Decidi parar de forçar Quen a me contar sobre minhas memórias perdidas. Sei que ele tem boas intenções — sempre teve —, afinal de contas, é meu melhor amigo. Mas, ao mesmo tempo que quero saber o que aconteceu, tenho medo. Sinto que essas memórias terão um grande impacto no meu relacionamento com Ellie. Só não consigo dizer exatamente por quê.
Como hoje é sábado, Ellie e eu estamos livre e podemos nos dedicar aos gêmeos. Quando eles nasceram, concordamos que poderíamos estar muito ocupados no trabalho de segunda a sexta, mas, aos finais de semana, nosso tempo seria apenas deles, independentemente do que acontecesse.
E acho que fizemos um ótimo trabalho, porque as crianças são muito compreensivas quando estamos ocupados. Às vezes, por exemplo, Ellie vai para casa muito tarde por dois ou três dias consecutivos, e as crianças não a veem. Contudo, nunca reclamam, porque sabem que a mãe nunca perdeu um final de semana com elas.
“Estou tão animada para ir ao parque de diversões!”, diz Amelia, sem conseguir esconder a empolgação.
“Papai, você chamou a titia Kaela?” pergunta Alistair.
Fico confuso. "Não, por que eu chamaria?
Alistair fica emburrado. “Tenho certeza que ela ia querer ir com a gente.”
"Tenho certeza que sim, mas a sua tia está ocupada se preparando para a viagem de negócios nos Estados Unidos", explico a ele, que arregala os olhos.
“Ela não me contou! Quanto tempo vai ficar lá?”
Apenas balanço a cabeça. Alistair tem uma queda pela tia que não consigo entender! Kaela age como uma criança, o que faz com que a nossa pequena diferença de idade, na prática, se transforme numa diferença de 5 ou até de 10 anos.
“Não sei, meu amor. Mas você sabe que é a sua tia quem vai cuidar dos próximos hotéis nos Estados Unidos, já que a gente precisa expandir os negócios na América", digo.
Desde que o meu noivado foi cancelado, precisamos dar atenção especial à filial nos Estados Unidos. Temos que acompanhar a família Adelson, que domina o ramo de hotéis no país. E quem ficou com essa tarefa foi Kaela, a melhor pessoa para o cargo, uma vez que estudou lá.
"Por que o Alistair está com essa cara?", diz Ellie quando desce para a sala de estar.
As crianças e eu estávamos esperando ela terminar toda a sua rotina de beleza para finalmente podermos ir ao parque de diversões.
“Por causa da viagem da Kaela,” digo.
Ela apenas acena com a cabeça, uma vez que entende a situação.
“Alistair, você precisa entender que a tia Kaela não ia ficar aqui nas Filipinas, só queria passar mais tempo com você e com a Amelia. Se quiser, quando você já for maior de idade, pode ir com ela para estudar lá ou até para ajudá-la na administração dos hotéis”, diz Ellie para encorajá-lo.
Mas Alistair fica ainda mais emburrado. “Mas eu não gosto de hotéis, mamãe. Quero ser que nem você e assumir a sua empresa para você poder relaxar e passar mais tempo com o papai.”
"Ai, meu Deus! Meu filho é tão fofo! Te amo, bebê!", diz Ellie, e dá um abraço apertado no nosso filho.
Esse é o meu garoto!
"Ei, mãe! Eu também quero um abraço!”, diz Amelia, com um beicinho.
Ellie ri e vai até ela para dar um abraço e um beijo.
"E o papai?", digo, fazendo beicinho também.
Então, os gêmeos vêm até mim. Faço cara de bravo de novo. "E você, Ellie?"
Ela fica vermelha. “Para de agir igual criança, Ulie! Vamos lá!"
Olho para os gêmeos, pedindo ajuda. Então, eles vão até a mãe para convencê-la.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Pai Encantado do Meu Bebê
Boa noite. Quando termos os capítulos finais deste romance? Obrigada....