O Pai Encantado do Meu Bebê romance Capítulo 29

"Fiquei sabendo que você teve uma reunião com o sr. Schulz?"

Sorrio e faço que sim para Laertes. “É verdade, eles estão planejando construir o primeiro edifício comercial da Schulz Tech aqui nas Filipinas.”

No momento, estamos jantando em família.

“Já deve ter fechado o negócio, então?”

“Ainda não, mas tenho certeza de que vou", digo.

Sinto-me segura para dizer isso, porque sei do que eu e meus funcionários somos capazes. Já provamos isso nos últimos anos.

"O que foi, Ellie? Por que eles não fecham logo o negócio?" pergunta Kaela, curiosa.

“Não foi nada, Kaela, não se preocupe. Eles só querem ver o nosso design antes de assinar o contrato, o que é normal nesse ramo. O cliente tem direito de procurar outro arquiteto se não estiver satisfeito com o projeto.”

Kaela parece irritada, o que me deixa confusa. “Aquele Quen é muito exigente! Ele se acha um deus. Que raiva!"

"Quen?"

"O Enrique Schulz", responde Ulisses.

“Vocês são próximos, Kaela?”, pergunto com curiosidade.

Ela revira os olhos. "Claro que não! Ele é o ex-melhor amigo do meu irmão."

Encaro Ulisses. “Ex-melhor amigo? Você não me contou dele."

Ulisses nunca mencionou Enrique Schulz. Ele sabia da minha reunião, e não disse nada.

“Não te contei, porque não é nada de mais.”

Apesar de ele não ser obrigado a me contar tudo sobre a vida dele, me sinto um pouco magoada.

“Você ficou brava, Ellie? Desculpa não ter falado nada.”

Sorrio para ele para esconder a decepção. “Não fiquei brava, Ulie, por que ficaria? Relaxa."

“Não briga por causa desse cara, não vale a pena”, diz Kaela, ainda irritada.

“Você gosta dele, titia?”, pergunta meu filho.

Arregalo os olhos. Alistair é muito inteligente; ele percebeu na hora.

“É verdade, Kaela? Você gosta do sr. Schulz?", digo em tom de provocação.

Os gêmeos murmuram entre si, e Kaela cora.

"Claro que não! Por que eu iria gostar daquele cara arrogante?!”

“Titia, está na cara. Você está até vermelha", comenta Amelia.

"Não estou!"

Os gêmeos riem. "Está, sim!", dizem para provocarem ainda mais a tia.

Apenas balanço a cabeça. Os gêmeos conhecem bem Kaela e, por isso, sabem qual é o seu ponto fraco. No entanto, sei que amam muito a tia. 

Já vi como eles ficam quando alguém tenta conquistar Kaela. Uma vez, pediram para passar a noite na mansão, porque a tia disse que um cara iria visitá-la.  

Ficaram ao lado dela a noite inteira e não deixaram aqueles dois em paz. Perguntaram coisas o tempo todo para torturar o homem e depois disseram na cara dele que não o tinham achado bom para a tia deles.

E a mesma coisa já aconteceu várias vezes.

“Alistair, Amelia, deixem a tia de vocês em paz,” aviso antes que eles a torturem mais.

Kaela murmura um "obrigado" para mim, e eu sorrio. Ela é uma mulher muito forte, mas não pode fazer nada quando se trata dos gêmeos.

***

“Mamãe, papai, vocês podem dormir com a gente hoje?”, pergunta Amelia com sua voz doce.

Faço que sim. Como dizer não? Vamos direto para o quarto de Ulisses na mansão da família Escarrer, onde dormimos sempre que os gêmeos fazem esse pedido — geralmente, quando Ulisses e eu ficamos muito ocupados com o trabalho. 

Quando estamos em casa, dormimos no meu quarto.

“Mamãe, você também acha que a tia Kaela gosta daquele cara, não acha?”, pergunta Amelia.

Já estamos na cama. Os gêmeos dormem no meio: Amelia, ao meu lado; Alistair, ao lado de Ulisses.

"Não sei, nunca vi a Kaela com o sr. Schulz."

Amelia olha para o pai. “E você, papai?”

"Acho que não, eles brigavam sempre, nunca concordavam em nada. São como cão e gato.”

“Mas acho que a tia Kaela gosta dele, só não quer admitir", murmura Alistair.

Fico intrigada. “Alistair, como você sabe dessas coisas? Você é muito novo para isso."

"Não sou, não. Já tenho cinco anos, mamãe, já estou crescido." Ele começa a fazer birra.

Levanto e dou um beijo nele.

“Você ainda é bebê. Meu bebê. Não cresça rápido demais”, digo num tom gentil.

“Você não quer que a sua tia namore? Você sempre tortura todos pretendentes dela. Se continuar assim, ela vai ficar solteira para sempre", explico.

“Tudo bem, mamãe, eu caso com a titia quando chegar a hora", diz Alistair.

Dou risada e o beijo de novo. Meu bebê é tão fofo.

“Alistair, você sabe que não pode ter uma queda pela sua tia, não sabe?”, provoco.

Ele cora. “Eu não tenho uma queda pela tia Kaela.”

Apenas rio e abraço os dois. De repente, sinto um braço quente em torno de nós. Era Ulisses.

Quando os gêmeos adormecem, o chamo e pergunto se podemos sair um pouco para conversar.

Vamos para a varanda do quarto dele.

"Tem alguma coisa te incomodando?"

Balanço a cabeça. "Não, não é isso. Só fiquei curiosa para saber o que aconteceu entre você e o sr. Schulz. Mas tudo bem se não quiser me contar, eu entendo."

Ele vem até mim e coloca seu casaco sob meus ombros. "Está frio aqui, você pode ficar resfriada."

Ele suspira. “Antes de responder, eu queria pedir desculpa por não ter contado do Quen.

“Ele morava na Espanha quando era criança, e nos conhecemos no fundamental, quando viramos colegas de classe e nos aproximamos, porque tínhamos muita coisa em comum.

“Quando chegou a época de ir para faculdade, ele queria ir para os Estados Unidos, porque tinha interesse em tecnologia, enquanto os meus pais queriam que eu estudasse nas Filipinas para saber mais sobre a cultura asiática, já que estavam expandindo os negócios aqui."

“Vocês se distanciaram. É por isso que não são mais amigos?”

Ele balança a cabeça. “Não, não foi por isso. Continuamos próximos, mesmo com 13.000 quilômetros de distância."

"Então o que aconteceu? Foi por causa do Nick?"

Ele ri e belisca meu nariz. “Não, boba. Foi por causa da Hadley."

Arregalo os olhos. Tinha me esquecido: o sr. Schulz gosta de Hadley. Tudo faz sentido agora.

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