamos muito ocupados nesses últimos meses, queremos passar um momento especial juntos no aniversário deles.

Além disso, Ulisses comprou uma ilha privada, e nós a reformamos. Ele deu o nome de Ilha Kade, em homenagem aos gêmeos e a nós.

Ele mudou muito depois dos gêmeos. Continua sendo engraçadinho e atrevido, mas se tornou um homem de família. Raramente o vejo sair à noite — com exceção de eventos ou festas relacionadas a negócios.

Além disso, nunca o vi namorando nesses últimos cinco ou seis anos, era como se os gêmeos fossem o suficiente. Uma vez perguntei a ele sobre isso.

"Ulie, nunca vi você sair com outras garotas nesses anos todos. Você não quer mais namorar?"

Ele olha para mim atentamente. "Você quer namorar?"

Franzo o cenho. "Por que você está perguntando isso?"

"Porque eu só vou considerar namorar se for você."

Senti algo estranho na barriga. "Por quê? Se for por causa das crianças, Ulie, não faça isso, por favor."

"Você acha que é só por causa delas?"

Não consigo responder. Estou me sentindo muito estranha, e não consigo pensar em nada agora.

"Você ainda não acredita que eu gosto de você", conclui ele.

"Você não é parte do plano." Respondo o de sempre.

"Eu nunca fui parte do seu plano; sei disso, Elie. Mas, veja bem, a gente estar junto, a minha família, e os gêmeos levarem o sobrenome Escarrer são coisas que também não estavam nos seus planos, mas estamos todos felizes com isso. Por que você não consegue aceitar o que eu sinto?"

Porque tem uma parte de mim que duvida dos seus sentimentos. Não consigo esquecer sua conversa com o Nick, tenho medo de que tudo não passe de mentiras — era o que eu queria responder. Mas escolho ficar em silêncio.

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