O Pai Encantado do Meu Bebê romance Capítulo 8

Capítulo 7

Um mês depois do encontro com a LHI, Luna me traz boas notícias.

Conseguimos o projeto!

Não acredito que, entre todas as empresas que se inscreveram, a nossa conseguiu!

Não consigo parar de pensar no que Ulisses me disse enquanto comíamos no restaurante coreano-japonês há algumas semanas.

Pego meu telefone e ligo para ele. Preciso ficar com a consciência limpa.

"Ficou sabendo das boas notícias?" diz ele ao atender.

"Sim, mas preciso perguntar uma coisa." A suspeita em minha voz é evidente.

"Deixa eu adivinhar? Você quer saber se eu cancelei aquelas reuniões."

Faço que sim com a cabeça, apesar de saber que ele não pode me ver.

"Sim", digo com sinceridade.

Ouço sua risada. "Eu não falei que não faria isso porque você queria que eu fosse justo?"

"Sim. Então você está dizendo que conheceu as duas empresas que faltavam?", pergunto para confirmar.

"Sim, conheci. E você pode perguntar para o Jace, não foi favoritismo. É o primeiro resort da LHI aqui nas Filipinas, a gente precisa levar esse projeto a sério, não tem espaço para isso. Além do mais, pedi para vocês enviarem um rascunho do projeto”, explica ele num tom sério.

Sinto-me muito aliviada e agora já posso ficar feliz com a notícia em paz.

Finalmente realizei um dos meus sonhos, o projeto da LHI! Agora posso imaginar o que vai acontecer com a CIC, todas as oportunidades que teremos quando terminarmos o projeto. Finalmente vamos ter um portfólio sólido para conquistar o mercado internacional!

O objetivo da nossa empresa é dominar não só o cenário nas Filipinas, mas no mundo todo. Ela faz jus ao nome, a Cabello International Corporation.

"Ok, obrigada. Queria ficar com a consciência limpar antes de comemorar" digo, me sentindo um pouco envergonhada.

"Entendo. A culpa é minha de você ter ficado com dúvida, fui eu quem colocou essa pulga atrás da sua orelha. Mas pode ficar tranquila, você conseguiu porque teve a melhor apresentação" diz ele com gentileza e sinceridade.

Fico comovida com suas palavras.

Acho que, no final das contas, o pai de vocês não é tão ruim, bebês.

"Obrigada pelo elogio e obrigada por escolher a CIC. Você não vai se arrepender dessa decisão", digo para finalizar a chamada.

Depois da ligação, peço a Luna que ligue para as equipes que cuidarão do projeto da LHI. Por mais que eu queira estar envolvida diretamente, não posso.

Nesse momento, minha barriga está bem visível. Se eu participar da reunião, tenho certeza de que Ulisses irá perceber e descobrir a verdade. Sei que agora não vou conseguir convencê-lo de que não estou grávida dele, e, mesmo eu achado que ele é um cara legal, minha decisão não vai mudar.

Quero meus gêmeos só para mim e vou criá-los sozinha, não preciso que ele assuma a responsabilidade.

Sei que isso é egoísta, mas quero que nossas vidas sejam o menos complicadas possível.

Com o estilo de vida que tem, Ulisses ainda não está preparado para ser pai. Além disso, fui eu quem planejei essa gravidez sozinha.

Primeiro, informei que não me juntaria a eles nas próximas reuniões com a LHI. Mas, apesar de já ter escolhido alguém para liderar esse projeto, ainda vou participar trabalhando internamente — eles vão servir como o rosto da CIC.

Depois de algumas semanas, consigo perceber a curiosidade nos olhos dos meus funcionários todas as vezes que eles me veem.

Estou grávida de 14 semanas agora, com uma barriga visível, mas não pretendo explicar nunca minha situação; essa gravidez não tem nada a ver com a empresa.

Quando entro no escritório, Luna vai até mim, parecendo agitada.

Fico confusa.

"Luna, algum problema?", pergunto.

"Sim! Um problema gigante!! Sua gravidez vazou na mídia!” 

Meus olhos se arregalam! Ah, não! Não pode ser!

Luna me entrega seu iPad para mostrar os artigos que revelam meu segredo.

Cerro os punhos. “Você tem alguma ideia de quem pode ter informado esse colunista?”

Ela balança a cabeça. “De verdade, não sei, mas a chance de ter sido um dos nossos funcionários é grande.”

Solto um suspiro pesado.

Eu sabia que não iria conseguir esconder a gravidez para sempre e que as pessoas iriam descobrir, mas não esperava que fosse ser tão rápido. Por que agora, justo quando estamos trabalhando num grande projeto?!

Arregalo os olhos quando penso na LHI. Droga!

Tenho certeza de que eles já ficaram sabendo e de que Ulisses já descobriu que é o pai.

E por falar em Ulisses...

Meu telefone toca; é ele.

Fico muito nervosa.

"Você vai atender ou não?", pergunta Luna.

Balanço a cabeça. "Não sei."

"Você acha que ele já sabe de alguma coisa?"

Faço que sim. "Ele está sempre me provocando, e a gente sempre se encontrava quando eu saía. Ele percebeu que meu corpo e o meu humor mudaram, além de ter reparado nos desejos."

“Se for esse o caso, você não tem outra escolha a não ser atender e contar a verdade.”

Ela tem razão. Não tenho escolha agora.

Atendo a ligação, trêmula.

"A-alô?", digo, gaguejando.

"Vamos conversar."

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